Capítulo 6

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Lilian Bronks


Não sei quanto tempo dormi apenas sei que não estou na minha casa, pois nunca tive uma cama tão aconchegante como esta.

Nossa, que delicia.

Me espreguiçando, abri os olhos e vi que ainda era noite e para minha surpresa, eu estava deitada em um sofá branquíssimo, que era mil vezes melhor que minha própria cama.

Como é possível?

Dei de ombros ao constatar que eu deveria ter trocado meu colchão a muito tempo, mas como vou ficar sem meu apartamento, isso não fará nenhuma diferença por enquanto, já que não terei onde colocar a cama.

Pois sem dúvidas, estou desempregada depois dessa cena toda.

Assim que levantei, resolvi explorar o lugar para saber onde estou, e quando coloquei meus pés sob o tapete felpudo em um tom preto, engoli em seco ao lembrar que estou na casa de Orion Black.

Ahhh merda.

Que encrenca eu fui me meter?

Fechei os olhos ao me sentar no sofá novamente, lembrando de toda a força que usei ao tentar me soltar de seus braços e...

Ahh meu Deus, o cheiro dele é tão gostoso, seu corpo é tão quente, um corpo tão grande e formado por músculos.

Orion Black é muito forte e apesar de musculoso, ainda assim tem a pele macia.

Uma delicia.

Perdida nas lembranças daqueles braços me segurando firme enquanto eu vergonhosamente me debatia, fui trazida de volta a realidade quando ouço um gemido sair de algum lugar por entre o corredor e resolvi verificar o que estava acontecendo, e mais uma vez ouvi um gemido masculino e consegui encontrar uma porta entreaberta, e através dela consegui ver Orion completamente nu da cintura para cima e merda...

Ele olhava seu reflexo enquanto limpava uma ferida que estava aberta em seu ombro e daqui consigo ver o contorno dos seus músculos bem cuidados e grandes. Surpresa, consegui  ver que meu ex-cunhado esconde tatuagens por baixo dos seus ternos.

Flexionando seu outro braço, consegui ver os músculos do braço e abdômen se tencionando e sacudi a cabeça voltando para a ferida em seu ombro e de repente, me senti culpada pois ele se meteu em briga por mim. Para me ajudar.

     —  Você está machucado, Orion...

Eu invadi o quarto gaguejando, sentindo minha garganta apertar diante da culpa e toquei levemente no braço para ver até onde estava sensível a dor, mas por dentro, estava tentando me convencer de que não estava tocando-o para sentir seus músculos se flexionarem sob meu toque e foi impossível não admirar a beleza desse homem mais uma vez.

Naquele instante, Orion parecia o dobro do meu tamanho, seus ombros largos, com bíceps bem definidos pareciam brilhar diante do esforço que ele fazia para tentar limpar a ferida, e talvez interessada demais ou me sentindo mais culpada do que imaginava, peguei o frasco de bactericida de sua mão e me aproximei para limpá-lo, e ele pareceu estremecer quando apliquei o líquido em seu corte e limpando com todo cuidado, vi que estava com vestígios de vidro e logo senti meu peito pesar ao lembrar do que houve na boate.

Aquele segundo homem havia acertado Orion com uma garrafa de vidro, mas acredito que ele não tenha sentido o impacto por conta da sua raiva naquele momento. Orion é um homem perigosamente feroz.

     —  Eu sinto muito.

Murmurei enquanto terminava de limpar a ferida, tentando manter minha mente aberta para não chorar por ele, pois de repente comecei a sentir um peso enorme pela culpa e principalmente por ter feito o papel de uma adolescente rebelde quando ele pediu para eu ir embora com ele.

Proibida para eleOnde histórias criam vida. Descubra agora