16 - Os Olhos que Veem a Alma

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Luther estava trabalhando demais nessa quinta-feira. Ultrapassando seu horário de expediente, seu superior gritou com ele. "Aquela é a última caixa, podemos ir embora depois, mas tome cuidado. Seu valor é inestimável e você pode fechar a loja."

Enquanto Luther caminhava com ela em seus braços, sentiu formigamentos em sua mão. Deixou cair a caixa e tudo se quebrou. Um pó foi exalado em seu rosto e depois se dissipou.

Luther começou a tossir, caiu de joelhos e começou a chorar. Então, subitamente, se recuperou quando seu chefe se aproximou.

Tilan não era mais o mesmo. Luther se apavorou com o que estava por cima de seu ombro: um abutre podre em forma de humanoide, envolto em uma névoa etérea.

Rapidamente, Luther correu em direção à saída.

"Meu Deus, o que está acontecendo? Não pode ser real o que eu vi."

Caminhando na rua, uma senhorinha estava pedindo esmola. Luther parou diante dela, ajoelhou-se e começou a chorar. A senhora rapidamente disse um "hã?!" enquanto o que estava diante de seus olhos passava como as lembranças de muitas noites tranquilas.

Era uma senhora vestida com um véu, linda como se tivesse seus dezoito anos, mas em uma forma etérea, como uma luz que traz sentimentos de bondade.

Então Luther olhou para a senhora, tirou sua carteira com todo o seu dinheiro e depositou em um pote.

"Eu não entendo o que está acontecendo comigo, mas você me trouxe forças para continuar."

Minutos se passaram e, tarde da noite, ele não encontrou muitas pessoas na rua. No entanto, aquelas com as quais ele se deparou eram uma tormenta. Um homem estava sentado em uma cadeira, conseguia ver um monstro muito grande em forma de porco, essa forma etérea encarava Luther e sorria em sua direção.

Luther finalmente chegou em seu apartamento.

"O que está acontecendo comigo?"

Rapidamente, Luther pensou que, se fosse até o espelho, poderia ver sua forma, mas esse era o seu medo.

Ele se isolou quando os bipes de amigos e parentes perguntando se ele estava bem não paravam.

Quando a campainha toca, Luther abre lentamente a porta...

Com seus olhos fechados, diz: "Oi, mãe."

"O que aconteceu com você? O que houve com seus olhos?", perguntou sua mãe.

Luther sorriu. "Um acidente, mãe, um acidente."

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