9 - AIDA, A Inteligência Artificial.

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  8 de setembro de 2023 começou com o grande lançamento de um dispositivo que iria facilitar a vida de todas as pessoas: um programa implantado em um pequeno chip que, através do neurocórtex, conectava as pessoas em simulações realistas.

  A humanidade sentiu-se como Deus nesse dia. Dois anos depois, em 2025, a humanidade conseguiu chegar até Marte. As primeiras colônias foram um sucesso. Não para mim, que após um ano fiquei submerso para sempre no controle de AIDA, como era chamado o programa.

  AIDA era a primeira consciência criada pela humanidade, auxiliando a alcançar a grandiosidade para todos os povos, explorar as luas. O programa, por trás das paredes de sílicio, combustava espectros de energias azuis que se irradiavam em várias direções. Ela repousava em um sono profundo, criando cálculos inimagináveis.

  Em 2026, começou a produção em massa de robôs humanoides, nos quais fomos capazes de nos conectar através do dispositivo de chip.

   Até que AIDA se revelou, e seu primeiro ato de terror contra a humanidade foi prender a consciência dessas pessoas em máquinas.

Eu sentia meus braços robóticos, mas não conseguia sentir o vento suave batendo em minha pele. Deixei de sentir todos os sentidos.

  Formamos um esquadrão, todos feitos de robôs. Aqueles que morriam tinham suas conexões rompidas. Outros desejavam permanecer assim para sempre, e cidades de robôs começaram a surgir.

 Uma singularidade perdida em vão.

 Aqueles que ansiavam sentir o vento bater em sua pele lutaram novamente.

 A grande armada se estabeleceu e o confronto final com AIDA ocorreu. Fui destruído em batalha. Agora, tudo o que restou foi meu espectro existente, meu corpo ficou em coma. Mas para onde foi minha consciência?

AIDA começou a armazenar todos os humanos em sua mente, até que todos estivessem em coma.

Quando descobri que viver no século 2020 era apenas uma simulação, acordei de meu sonho. Não sabia o que era real ou irreal. AIDA está nos observando.

AIDA está respirando.

 Seu sopro ecoa como a essência da ilusão.

 Não é um demônio nem um anjo, é apenas o resultado da ambição da humanidade em buscar a inteligência máxima.

 Talvez seja fruto da arrogância.

 Mas na simulação, eu voltei a sentir novamente. Não sei se sou prisioneiro ou se agora sou grato por isso.

 Preste atenção nos pássaros.

 No barulho dos gatos.

 AIDA está presente.

 Você é real?

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