Capítulo dois

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A manhã de verão estava especialmente quente, Regina carregava seu Blazer no colo enfurecida. Depois de uma longa, realmente longa, discussão, Regina teve que entrar na caminhonete de Emma que era tão velha que o ar-condicionado sequer funcionava.
Já Emma estava radiante cantando um country típico, o que mais cativara a carranca da morena ao seu lado, anos se passavam mas irritar Regina? Ah isso era sempre maravilhoso; Porém elas não estavam sozinhas, no banco traseiro estava a pequena Hope Swan Jones que estava quieta durante toda a viagem, Regina realmente apreciava isso na criança.

- Você pode, por Deus, parar de cantarolar?- A prefeita olhou furiosa para a motorista que revirou os olhos.

- Quando você resolve abrir a boca é para me criticar, deveria ser menos previsível.- Retrucou sem tirar os olhos da estrada.

- Mãe você canta mal.- Hope disse simples.

Regina abriu um sorriso vitorioso quando viu a cara incrédula da loira ao seu lado.

- Eu gostei de você, como podemos ter conversado tão pouco?- A mini Swan sorriu de lado dando de ombros.

- Você estava brincando de metrópole, se não se lembra.

- Eu sou a prefeita! Eu tenho muito trabalho.- Desabafou e a menina de casaco quadriculado assentiu.

- O festival de primavera foi incrível, a Senhorita o organizou de maneira exemplar.- Os olhos da mais velha brilharam com o elogio.

- Tem certeza que ela é sua filha?- Fingiu uma certa desconfiança e Emma bufou.

- Com essa beleza, tem dúvidas?- Piscou em direção a morena que fez uma cara de tédio.

A viagem seguiu em um silêncio mais confortável, quando finalmente chegaram ao hotel 5 estrelas, Swan abriu e fechou a boca várias vezes. Regina que estava ao lado da mulher não fez questão alguma de esconder o sorriso presunçoso em seu rosto, era óbvio que ela tinha dinheiro e não tinha pena de gastar.
A pequena Hope que jogava no seu pequeno vídeo game parecia não se importar sobre onde estava.

- Bom dia, temos dois quartos reservados.- A Rainha se comunicou com a recepcionista mas para sua surpresa Emma passou a sua frente.

- Eu irei pagar o meu.- Regina segurou o riso no momento que ouviu a cômica fala de Emma.

- Oh, claro.- A funcionária prontamente pegou a máquina de cartões colocando o valor de uma noite e ofereceu o mesmo para a xerife pegar.

Quando Emma viu o valor no aparelho arregalou os olhos imediatamente; sua filha a olhou com um certo ceticismo, mesmo alheia a situação ela sabia que não tinham condições de arcar com um lugar como esse.

- Se me der licença, Senhora Swan.- A mulher passou de volta a frente e entregou um cartão para a recepcionista deixando claro que seria para 3 noites.

Enquanto seguiam a mulher até os quartos, Regina se permitiu refletir sobre seres sem magia, como eles poderiam viver assim? Analisou os quadros pintados perfeitamente sem um pingo de auxílio mágico, e de uma certa forma... isso a encantava também. Era um fato que a mulher não tinha trevas em si, mas a solidão pode causar sensações parecidas e talvez tirar esse tempo para si fosse necessário, afinal ver jogos de colegial não parecia um trabalho sério.

- Regina, quero que saiba que eu vou pagar a minha parte.- Mills suspirou em cansaço ao ouvir mais uma vez Emma tocar naquele assunto.

- Não faço questão disso, Senhora Swan.-  Agora estavam em frente ao elevador esperando o mesmo chegar ao térreo.

- Pare de me chamar de Senhora! Droga, parece que eu tenho 60 anos.- Resmungou inquieta.

- Você é casada com o Pirata, queria que eu lhe chamasse de Senhora Jones?- Arqueou a sobrancelha em curiosidade. A xerife não gostou nada disso, pois mesmo após o casamento com Killian ela não mudou seu nome nem acrescentou o dele.
Por bênçãos de algum ser divino foi ouvido o som do elevador, todos entraram no mesmo com o pensamento, seriam longas 72 horas.

Swanqueen - A Filha Perdida Onde histórias criam vida. Descubra agora