Capítulo doze

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7 meses antes do parto...

Emma havia acabado de chegar de viagem quando chegou ao apartamento dos seus pais, ela correu em direção a cozinha para preparar algo para comer mas foi surpreendida por David.

- Hey, quer um sanduíche?- Ajeitou seu suéter.- Você sabe, aquele lugar pode fazer sua barriga roncar.

- Emma nós já sabemos de tudo.- Escorou na bancada com um semblante sério.- Você e Regina? Quer matar eu e sua mãe de tanto desgosto?

Então a xerife sentiu seu corpo paralisar ao ouvir aquilo. Como é que eles sabiam? Céus, como? Regina? Ela não faria isso, ela seria a principal prejudicada nessa história.

- David nós finalmente estamos nos dando bem, eu, você e Mary Margareth... não quero estragar isso.- Ela ainda não havia virado para encarar o homem.

- Se envolvendo com a mulher responsável por você ter crescido longe de nós?!- O questionamento atingiu o estômago de Emma como um soco bem dado, porém ela sabia que Regina havia mudado.

- Ela está diferente! E se não fosse isso Henry não teria nascido!- Se virou bruscamente encarando os olhos azuis do encantado.- É tão difícil assim me ver feliz?

- Regina não está na cidade, ela tirou uma licença e desde então ninguém a viu. Ela deixou apenas essa carta.- Ele entregou o envelope para a mulher que pegou o mesmo de um jeito receoso, porque ela precisaria sair da cidade? Porque ela não avisou a xerife?- Eu não a li, vou deixar aqui em cima.

O policial saiu do local batendo a porta com violência, Swan ainda estava parada no mesmo lugar analisando o pedaço de papel a sua frente. Ela suspirou pegando o objeto, com passos tímidos ela caminhou até a poltrona da sala de estar, a mulher se perguntava com frequência se deveria abrir, pois a tensão do ambiente fazia a dúvida ser intensa.
Ao romper o pequeno selo, Emma pegou o papel que dizia assim.

"Olá, Emma

Nesses dias que você esteve fora, minha mente me assombrou com perguntas sobe nós, e de como ficaríamos com o passar dos dias.
Você é a mãe biológica de Henry, o bem mais precioso que tenho é por isso achei que me aproximar de você me daria alguma felicidade a mais. Foi então que percebi que não sinto nada demais ao seu lado. Hoje irei iniciar uma busca para me encontrar nesse mundo enorme cheio de possibilidades e pessoas realmente especiais.

Cuide de Henry por mim, voltarei para vê-lo com todo meu coração,

Regina Mills."

Uma vez que leu aquilo, repetiu mil vezes em voz alta na esperança daquilo entrar na sua mente, e quanto mais assimilada, mais doía. A xerife se levantou com ódio de hades no peito, ela pegou um vaso de cima da mesa e arremessou contra a parede em busca de aliviar sua dor, mas junto com os cacos de vidro seu coração estava ali, entre os destroços.
Ela amava Regina desde a primeira vez que havia visto a mulher, quando Henry fugiu para sua casa contando que era seu filho. Desde aquele momento havia algo na rainha que aquecia seu coração como o calor de uma fogueira, como o conforto de um riacho em um dia quente de verão; agora a rainha estava esfregando em sua cara que tudo não passou de uma diversão,  que ela havia usado a princesa.

(...)

Dias atuais...

Emma estava do outro lado da rua, escorada na sua caminhonete tomando seu refrigerante em uma pequena garrafa verde, seus olhos buscavam uma adolescente loira no meio da multidão de alunos do colégio Blanchard. Conseguiu avistar a garota que já havia colocado seu skate no chão indo em direção a xerife, que sorriu bagunçando os cabelos da garota assim que ficou perto o suficiente.

- Emma! Eu estava indo para a delegacia.- Pegou o skate segurando o contra a sua lateral.

- Hoje nós não vamos a delegacia, você precisa se distrair um pouco. Sair daquele hospital.- Abriu a porta da caminhonete entrando na mesma.

- Então você já soube...- Colocou o skate na caçamba do veículo.

- Cidade pequena, garota.- Observou a jogadora sentar ao seu lado.- Mas não vou falar sobre isso, hoje nós vamos jogar futebol...- A garota abriu um sorriso.- Americano.- E então o sorriso morreu.

- Eu não sei jogar isso.- A Xerife  olhou de soslaio para a garota mudando de marcha.

- Exatamente, essa será a graça.- Pegou um boné no banco de trás e colocou na cabeça de Sam.

Ao chegar no lago, a salvadora avistou Henry e Hope com o piquenique já montado no gramado, mesmo com o braço engessado ele estava marcando presença.
Emma pegou a bola e entregou para Samantha antes de descer do veículo, ambas se aproximaram do rapaz que vestia uma calça jeans, camisa branca e um casaco quadriculado por cima. A mais velha estava com uma calça legging preta, tênis esportivo e camisa salmão. Já a jogadora estava quase igual a Henry, calça jeans, tênis allstar clássico e camisa branca, Hope estava com um vestido florido e sapatilhas nos pés.

- Com fome?- O moreno questionou Sam.

- Como um dragão.- Sorriu pegando um pedaço do sanduíche que Henry ofereceu. Ela aproveitou para cutucar o braço da mais nova que mexia no celular.- Como vai jogar com o braço assim?

- Não vou, vim pela comida.- Anunciou arrancando uma risada das mulheres.

- Não sou capaz de julgar.- Disse pegando uma lata de refrigerante.

- Eu vim para te ver perder.- Hope provocou Sam que deu o dedo do meio para a menor, a xerife deu um tapa na mão da garota.

- Deixe para comer quando eu te der uma surra.- Emma empurrou a garota pelos ombros, Henry sorriu com a interação. Fazia muitos anos que sua mãe não ficava tão feliz, pois Hope era mais delicada e reclusa.

Elas começaram a competição de uma forma saudável, mas logo intensificaram o jogo. Henry e hope se envolveram dividindo a torcida, o homem torcia pela jogadora e a garota pela xerife. Por mais que Swan estivesse "velha" ela ainda dava para o gasto, deu muito trabalho a mais nova que ganhou por pouco, e estava completamente ofegante.

- Ganhei!- Exclamou vendo a bola no chão, pois Emma não alcançou.

- Eu tenho direito a mais uma jogada.- Anunciou antes que a garota pudesse responder.

- Manda ver, velhote.- A provocação fez o sangue da salvadora ferver, os telespectadores abriram a boca em choque com a ousadia de Samantha.

Emma alongou o corpo novamente, ela iria apostar a jogada da sua vida naquele lance. Então buscando toda a capacidade se seus pulmões, fechou os olhos pedindo ajuda aos deuses do futebol americano, o lance valia a sua dignidade. Como uma luz, ela olhou rapidamente para o lago sentindo a ideia refrescar sua mente... ela iria empatar.
Buscou impulso e jogou a bola em direção ao lago, abriu um sorriso com sua trapaça esperando ter ganhado.
Foi aí que Samantha pisou nos sapatos arrancando os mesmos, correu em direção a água e pulou buscando a bola e mergulhou logo em seguida.

- GANHEI!- gritou voltando a superfície com a bola na mão. Swan não conseguiu ficar com raiva ao ver a cena, todos riram juntos.

Regina observava tudo de longe com os olhos marejados, Emma não fazia ideia que estava em família, uma família que foi destruída por Gold.

Swanqueen - A Filha Perdida Onde histórias criam vida. Descubra agora