Capitulo nove

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Já haviam se passado dois meses desde a chegada de Samantha em Storybrooke, Anastásia já estava em seus últimos dias e desde sua última internação, a garota estava indecifrável. Sempre informada no hospital estudando, ou então nos treinos e jogos onde sempre se destacava; também tinha seu trabalho, onde Emma tentava anima-la e quase sempre funcionava, mas com os jogos de outono chegando a delegacia sempre tinha chamados envolvendo furto nas lojas de decoração.
Faire até ligou algumas vezes em vídeo para vê-la e saber sobre a sua responsável, que agora parecia prestes a partir.

- Hambúrguer e batata frita, pode falar... sou como um anjo enviado dos céus.- Neal apareceu na porta do quarto, fazendo sua melhor amiga dar um sorriso tímido.

- Sem refrigerante você é apenas um abençoado.- Ele riu sentando ao seu lado no sofá.

- Deixe de ser exigente. Quer ver as fotos das novas modelos da Greendress?- Sam abriu a sacola pegando o pequeno potencial de batatas, o cheiro daquela maravilha já estava deixando-a melhor; ele deixou a mochila no chão gélido do hospital e buscou a câmera dentro dela, mostrando algumas fotos para a jogadora.

- Zelena já lançou a coleção de inverno? E a pergunta de ouro... te deixou ser fotógrafo?- O tom divertido fez o Blanchard-Nolan se fingir de ofendido e roubar uma batata da garota, que deu um pesco-tapa no mesmo.

- Ela não só me contratou, como também me ofereceu um contrato de fotógrafo oficial da marca por 2 anos.- A loira quase pulou do sofá quando ouviu a maravilhosa notícia, Neal tinha 19 anos e nunca comentou o porquê perdeu 2 anos de estudo.

- Neal, isso é incrível! Eu nem sei o que dizer!- O abraçou lateralmente.- Estou orgulhosa se você, ice!

- Para de me chamar de Ice!- Resmungou revirando os olhos.

- Ei, chamam sua mãe de Snow... é apropriado.- Deu de ombros comendo mais algumas batatas.

- Er... Sam, você já ouviu falar sobre as lendas da cidade?- Analisou o cartão de memória, guardando-o em uma cápsula especial e trocando o mesmo por um novo.

- Eu juro ter ouvido Emma chamar Regina de "evilqueen", mas provavelmente tem apenas a ver do como as duas vivem como cão e gato.- Abriu a caixa do hambúrguer saboreando a comida logo depois.

- E se for verdade? Sabe eu não imaginaria ninguém além de Regina como a rainha má.- Smith ponderou com a cabeça mastigando calmamente seu alimento.

- Mas ela não é má, quero dizer, não a enxergo como alguém verdadeiramente mal. Talvez um pouco triste, solitária... mas má? Nao, mal é quem compra um lanche para o melhor amigo sem ao menos um refrigerante!- Neal socou o braço de Sam rindo junto da garota.

- Sam...- Anastásia clamou por sua filha; Sua voz fraca e falhada destacava o quão debilitada ela estava.
Sua pele estava tão branca como papel, seus olhos fundos e sua cabeça raspada; A finura do seu braço quase como um pequeno pedaço de madeira, ela estava irreconhecível.

- Mãe! Oi.- Deixou seu lanche de lado e se colocou de pé ao lado da cama.- Como se sente?

- Você pode me dar um pouco de água?- Sam pegou o copo com canudo no móvel ao lado ofertando o líquido a mais velha que ingeriu apenas um pouco.

- Vou avisar a enfermeira que você acordou.- Em passos eufóricos ela saiu do quarto com os olhos atentos em busca da enfermeira Lee.

Ao andar pelos corredores acabou encontrando Regina e Henry conversando com o Doutor Whale na recepção.

- Com licença, doutor Whale o senhor sabe onde a enfermeira Lee está?- Ela estava com pressa, porém o doutor não deu atenção a garota.

- Como eu estava dizendo, as vezes esse tipo de lesão leva um tempo mesmo. Henry você fez algum exercício físico?- Perguntou com certa ironia, fazendo Regina tomar a frente.

- Como você diagnóstica um osso partido como "luxação"? Se meu filho não tivesse ido até Nova Iorque tratar do marketing do livro, consequentemente fez uma consulta e para minha surpresa, o "melhor médico-cirurgião da cidade" não consegue ler um raio-x?- O homem estava estranho, Sam conhecia como alguém ficava ao fazer uso de drogas... porém seria arriscado acusar alguém tão superior a ela disso, preferiu ficar com o básico.

- Doutor Whale, Anastásia acordou e precisa do analgésico intravenoso.- Smith falava pausadamente, pois sua paciência estava acabando.

- Por que não deixa seu filho, um homem de 29 anos cuidar de si mesmo?!- Regina não podia acreditar no que tinha ouvido.

- Quem você pensa que é? Porque eu sou a prefeita dessa cidade! E você com certeza é um homem muito desestabilizado!- A essa altura sua voz ecoava por todo o hospital, Samantha era imensamente grata por tudo que Regina havia feito por ela e tinha uma clara afeição pela mulher.

- Cale a sua boca sua mulherzinha!- Ele ia partir para cima da mulher e então o mais improvável aconteceu.

- Recolha a sua insignificância, Whale!- Sam empurrou o homem contra a bancada assustando os recepcionistas.

Sua mão estava no pescoço do homem seu rosto bem próximo ao dele, mas além da reação da garota o que fazia as pessoas ao redor, principalmente Regina, era o brilho roxo nos olhos da garota.

- Peça desculpas a Prefeita, agora.- Sam voltou a si percebendo a besteira que fez, ela soltou o homem e endireitou a postura um pouco ofegante.

Todos olhavam para ela, que permanecia tensa, muito tensa. Smith virou-se em direção ao corredor atrás de si e procurou voltar o mais rápido possível para o quarto de Anastásia.
Regina sentia o ar faltar em seus pulmões.

Não podia ser.

Não podia.

Mas era.

Henry estava quieto e acumulando tantas perguntas como se fosse um programa de TV. Whale se desculpava sem parar, mas parecia ela havia perdido a audição e todos os outros sentidos. Samantha tinha magia, e não qualquer magia. Seus olhos ficaram roxos, como a manifestação de Regina.
Então tudo começou a se encaixar, sua intuição, a aparência da garota, o seu jeito, sua história... sua magia.
Ela não poderia ser tão culpada, oh céus! Ela era culpada! Ela era muito culpada por ter feito aquilo.

Swanqueen - A Filha Perdida Onde histórias criam vida. Descubra agora