Conversa

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Continuação
Boa leitura babys!
(◍•ᴗ•◍)

Mon Pov

- Malinee, você pode entregar esse bilhete para sua mamãe? - estendo um papel dobrado em direção a doce menina.

- Posso sim, professora, quando ela vir me buscar eu entrego a ela. - logo ela pegou o papel e saiu da sala.

Não entendo o motivo de ela não conseguir se comunicar ou interagir com outras crianças, ela tem uma boa educação e é tão doce. Me pergunto se a mãe tem alguma participação nisso ou se ela tem algum problema de comunicação.

.............

No dia seguinte

É hora do intervalo das crianças e elas ficam em uma área reservada da escola, as salas não podem ser acessadas por elas durante esse período e as faxineiras aproveitam para limparem os corredores.
Agora estamos eu e a mãe da Malinee na sala de aula, eu não sei como começar a conversa, a mulher em minha frente me fuzila com os olhos, me sinto estranha como se tivesse feito algo vergonhoso ou tropeçado, pois o olhar sobre mim é com certeza um olhar de julgamento. A mulher está sentada em uma cadeira em minha frente enquanto me julgava só com o olhar.

- O que tem de errado com a Florzinha? - a mulher lança a frase.

- B-bom, não tem nada de errado com ela, mas ela não se comunica com as outras crianças e sempre fica sozinha, a única que conversa com ela sou eu. -

- Não vejo problema algum, a Florzinha não é muito de conversar com os demais. -

- Não é saudável para ela ficar sozinha. -

- Você é psicóloga?-

- Não. - respondi e logo a mulher me lança um olhar penetrante, me senti arrepiar.

- Então já que você não é psicóloga não tire conclusões sobre algo do qual não possui conhecimento algum. -

- Mesmo sem ter alguma formação em psicologia eu sei que não é saudável Malinee não conversar ou brincar com as crianças ao seu redor, ela não está feliz sozinha, como toda criança ela quer fazer amizades, mas não sabe como se aproximar das outras crianças. - disse com um tom certeiro.

- Você me chamou aqui para dizer que minha filha é infeliz? - a mulher parecia com raiva, porém não possuia nenhuma alteração em sua voz ou em sua feição, ela tinha uma expressão fria.

- Em momento algum eu disse que ela é infeliz, só disse que ela quer fazer amigos. -

- Você é corajosa, professora, as pessoas normalmente não costumam me refutar. Vou perguntar a Florzinha se ela quer fazer amigos, se ela tiver  vontade de fazer amigos eu mesma me encarregarei de arrumar para ela várias amizades.-

- Não é assim que funciona. As crianças só vão querer fazer amizade com se ela tentar conversar e interagir. -

Logo a mulher que tinha os olhos fixos nos meus desvia o olhar para o telefone que retira de seu bolso.

- Entendo. De qualquer forma, eu irei fazer de tudo para que ela seja feliz, sou capaz de tudo por ela. - se levanta. - Bom, agora tenho um compromisso importante. -

- Espero que dê tudo certo e que Malinee faça várias amizades, eu sei que ela vai porque ela é uma menina extraordinária, ela é uma menina de ouro, vou ajudar em tudo o que eu puder. -

- Claro que ela é extraordinária, afinal ela é minha filha, uma Anuntrakul. - soltou a frase com orgulho e presunção. - Agradeço pelo cuidado que está tendo com a Florzinha. -

Ela parece ser uma pessoa convencida, mas educada, que mistura peculiar.

- Bom, vou me retirar, tenho trabalho a fazer. -

- Agradeço por ter vindo. - me levanto. - Eu te acompanho até a portaria da escola. -

A mulher em minha frente me encara, acena de forma positiva e começa a andar, eu vou logo atrás a acompanhando, assim que viramos o último corredor eu escorrego. -Uuh.-dei um leve grito. Já me via caindo e fechei meus olhos, mas ela foi mais rápida e segurou meu pulso direito e me puxou impedindo que eu caísse.

- Professora, você está bem? - sentia seu corpo colado ao meu, mas não sentia medo, não queria correr, não queria gritar, não tinha crise de pânico e nem ansiedade, pelo contrário, me senti segura.

Senti algumas lágrimas escorrerem, mas não alterei a expressão do meu rosto, só me afastei e limpei as lágrimas. A mulher em minha frente me olhou com preocupação, ela parecia aflita mas não tinha nenhuma expressão, porém seus olhos me diziam como ela se sentia.

- Professora... - disse em tom baixo.

- Estou bem, não se preocupe comigo, só fiquei com medo de cair. - menti.

- Entendo, mas você se machucou em algum lugar, eu machuquei seu pulso direito?. - perguntou com tom baixo.

- Não.... Está tudo bem, ok. Não se preocupe, foi só ......medo. -

A mulher segurou em meu braço e me sentou em um banco que fica próximo as paredes. - Fica aqui. - ela disse e saiu. Eu simplismente abaixei minha cabeça e tentei respirar fundo, tentando acalmar meu coração que estava acelerado devido a toda adrenalina que estava sentindo.

Se passaram alguns segundos e logo ouço uma voz. - Levanta a cabeça. -
Disse a mulher.

- Bebe, vai ver te ajuda. - estendeu um copo com água em minha direção.

- Obrigada. - peguei e bebi.


Continua.......

Agora a história vai ficar interessante......

Eu demorei muito pra atualizar. Desculpa! ˚‧º·(˚ ˃̣̣̥⌓˂̣̣̥ )‧º·˚

My Daughter's Teacher (MonSam) Onde histórias criam vida. Descubra agora