Capitulo 2

631 41 0
                                    

POV Autora
Realmente Bellatrix e
Tom Riddle não se
enganaram. Os meses
seguintes a descoberta da
gravidez foram os mais longos
de suas vidas.
Os únicos que sabiam
sobre o futuro herdeiro das
trevas eram os Malfoy - agora
parte da família; a medibruxa
Camill Cortez - que cuidava
de Bellatrix e do bebe; e
Severus - responsável por
produzir qualquer poção que
a futura mamãe precisasse.
Se Tom já temia por
Bella quando esta era apenas
sua esposa, agora toda
proteção era pouca, e quanto
menos pessoas soubessem
sobre seu filho, mais seguro
para eles.
Bellatrix ficou
extremamente surpresa e
aliviada com o amor que Tom
sentia pela criança em seu
ventre. Ela sabia que aquele
homem, apesar de frio e
calculista, era capaz de amar,
afinal ele a amava, mas logo
que soube que estava grávida
Bella temeu que o Lorde não
aprovasse. Feliz engano.
Aquela seria a criança mais
amada e mimada da face da
Terra.
A espera agora havia
acabado. Bellatrix estava
trancada em um quarto com
Camill e Narcisa há mais de
duas horas em trabalho de
parto. Tom esperava ansioso
na biblioteca, acompanhado
por uma garrafa de whisky de
fogo.
Para ele pareceu uma
eternidade até que um elfo
aparatou a sua frente dizendo
que a Sra. Bellatrix havia
dado a luz.
Tom subiu as escadas
que o levariam até o seu
quarto o mais rápido que
pode. Ao entrar no quarto, a
medibruxa já havia ido, e
Narcisa fechava as cortinas
para que a irmã pudesse
descansar.
No centro da cama de
casal, Bellatrix repousava
ninando em seus braços a
criança recém-nascida.
- Vou procurar Severus
para pedir algumas poções
fortalecedoras - Narcisa diz
indo em direção à porta e
deixando a família só.
Assim que a porta
fechou-se, Tom sentou ao lado
da esposa. Ela sorriu cansada,
mas feliz, e entregou-lhe o
pequeno embrulho que
dormia tranquilamente.
- É uma menina. -
sussurrou a mamãe
acariciando levemente a
cabeça com poucos cabelos da
filha.
A felicidade que Tom
sentiu ao aninhar a filha era
incomparável. O sorriso
estampado em seu rosto não
sumiria tão cedo.
- Como vamos chamá-la? - ele perguntou o mais
baixo que pode, temendo
acordar a bebe.
- Eu pensei em
Hermione.
- Hermione Black Riddle,
a princesa das trevas - disse
Tom beijando a cabecinha da
filha e em seguida os lábios da
esposa.
-
-
-
Quando Hermione
completou 10 dias de vida,
Bellatrix decidiu que estava
na hora da menina conhecer o
tio, por isso Tom chamou
Lucius, Narcisa e Severus
para um almoço em
homenagem a filha, que seria
realizado durante um ataque
dos comensais a uma vila
trouxa, de modo que ninguém
poderia surpreendê-los e ver
a criança.
Os homens bebiam e
conversavam na biblioteca
aguardando as mulheres que
estavam no andar de cima,
tentando decidir o que a
princesinha deveria vestir.
Severus foi o primeiro a
olhar para a entrada da
biblioteca, não por ouvir a
porta abrindo, mas sim por
sentir um cheiro maravilhoso
que o enfeitiçou. Ele não via
as duas mulheres que traziam
a bebe. Seus olhos estavam
presos na pequena menina
que estava acordada em
silêncio nos braços da mãe.
Se não fosse por Lucius,
ninguém teria percebido, mas
assim que o Malfoy virou em
direção à esposa, ele pode ver
os olhos do amigo que
estavam completamente
dilatados e cercados por uma
aura vermelha.
- Severus - chamou
Lucius preocupado, atraindo a
atenção de todos para si,
menos a de quem ele queria.
Severus não se mexeu, apenas
continuou a encarar a
pequena que era 19 anos mais
nova que ele.
Tom, que havia sentido
a preocupação na voz de
Lucius, desviou sua atenção
para seu servo, e
imediatamente percebeu o
que estava acontecendo. No
segundo seguinte ele estava
na frente de seus tesouros,
quebrando finalmente o olhar
de Severus.
- Maya! - chamou Lord
Voldemort, e uma elfa
apareceu - Leve Hermione
para o quarto e fique com ela
até eu chamar.
- Sim My Lord. - disse
obediente, recebendo nos
bracinhos a bebe. Bellatrix
não fazia ideia do que estava
acontecendo, mas pelo tom de
voz do marido, sabia que não
devia discutir.
- Agora Severus, conte-
me porque eu nunca soube
disso - disse Tom servindo-se
de mais uma dose de whisky.
- My Lord? - perguntou
Severus ainda tentando
entender o que estava lhe
aconteceu quando viu a
pequena criança - Eu temo
não saber sobre o que o
senhor está falando.
- Sua herança - disse
Lucius percebendo que o
amigo ainda não havia chego
a conclusão do que lhe
aconteceu - seus olhos
estavam dilatados e cercados
por uma aura vermelha
durante o tempo que
Hermione ficou na sala.
Finalmente entendendo,
Severus largou-se em uma
poltrona completamente
abismado.
- Você disse que sua
herança havia acabado -
acusou Lucius ao mesmo
tempo em que sua esposa
perguntou o que estava
acontecendo.
Mesmo sabendo que era
algo que ele não podia
controlar, Severus temeu a
reação de seu mestre, que o
encarava esperando uma
explicação.
Respondendo a pergunta
de Narcisa, Tom disse -
Severus é um Bakant.
- O que é um Bakant?
Nunca ouvi esse nome -
perguntou Bellatrix.
- Os Bakant são os
parentes mais próximos das
Veelas - começou Severus
saindo de seu transe - Ao
contrario das Veelas, que
enfeitiçam os homens com sua
beleza e transformam-se em
Harpias, os Bakant têm um
nível de poder muito maior
que qualquer bruxo e
transformam-se em feras
aladas, que é como uma
pantera negra de quase 1,5
metros de altura com asas de
morcego. O motivo de vocês
nunca terem ouvido falar
sobre os Bakant é porque esta
é considerada uma espécie
extinta. Até a pouco eu
também pensava isso, mas
parece que minha herança foi
ativada - vendo a expressão
de duvida de Bellatrix e
Narcisa, Severus esclareceu -
A família Prince é a última
que se tem registro de possuir
a herança Bakant, mas a
herança é passada apenas ao
primogênito se este for
homem. Eu sou o primeiro
que se enquadra nesses dois
requisitos em gerações, por
isso imaginava que a herança
havia se extinguido. Vejo que
me enganei.
- Então você é uma fera
alada? - perguntou Narcisa
em duvida.
- Parece que sim.
- E o que isso tem haver
com a minha filha? - pediu
Bellatrix - Vocês começaram
com essa história depois que
Severus viu minha bebe. O
que Hermione tem haver com isso?
- Assim como as Veelas,
os Bakant também têm uma
companheira, e dependem
dela para viver - respondeu
Severus simplesmente.
Por um minuto a sala
ficou em completo silêncio, até
que a fixa caiu e Bellatrix
entendeu o que Severus
deixou subentendido em sua
frase.
- O QUE? A MINHA
FILHA NÃO! - gritou Bella
raivosamente, apontando a
varinha para Severus, que
nem se mexeu - Nem sonhe
em encostar-se à minha filha
Snape. Ela é uma criança!
Nem isso! É completamente
inocente, e você chega dizendo
que ela é sua companheira!
NUNCA!
- Calma Bella! - pediu
Tom finalmente tirando a
varinha das mãos da esposa
antes que ela fizesse algum
mal a Snape - Você realmente
não sabia Severus?
- Não, eu juro My Lord.
Depois de tantos anos... eu
nunca imaginei...
- O Bakant não vai
apenas morrer se não tiver
contato com a sua
companheira como acontece
com as Veelas, ele vai a cada
dia perder um pouco de seu
poder, definhando até a
morte, estou certo? - disse
Tom pensando em uma
solução.
- Exatamente senhor -
respondeu Severus começando
a temer ser destino.
- Você pode desenvolver
alguma poção, ou qualquer
outra coisa que torne possível
você viver sem marcar ou
tocar minha filha até que ela
atinja a maioridade?
- Tenho a impressão de
já ter lido algo assim... Se não
me engano é um amuleto
usado em casos como esse.
Vou ter que procurar
exatamente o que é e como
funciona na biblioteca de
casa.
- Se existe algo assim,
porque terá que durar apenas
até que Hermione atinja a
maioridade? Porque não pode
ser algo permanente? -
perguntou uma Bellatrix
completamente estressada.
- Simplesmente por que
quando Hermione for de
maior, ela e Severus vão se
casar.
- TOM RIDDLE! Você
está louco? Minha filha
acabou de nascer e você já
está pensando em casa-la?!
- Uma hora teríamos
que começar a escolher um
futuro marido, e nunca é cedo
demais para começar. Eu digo
que Severus é o melhor
pretendente que poderíamos
achar, não apenas pela pessoa
que é, mas também pelo fato
de os Bakant serem as
criaturas mais protetoras que
existem. Hermione crescerá
conhecendo Severus; e ele
cuidará e protegerá a ela, e
quando ela for mais velha, ela
não poderá arrumar amante
melhor, até que eles se casem
e formem sua família. E eu te
garanto Bella, que nossa filha
não poderá ser mais feliz.
Severus podia facilmente
visualizar o destino que seu
mestre estava pintando. A
fera dentro dele ronronava de
prazer com o pensamento, e
mesmo estando chocado com
a descoberta de outra parte de
si, o lado humano dele
apreciava muito a ideia,
mesmo estando sob o olhar
raivoso de sua -
provavelmente - futura sogra.
- Ouça o que seu marido
está dizendo - disse Lucius
tentando amenizar o clima
pesado que havia se
instalado.
- Você não vai encostar
em um fio de cabelo dela até a
noite de núpcias - disse
Bellatrix a contra gosto.
- Desculpe Bella, mas
mesmo o mais inocente dos
toques alimentará a fome e o
desejo da fera. Ela ainda é
uma criança... você não
precisa se preocupar tanto,
mas quando ela for uma
moça... a única coisa que
posso fazer é prometer
esperar até que ela me
procure - respondeu Severus
arrancando uma risada seca
de Narcisa e olhares
desagradáveis de Tom e
Bellatrix.
- Prometa ao menos
esperar até o casamento para
marca-la - pediu Bella
derrotada, mas começando a
entender que esse seria o
futuro mais seguro que ela
poderia oferecer a sua filha.
- Prometo fazer o
possível.
Hermione já havia
completado um mês quando
Snape finalmente conseguiu
preparar a joia que o
permitiria ficar longe de sua
companheira sem morrer.
Depois daquele primeiro
rápido e distante olhar,
Severus não viu mais a
menina; e ele já se sentia
muito mais fraco que o
normal. Para sua sorte ele
precisava dos dois últimos
ingredientes, e para consegui-
los ele teria que ver a
pequena Riddle.
Chegando a Mansão
Riddle, Severus explicou a
Voldemort o que precisava, e
em minutos ele já estava à
frente de um caldeirão,
esperando que Bellatrix
trouxesse sua filha. Tom
apenas observava tudo de um
canto, pronto para interferir
quando fosse preciso.
- O que você precisa
Severus? - pediu Bella
apertando a filha que
observava tudo em seus
braços com curiosidade.
- Primeiro, uma mecha
de cabelo.
Bella usou a varinha
para cortar delicadamente
uma pequena mecha do
cabelo castanho de sua bebe,
e entregou-o a Snape que
guardou os fios dentro de um
anel ornado com um camafeu
com o escudo da família
Prince.
Deixando o anel de lado
por um momento, Severus
despejou no caldeirão a
complicada poção que ele
havia terminado há exatas
duas horas.
- Me de Hermione -
pediu olhando para a bebê
que o encarava.
- Nem pensar Snape.
Diga-me o que você precisa -
falou Bella que ainda não
aceitava completamente o fato
de que iria perder sua
menininha para o Snape.
Severus olhou para
Voldemort pedindo sem
palavras a sua ajuda.
- Bella, entregue
Hermione a Severus. Ele é o
único que pode fazer isso sem
machuca-la.
Mesmo não querendo,
Bella entregou a filha ao
pocionista. Já Severus se
deleitava por tocar seu bem
mais precioso pela primeira
vez. Mantendo a pequena
segura contra o seu peito, ele
voltou até o caldeirão dizendo
de forma tranquilizante:
- Olá pequena! Eu estou
aqui para protegê-la, ok?
Confie em mim carinho, eu
nunca seria capaz de feri-la. -
E com essas palavras ele
cortou a mão esquerda de
Hermione, que parecia não
estar sentindo a dor do corte.
Tom teve que segurar
sua esposa para que esta não
atacasse Snape. Os dois viram
juntos o sangue de sua filha
cair e se misturar com a
poção, até que o corte se
fechou e Severus levou a
menina de volta para os pais,
beijando levemente sua testa
antes de entrega-la.
- O corte formará uma
cicatriz - avisou e voltou à
poção, mexendo algumas
vezes para então colocar o
anel na mistura e começar um
longo feitiço sem varinha que
fez com que o anel absorvesse
todo o conteúdo do caldeirão -
Está feito. - disse encaixando
o anel em seu dedo e apenas
então voltando seu olhar para
os três Riddle.
- Deixe-me pedir uma
última coisa Severus, e então
deixarei que descanse. Sei que
esse feitiço roubou grande
parte de suas energias.
- O que o senhor quiser.
- Quero fazer um voto
perpétuo. Uma segurança a
mais para a proteção de
minha filha. Bella será nossa
avalista.
Severus confirmou. Ele
já esperava por isso. Os dois
homens uniram as mãos
direitas e Bella tocou o ponto
de união das mãos com a
ponta da varinha.
- Você, Severus Prince
Snape, cuidará da minha filha
Hermione por toda a sua
vida?
- Até o dia de nossas
mortes.
Uma fina língua de fogo
vivo saiu da varinha e
envolveu as mãos.
- E fará todo o passível
para protegê-la?
- Farei o impossível se
for necessário.
Uma segunda língua,
dessa vez de água, saiu da
varinha e se juntou a primeira
enlaçando as mãos mais uma
vez.
- E estará ao seu lado
sempre que ela precisar,
guiando seu caminho?
- Estarei - jurou Snape e
a terceira língua, agora
formada pelo ar, se juntou as
outras duas selando para
sempre o destino daquele
homem, mas ele não se
importava. Mesmo sem voto
algum ele cumpriria aquelas
promessas. Era o mínimo que
um Bakant podia fazer por
sua companheira.

Don't be fear of the darknessOnde histórias criam vida. Descubra agora