Capítulo 5

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POV Hermione Granger
Finalmente! Acordei
totalmente animada, afinal
hoje eu estaria indo para
Hogwarts. Depois de um ano
inteirinho eu estava prestes a
embarcar no Expresso de
Hogwarts.
Despedi-me de Jean e
Paul com um rápido beijo
corri para achar uma cabine
vazia no trem. Eu estava
completamente ansiosa, e
mesmo tendo praticamente
decorado todos os meus
livros, eu temia não ser
inteligente o bastante.
Já estávamos no meio da
viajem quando um garoto
também do primeiro ano,
Neville Longbottom, entrou no
meu compartimento
perguntando se eu tinha visto
seu sapo. Respondi que não,
mas fiquei com dó do garoto e
resolvi ajuda-lo a procurar
pelo bicho. Infelizmente
apenas o achamos quando
estávamos prestes a entrar no
castelo.
Hogwarts era lindo,
muito mais que nas imagens
animadas dos meus livros, e
eu podia ver facilmente esse
sendo meu novo lar. Ao
entrarmos no salão principal,
fiquei abismada com o teto
estrelado. Eu precisava
aprender esse feitiço para
fazer em casa no meu quarto,
assim nunca seria totalmente
escuro.
Depois de ouvirmos o
chapéu seletor cantar, a
professora McGonagall passou
a chamar os alunos para
serem selecionados. Esperei
ansiosamente pela minha vez,
e quando ouvi meu nome
quase corri para o banquinho.
- Hum...Que mente mais
interessante! - divagou o
chapéu em meus pensamentos
- Primeiramente eu pensaria
em Corvinal, mas não há nada
que essa casa possa te
ensinar... hum... Quem sabe
voltar as suas raízes... sim,
Sonserina seria uma ótima
escolha...
"O que?" pensei "Eu não
posso ir para a Sonserina! Sou
nascida trouxa!"
- Ah sim! Eu vejo! Que
seja então... GRIFINÓRIA!
Minerva sorriu para
mim enquanto tirava o chapéu
da minha cabeça, e eu corri
para a mesa vermelho e
dourado.
Muito mais tarde,
quando finalmente
terminamos de comer, o
monitor, Percy Weasley, nos
levou até o nosso salão
comunal e eu fui para o
quarto que dividiria com
Brown, Patil e Perks.
Eu estava
completamente feliz com meu
dia e achava que nada podia
estraga-lo, mas quando eu e
as outras meninas nos
preparamos para dormir, e eu
acendi a minha varinha, as
garotas ficaram reclamando
da luz até que eu a paguei e
consequentemente não pude
dormir; na verdade, eu
consegui descansar um pouco
apenas quando o sol começou
a nascer, iluminando o
quarto.
Na semana que se
passou percebi que eu era a
mais inteligente de todos na
minha turma, e a única que
podia fazer todos os feitiços
de primeira. Todos os
professores me elogiavam, e
eu amava isso. Todos menos o
professor Snape.
Severus Snape era, sem
sombra de duvida, o melhor
professor - não deixe Minerva
me ouvir dizendo isso - e o
que eu mais queria era
receber um elogio dele. As
meninas do meu quarto
diziam que isso nunca
acontecerá, porque eu sou
filha de trouxas e grifinória, e
Snape sempre protege os
sonserinos, mas eu prometi a
mim mesma que faria de tudo
para impressiona-lo.
Na verdade, tenho essa
vontade de fazê-lo orgulhoso
de mim por algo que
aconteceu na minha primeira
aula de poções: quando todos
estavam extremamente
concentrados em suas poções-
base, eu percebi que o
professor Snape me encarava
profundamente, mas não era
com nojo ou ódio, e sim com
duvida e algo que eu pensava
ser reconhecimento.
Foi esse olhar que
aguçou minha vontade de
impressiona-lo.
Mas agora, uma semana
desde o inicio das aulas já
havia passado, uma semana
composta pelas piores noites
da minha vida. Como as
meninas não permitiam que
eu acendesse as luzes para
dormir, eu passava grande
parte da noite em claro, e
quando conseguia dormir era
inundada por pesadelos, o
mesmo pesadelo de sempre:
eu na completa escuridão,
gritando e chamando por
alguém. E o pior era quando
eu acordava gritando, fazendo
com que as outras garotas
acordassem.
Na primeira noite, elas
até ficaram preocupadas, mas
com a ocorrência frequente de
pesadelos e gritos, elas
passaram a se irritar comigo.
Por esse motivo que nesse
momento eu contava os
segundos para a aula de
poções acabar. Apesar da
fama do professor Snape, eu
preferia encara-lo a ir para a
ala hospitalar.
Quando todos os alunos
já haviam saído - o que foi
bem rápido depois que Snape
nos liberou - fui até a mesa do
professor, segurando
fortemente a minha bolsa
cheia de livros, e esperei que
ele mostrasse algum sinal de
reconhecimento, o que não
aconteceu, então decidi falar.
- Com licença, professor
- pedi, mas mesmo assim ele
não desviou os olhos dos
pergaminhos que lia - O
senhor poderia me dar alguns
frascos da poção de sonho
sem sonhos? Eu estava lendo
dobre ela em um livro
avançado de poções, e cheguei
à conclusão que esta seria a
melhor poção para bloquear
pesadelos. Sabe, eu tenho tido
o mesmo pesadelo todas as
noites desde que cheguei
aqui... bem, não exatamente
só desde que cheguei aqui,
mas enfim... - comecei a
tagarelar como sempre fazia
quando nervosa.
- Já chega! - exclamou
Snape finalmente me olhando
- Não é da minha conta os
pesadelos dos meus alunos, ou
se eles não aguentam ficar
longe dos pais. Tenho muito
que fazer aqui, então saia!
- Desculpe professor.
Realmente, não é da sua
conta. Mas eu não sairei
daqui - ele me encarou, mas
como não disse nada resolvi
continuar - não até conseguir
o que quero. Agora, o senhor
não sabe o que é passar toda
a sua vida temendo o escuro e
tendo pesadelos praticamente
toda a noite. Pesadelos esses
que parecem mais uma
lembrança, mas que seus pais
afirmam nunca ter acontecido.
Você não sabe o que é gritar
desesperadamente por alguém
que você não sabe quem é,
nem por que você está
gritando, mas saber que
apenas esse desconhecido
pode te ajudar, te salvar. -
respirei um pouco já que
estava a ponto de gritar - Por
favor, professor. A única coisa
que te peço é a poção.
Ele olhou dentro dos
meus olhos, e eu podia
esperar tudo, menos o que
veio a seguir.
- Me dê a sua mão
esquerda - estranhei tanto o
pedido quanto o tom calmo
que ele usou ao fazê-lo, mas
algo me fez obedecê-lo.
Estendi o braço
esquerdo por cima da mesa e
senti um arrepio estranho de
reconhecimento quando Snape
segurou delicadamente minha
mão, virando-a com a palma
para cima, e traçou a longa e
branca cicatriz que sempre
tive no meio da mão com o
polegar.
- Como você conseguiu
essa cicatriz? - perguntou sem
soltar minha mão.
- Não lembro. Acho que
sempre a tive. É uma das
coisas que meus pais não
sabem explicar sobre mim.
- E esses pesadelos? O
que você vê neles?
- Nada. É tudo escuro. É
por isso também que tenho
medo do escuro. Nos
pesadelos eu não consigo ver
nada, mas sei que tem alguém
comigo. E eu grito por essa
pessoa, mas nunca sei por
quem estou chamando. É
basicamente isso, mas ver,
passar por isso toda a noite, é
muito mais horrível que falar.
Seus olhos estavam mais
negro do que nunca quando
ele soltou a minha mão.
- Porque você não foi até
a ala hospitalar? Madame
Ponfrey pode te ajudar muito
bem.
- Eu sei disso, mas se eu
fosse até lá teria que
responder muitas perguntas
que nem sei a resposta. E
também, se tratando de
poções, confio muito mais no
senhor que em qualquer outra
pessoa.
- Ok. Você terá um
frasco com a medida
necessária da poção de sono
sem sonhos todas as noites ao
lado da sua cama até seu
último dia no seu sétimo ano.
Agora vá, ou perderá seu
almoço.
POV Severus Snape
Eu não podia estar mais
feliz. Desde que a elfa Maya
havia aparecido na minha
casa há dez anos, dizendo que
Hermione estava segura e que
eu não devia de modo algum
tentar encontra-la até que ela
visse a mim, eu esperava esse
momento.
Meu consolo quando o
velho me ofereceu um
emprego como professor foi
que se eu ainda não a tivesse
reencontrado, eu a veria
quando ela viesse para
Hogwarts estudar.
Eu a esperei no ano
passado, mas quando os
primeiros-anos chegaram, não
pude sentir nada, e fiquei
desapontado e desesperado.
Eu sabia que ela estava viva,
podia senti-la no fundo de
minha alma, mas o anel me
impedia de realizar uma
conexão mais forte, e eu não
podia arriscar tira-lo.
Então quando os alunos
chegaram esse ano, a fera que
hibernava em mim despertou.
Eu sabia que era ela, no
segundo que ela sentou
naquela banquetinha e o
chapéu a selecionou para
Griffindor. Griffindor! Mas era
impossível não reconhecê-la,
ainda mais com aqueles
cabelos tão parecidos com os
de Bellatrix.
A pior parte foi não
poder fazer nada. Não poder
demonstrar.
E agora, quando ficamos
sozinhos pela primeira vez, eu
tive que me controlar. Muito.
Tentei ignora-la, mas isso
apenas despertou seu gênio
que lembrava muito o do
lorde das trevas. Quando ela
contou sobre sua dor quase
não pude impedir que o
Bakant tomasse o controle e a
agarrasse, tentando consola-
la.
Foi um alivio poder
enfim segurar sua mão, e
quando vi a fina cicatriz
formada pelo ritual que criou
meu amuleto, qualquer
duvida que ainda restasse em
mim evaporou. Ela estava ali.
Minha pequena Hermione
estava ali, na minha frente,
confiando em mim e pedindo a
minha ajuda.
Fiquei assustado com
seu desespero ao descrever o
pesadelo que a atormentava, e
espiei sua mente, apenas para
me deparar com a noite que
nos vimos pela última vez. Ela
não podia lembrar, afinal era
muito pequena e estava muito
assustada com tudo, mas eu
facilmente reconheci nossos
últimos momentos juntos.
Disse que lhe daria a
poção e mandei que saísse. Se
ela ficasse mais um minuto
naquela sala, eu não
responderia por meus atos.
- Maya! - chamei a elfa
depois de trancar a sala
impedindo que qualquer um
ouvisse o que se passava lá
dentro.
- Senhor Snape! Já faz
tanto tempo! Em que Maya
pode ajudar? - pediu a
criatura.
Da última vez que a vi,
anos atrás, ela disse que eu
podia chama-la a qualquer
momento, mas nunca havia
precisado que um elfo até
agora.
- Falei com Hermione há
pouco.
- Senhorita Hermione?
Ela está bem? Como Maya
senta falta de seus senhores! -
disse a elfa pulando de
felicidade. Eu não podia
culpa-la. Também estava feliz.
- Sim, ela está bem. Mas
preciso que faça algo por
mim. Deixarei um frasco de
poção separado em meus
aposentos toda noite, e você
irá leva-lo até o quarto de
Hermione. Você pode acha-lo?
- Sim senhor. Maya vai
achar.
- Ótimo. Também quero
que você mantenha sua
atenção em Hermione. Tudo o
que acontecer a ela você vai
me dizer, mas não deixe que
ela a veja, entendeu?
- Sim senhor Snape. Não
se preocupar. Maya vai fazer
tudo o que o senhor disse.
- Agora vá.
Pop! Ela havia
desaparecido, e eu estava
muito mais tranquilo. Agora
eu poderia garantir que
minha Hermione estaria
sempre segura.
POV Hermione Granger
Feliz por ter conseguido
o que queria, e com o
pensamento de que
conseguiria dormir essa noite,
corri para o Salão Principal,
torcendo para conseguir
comer rapidamente e passar
na biblioteca antes da
próxima aula.
Eu tinha pensado que
conseguindo dormir sem
pesadelos, as meninas
voltariam a falar
normalmente comigo. Claro
que não foi o que aconteceu.
Elas já me achavam estranha,
e nada mudaria sua opinião.
Vim a Hogwarts
pensando que teria diversos
amigos, pois todos nós
seriamos iguais, mas parecia
que eu sempre seria "a
estranha" aos olhos dos
outros.
Apenas no Halloween foi
que ganhei os amigos mais
inesperados: Harry Potter e
Ron Weasley. E mais
inesperado ainda foi termos
nos tornado amigos por conta
de um trasgo.
Nós três descobrimos
que a pedra filosofal estava
escondida no castelo, e que
alguém estava tentando
rouba-la. Os meninos
achavam que era o professor
Snape, mas para mim poderia
ser qualquer um, menos ele.
Acabamos descobrindo que
Hagrid, o guarda-caça, estava
tentando criar um dragão na
cabana dele. Por sorte, um
dos irmãos de Ron trabalha
com dragões, e acabou que
amigos dele levaram
Norberto. Descobrimos que
alguém estava tomando
sangue de unicórnio.
No final do ano letivo,
eu e os meninos passamos por
Fofo, o cão de três cabeças de
Hagrid; uma cama de visgo do
diabo; uma sala cheia de
chaves voadoras, sendo que
só uma delas abria a porta;
um jogo gigante de xadrez
bruxo, onde Ron ficou
machucado; um trasgo, que já
estava derrotado então
apenas passamos direto por
ele; e, por fim, um enigma de
lógica do professor Snape.
Voltei para levar Ron a
enfermaria e avisar alguém
sobre o que tinha acontecido
enquanto Harry passou para
a próxima sala, onde
encontrou Quirrell, o
verdadeiro ladrão da pedra
filosofal, que levava
Voldemort na cabeça,
escondido por seu turbante.
No final ficamos todos
bem, a pedra foi destruída, e
Griffindor ganhou a taça das
casas pela primeira vez em
anos.
Enfim! O primeiro ano
passou muito rápido. Agora,
no trem de volta para casa, o
que eu mais queria era que as
férias acabassem logo, assim
eu voltaria mais uma vez para
Hogwarts.
-
-
-
Depois do longo período
de férias, onde eu passei
tediosamente revendo a
matéria do primeiro ano;
estudando a matéria do
segundo ano; e lendo alguns
livros avançados, eu mal pude
conter minha felicidade
quando a lista de materiais do
segundo ano chegou.
Jean e Paul me levaram
ao Beco Diagonal para
comprar tudo o que eu
precisava, e mais uma vez eles
ficaram maravilhados com
tudo que a magia podia fazer.
Durante as compras,
encontramos Harry e os
Weasley, e quando estávamos
na livraria conhecemos
Gilderoy Lockhart. Alem dos
livros pedidos para aquele
ano, comprei novamente
outros livros que achei
interessante, e logo voltei
para casa com meus pais,
esperar até que eu finalmente
fosse para Hogwarts
novamente.
Não achei Harry e Ron
no trem, então passei a viajem
até o castelo lendo em uma
cabine vazia. Gina, a irmã
mais nova de Ron, foi
selecionada para Grifinória,
como todos os Weasley. No
dia seguinte Harry contou que
ele e Ron vieram para a escola
no carro voador do Sr
Weasley, e cobre Dobby, o
elfo domestico. Infelizmente
eles perderam controle co
carro, e caíram no salgueiro
lutador, onde Ron quebrou a
varinha.
Draco Malfoy me
chamou de sangue-ruim, e Ron
tentou "defender-me", mas
acabou cuspindo lesmas por
um bom tempo. Não que eu
me importasse com o
xingamento. Aquilo não me
atingiu de forma alguma, mas
fiquei com pena de Ron. Não
deve ser legal ter lesmas
saindo por sua boca.
Fomos à festa de
aniversario de morte de Sir
Nicolas, o fantasma, o que foi
uma experiência única e
totalmente desagradável.
Então, para a surpresa
de todos, fomos atormentados
pelo herdeiro de Slytherin que
abriu novamente a câmara
secreta e passou a petrificar
as pessoas. Eu fiz uma poção
polissuco perfeita. Queria que
o professor Snape pudesse vê-
la... impossível que isso não
fosse impressiona-lo, mas
como eu tive que roubar
alguns ingredientes de seu
estoque pessoal, nada feito.
De todo modo; usei o que
pensei ser um fio de cabelo de
Millicent, uma sonserina, na
minha poção, mas na verdade
era pelo de gato. Como a
poção polissuco é feita apenas
para transformações
humanas, tive que ir para a
ala hospitalar, e inventar uma
estória horrível sobre uma
poção que deu errado.
Felizmente, Harry e Ron
foram mais sortudos, e
conseguiram entrar no salão
comunal de Slytherin.
Algum tempo depois,
quando descobri sobre o
basilisco e como ele se
locomovia pelos
encanamentos, fui petrificada.
Só sei que em um momento eu
estava na biblioteca e no
outro eu acordava meses
depois.
Contaram-me então que
o herdeiro de Slytherin estava
usando Gina para abrir a
câmera secreta, e estava
sugando sua energia, fazendo
com que ela quase morresse.
Harry e Ron, milagrosamente,
conseguiram resolver o
mistério, com ajuda de Hagrid
e foram até a câmera, onde
Harry derrotou o basilisco
coma espada de Griffindor.
Por Merlin, Minerva
conseguiu convencer os outros
professores que eu não
precisava repetir o ano por
causa dos meses que passei
desacordada. Apenas fiz
algumas provas para provar
que sabia tudo que os alunos
aprendem durante o segundo
ano, e o ano escolar terminou
novamente, mais rápido do
que da última vez.

Don't be fear of the darknessOnde histórias criam vida. Descubra agora