𝐓𝐞𝐦 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦𝐚 𝐜𝐨𝐢𝐬𝐚 𝐞𝐫𝐫𝐚𝐝𝐚

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𝐈𝐒𝐀𝐃𝐎𝐑𝐀 𝐒𝐖𝐀𝐍

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𝐈𝐒𝐀𝐃𝐎𝐑𝐀 𝐒𝐖𝐀𝐍

Durante todo o caminho de volta para casa, após uma série de abraços e muitas lágrimas, Bella não parava de me fazer perguntas. Eu sabia que ela era curiosa, mas caramba. Mal terminava uma pergunta e ela já tinha outra, e outra e outra.

Precisei de muita concentração para não rir da sua curiosidade e, ainda mais, para não dizer algo que revelasse demais. Esse é um dos problemas de ter uma gêmea que te conhece melhor do que qualquer pessoa: ela sempre sabe quando você está mentindo.

– Então... Soube que alguém está namorando. – Tento mudar de assunto para algo que não seja eu.

Acabamos de chegar em casa e já tínhamos tomado banho e trocado as roupas molhadas. Charlie havia saído por alguma emergência no trabalho depois de Bella ter brigado com ele por ter escondido que eu estava voltando.

Minah gêmea estava me ajudando a organizar meu quarto, e quando digo "ajudando", quero dizer que ela estava me bombardeando com perguntas e dobrando as roupas de qualquer jeito.

– Ah, droga! Eu esqueci. – Diz Bella, alarmada.

Ela sai correndo do quarto e, após alguns segundos, retorna com o celular na orelha. Parecia estar se desculpando com alguém, provavelmente o tal Eduardo, ou seria Edmundo? Não tenho certeza, mas me lembro de que começava com "E".

Enquanto Bella andava de um lado para o outro conversando ao telefone, parecendo realmente culpada por algo, aproveitei para organizar sua pilha de roupas de forma mais arrumada. Não havia como negar que sentia falta dessa casa, de Bella e de Charlie, mas agora que finalmente estou com eles, não consigo parar de sentir falta do meu pai.

Há cinco anos, eu havia fugido de casa, e mesmo com os esforços de Charlie para me trazer de volta, ele sabia que era necessário. A cada ano que passava, a maldição se fortalecia, e eu era o único capaz de quebrá-la.

Quando completei onze anos, minha magia começou a se manifestar, e foi nesse momento que ele me contou sobre o mundo sobrenatural, sobre ele e sobre a maldição que rondava a família Swan por gerações. Ele me treinou e conseguiu me ajudar a controlar meu temperamento, mas com o passar dos anos, a culpa começou a me corroer e finalmente decidi fazer algo a respeito.

Vivi nas ruas de Nova Orleans por semanas, e a única coisa que me protegia era minha magia. Charlie tentou me procurar em todos os lugares, mas teve o azar de ter me treinado o suficiente para que eu soubesse como esconder minha localização. Eu ligava para ele dizendo que estava tudo bem, mesmo quando não estava.

Precisei roubar para conseguir comer, e felizmente, tive a sorte de roubar do primeiro híbrido do mundo. Ele me acolheu, me defendeu e me ajudou em tudo o que eu precisava, sem me forçar a fazer nada que eu não quisesse. Ele se tornou um pai para mim, assim como sua família se tornou a minha.

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