𝐒𝐞𝐠𝐫𝐞𝐝𝐨𝐬 | 𝚃𝚘𝚍𝚊𝚜 𝚊𝚜 𝚙𝚎𝚜𝚜𝚘𝚊𝚜 𝚝𝚎𝚖 𝚜𝚎𝚐𝚛𝚎𝚍𝚘𝚜, 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚞𝚜 𝚜ã𝚘 𝚊𝚙𝚎𝚗𝚊𝚜 𝚖𝚊𝚒𝚘𝚛𝚎𝚜.
𝐈𝐬𝐚𝐝𝐨𝐫𝐚 𝐒𝐰𝐚𝐧, filha de Charlie Swan, é uma bruxa que fugiu de casa aos treze anos para salvar a vida da própria ir...
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𝐈𝐒𝐀𝐃𝐎𝐑𝐀 𝐒𝐖𝐀𝐍
Meu celular tocava incessantemente com mensagens e ligações de Bella, mas nem me dei ao trabalho de atender. Para acalmar seus nervos antes de sair correndo do estacionamento, mandei uma mensagem dizendo para ela não se preocupar e que eu iria desligar o celular.
Antes mesmo das aulas terminarem, eu já estava em casa. Não me importei com a velocidade em que estava correndo ou qualquer outra coisa que não fosse chegar em casa.
Meu coração batia acelerado, martelando contra meu peito com tanta força que, mesmo sendo impossível, tive certeza de que se eu não me acalmasse, poderia ter um ataque cardíaco.
Então fiz a única coisa óbvia e fácil: comecei a limpar. Limpei o meu quarto três vezes, o banheiro, a cozinha e a sala. Quando estava indo em direção ao quarto de Charlie, uma mensagem da Bella me pegou desprevenida. Qualquer calma que havia em mim se esvaiu.
"Não se preocupe, Charlie irá resolver!"
Nunca pensei que uma mensagem pudesse aterrorizar alguém tanto quanto me aterrorizou.
Não tive coragem de responder com um "não se preocupe, Bella. Estou bem." Eu queria, mas meus dedos pareciam congelados ao redor do celular. Era como se meu corpo não pudesse mais suportar mentiras.
Não conseguiria mentir para ela, nem para mim mesmo.
Não agora.
Eu não estava bem.
Não estava bem há muito tempo e não conseguiria fingir estando sozinho, mas mesmo assim não derramei uma lágrima sequer, mesmo tendo tentado.
Meu corpo se recusava a isso.
Antes que eu pudesse desligar o aparelho, uma mensagem de Charlie brilhou na tela, e depois outra, e outra, e outra. Foi quando a pequena chave do meu cérebro virou, e foi quando eu percebi. Eles sabem, todos sabem. E não demoraria para que toda a cidade soubesse o que aconteceu. Não adiantaria pedir para meu pai não fazer nada, ele faria.
E ninguém o impediria.
Tudo ao meu redor começou a tremer. Meus olhos se arregalaram em choque, tanto que precisei me assegurar de que meus globos oculares ainda estavam no lugar, assim como meu coração, que por um momento parecia não bater.
Eu não ouvia mais nada.
Pude ver as portas dos armários amarelos a cozinha balançavam, como se tivessem ganhado vida e estivessem prestes a sair correndo. Os pratos e copos que eu havia acabado de colocar para escorrer estilhaçaram, o estouro foi tão forte que não houve nem mesmo um caco. Apenas uma poeira branca sobre a madeira escura e encerada do chão.
Quando as paredes de madeira começaram a tremer, despertei o suficiente para começar a correr para longe de casa. Minha mente ordenava soltar o celular e correr livremente, mas minhas mãos não respondiam. O aperto no aparelho era tão forte que a tela trincou sob a película. Todos os sons cessaram enquanto eu corria.