𝐒𝐞𝐠𝐫𝐞𝐝𝐨𝐬 | 𝚃𝚘𝚍𝚊𝚜 𝚊𝚜 𝚙𝚎𝚜𝚜𝚘𝚊𝚜 𝚝𝚎𝚖 𝚜𝚎𝚐𝚛𝚎𝚍𝚘𝚜, 𝚘𝚜 𝚖𝚎𝚞𝚜 𝚜ã𝚘 𝚊𝚙𝚎𝚗𝚊𝚜 𝚖𝚊𝚒𝚘𝚛𝚎𝚜.
𝐈𝐬𝐚𝐝𝐨𝐫𝐚 𝐒𝐰𝐚𝐧, filha de Charlie Swan, é uma bruxa que fugiu de casa aos treze anos para salvar a vida da própria ir...
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𝐈𝐒𝐀𝐃𝐎𝐑𝐀 𝐒𝐖𝐀𝐍
Edward se despediu de mim com um aceno e de Bella com um beijo, nos deixando na porta de casa. Eu pensei que ele fosse diferente, mais chato, como o Charlie vivia comentando, mas não. Ele até que é legal e temos algumas coisas em comum, mas é claro que ele nunca vai saber disso.
Preciso manter a pose de irmã malvada.
Respirei fundo, encarando a casa. Estava nervosa; o carro da polícia já estava estacionado. Era por volta das três da tarde, e Charlie havia chegado mais cedo do trabalho. Minha irmã deu um passo à frente, pronta para sair da garoa e entrar em casa, mas quando percebeu que eu não a seguia e apenas estava encarando a porta espelhada, parou.
– Isa? O que há de errado? – perguntou ela, preocupada, virando-se para mim.
Balancei a cabeça, tentando afastar os pensamentos intrusivos que giravam em minha mente.
Charlie estava ali, esperando para conversar, e eu sabia que não podia adiar mais. Mas não queria falar sobre isso, não agora, e talvez nunca.
– Está tudo bem – murmurei, forçando um sorriso. – Pode ir na frente.
Bella franziu a testa, mas assentiu compreensiva. Ela sabia que não era uma boa ideia me pressionar quando eu estava assim.
– Estarei lá dentro se quiser conversar. – Ela sorri gentilmente, antes de seguir em direção à porta.
Assisti-a entrar, me viro para a estrada e fecho os olhos por um momento, apenas aproveitando a brisa gelada e úmida contra meu rosto. Fiquei assim por algum tempo, talvez tempo demais. Não consigo dizer, a dor que pressionava contra minha têmpora me deixava confusa. O som da porta da frente batendo e a voz de Charlie me fez abrir os olhos e respirar fundo, sentindo o peso das últimas semanas se abater sobre mim.
– Isa? – Ele me chamou, não respondi. – Está tudo bem?
Pensei em mentir e dizer que estava tudo bem, mas estava tão cansada de repetir a mesma coisa várias vezes que apenas disse a verdade:
– Não.
Charlie me amava, eu sabia que sim. Mesmo eu sendo um monstro estranho, ele ainda me amava, então acho que ele pode lidar com um pouco da verdade.
– Quer conversar? – Sua voz estava calma, mas apreensiva.
Ele queria conversar. Eba.
A dor da minha cabeça era tão forte que sequer ouvi ele andando e parando ao meu lado.
– Não. – Não queria ser grossa com ele, Charlie não merecia isso. Mas estava de saco cheio de conversa, se eu quisesse falar com alguém sobre meus problemas, eu procurava um terapeuta.
E a última que conheci está morta, então eu passo.
O silêncio que se formou não chegava a ser desconfortável, apenas era... estranho. Se passaram longos minutos até ele finalmente quebrá-lo com a última coisa que eu esperava ouvir: