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(NARRADORA)

Após ter entregado a chave do apartamento para Josh e lhe ter assegurado que ele poderia permanecer ali pelo tempo necessário, Any achou por bem ir ao supermercado, a fim de comprar algumas coisas.

O duplex já estava mobiliado, estava pronto para ser ocupado. Mas os armários da cozinha e a geladeira estavam vazios. Por isso, a morena optou por fazer uma compra.

Por sorte, próximo ao prédio onde seria o novo lar de Luca e Josh, havia um Carrefour. Então Any estacionou seu carro e, assim que entraram no supermercado, Luca e Cauê apanharam cada qual um carrinho de compras, saindo em alta velocidade pelo supermercado.

Josh- Luca! -(Josh exclamou)

Any, por sua vez, apenas riu. Luca era tão alegre e extrovertido. Era impossível não amá-lo.

Any- Pode pegar o que você quiser. (disse a morena olhando para Josh)

Ele coçou a nuca, em sinal de timidez, e olhou ao. seu redor. Estavam no corredor que abrigava os alimentos básicos.

Então, hesitante, o jovem rapaz apanhou um pacote de arroz e outro de feijão, ambos de 2kg apenas. Mas, ao olhar para Any, a encontrou sorrindo.

Any- Não precisa ficar tímido. (disse ela) Pode pegar os pacotes de 5kg. E pega uma marca melhor. Essa aí é ruim.

Josh hesitou mais ainda. Então a morena, chamando Luca, que estava mais à frente com Cauê, colocou, no carrinho, que o pequenino empurrava, três sacos grandes de arroz e cinco pacotes de feijão, ambos da melhor qualidade.

Luca- Tia, eu gosto muito de arroz e feijão. (disse Luca, saltitante)

Josh quase riu, pois sabia que, se o irmão tinha comido arroz e feijão três vezes nos últimos anos, era muito. Como ele poderia gostar tanto?

Any- É mesmo? (Any perguntou com interesse e, vendo o filho se aproximando com o carrinho, disse:) Ouviu, Cauê? O Luca gosta de arroz e feijão.

Ela dizia isso porque sabia que o filho era muito difícil para comer coisas saudáveis.

Cauê Eu odeio arroz e feijão! (Cauê exclamou fazendo uma careta)

Any riu e agarrou o moreno para apertar suas bochechas.

[...]

Josh não conseguiu vencer o acanhamento em nenhum momento. Durante toda a compra, ele optou pelos produtos mais simples, ao que Any sempre ria. Mas, no final, saíram com dois carrinhos cheios. Cauê e Luca, claro, já devoravam, cada qual, um pacote de Doritos.

Josh- Pode deixar que eu guardo as sacolas. (disse Josh quando Any abriu o porta-malas do carro)

A morena não impôs resistência. Ela não dizia a ninguém, mas, nos últimos dias, vinha se sentindo mais cansada. Sua gravidez estava começando a requerer mais dela.

E a propósito de gravidez, ainda naquela semana, havia feito o exame que lhe revelou o sexo do bebê. Ninguém estava com ela no momento da descoberta: teria sua primeira menina.

Seus pais estavam ocupados demais para acomoanhar a filha. Sua amiga Sabina... Ela já havia feito tanto! Além do mais, alguém tinha que atender os pacientes na clínica na ausência da morena.

De repente, como se tivesse lido os pensamentos de Any, que refletia sobre como poderia estar mais feliz se aquela gravidez tivesse acontecido em outro momento, Josh perguntou:

Josh- É menina ou menino?

Enquanto guardava as sacolas, o jovem rapaz havia reparado que Any tinha uma mão sobre a barriga, como se quisesse acariciá-la, mas estava hesitante. Então ele notou que o semblante da morena se tornou sério, o que lhe causou estranheza, porque, apesar da pouca convivência, ele já havia notado que Any era sempre muito sorridente.

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