3 - B-riders [parte 1]

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A lua reflete o brilho de minha arma, o som do golpe metálico entre o metal da adaga e os ossos dos esqueletos a cada segundo se põe mais frenético, ao todo são 5 esqueletos vindo pra cima de mim, com seus corpos desprovidos de carne utilizando apenas de alguma força desconhecida para mover seus braços para me atacar.

O da esquerda se move mais rápido e tenta me apunhalar com a rapiera que segurava em sua mão, no mesmo instante no que talvez fosse o tempo de até menos de um segundo o alvo que seria eu já não estava mais lá, o esqueleto ao se virar ele percebe uma sombra acima do muro, sentado e debochando de sua incapacidade, apesar disso o que o faz avançar na sombra não é o fato de ter sido provocado e sim que aquela sombra se tratava de mim mesmo.

- Vocês podem até não ser grande coisa pra mim agora mas pelo menos vão poder servir pra eu estirar os musculos.

Se levantando ainda acima dos muros do cemitério que acabo de deixar eu seguro e alongo meus ombros pois após um ano fora de atividades eu ja estava disposto a entregar meu corpo ao prazer da batalha, a alegria que percorria todo meu corpo subia como se fosse minha corrente sanguínea indo direto ao meu cérebro me entregando a loucura.

Eu limpo minhas pernas mesmo sabendo que não havia sujeira nelas, este era o sinal que um massacre ia começar a partir daí, eu abro um sorriso de quem se prepara pra caçar suas presas e em um salto veloz e imperceptível eu desapareci num salto em meio a escuridão da noite.

Sons de golpes podiam ser ouvidos, eu cortava, batia, chutava e golpeava o que na minha visão não passavam de ossos que já não possuiam mais valor, ossos daqueles que ja tinham partido, apenas cascas vazias que se recusaram a morrer e abandonar o significado de sua existencia, porém aquilo acabaria em pouco tempo, nada mais sobraria daquele lugar a não ser os restos dos ossos cortados e amassados por meus punhos.

Minutos se passam, aquele que restou de pé era ninguém menos que eu, os corpos dos esqueletos cairam e nada mais sobrou, seus corpos feitos de possiveis atributos mágicos cederam e se transformaram no que antes era sua forma original, apenas restos de mana, que pairavam sobre o ar deixando seu rastro fluorecente iluminando a escuridão daquela noite sombria.

Eu guardo minha nova adaga ja satisfeito com o gosto da minha primeira batalha, eu ja me preparo para seguir minha viagem já que não tenho mais nada a temer.

Ao me virar, infelizmente me deparo com uma surpresa deveras infeliz. Todo o show de esqueletos anterior ao parecer não passava de uma distração para o que essa pessoa estava a planejar. Seu rosto é coberto por uma máscara de proteção negra que cobria seu rosto, seus cabelos eram tingidos de um prateado da cor da Lua, que se juntava a sua pele clara. Usava algum tipo de uniforme bege do qual eu não reconheço sua origem e em sua mão, me apontava algum tipo de revolver o qual eu não tenho conhecimento de como funciona além do básico.

-Não se mexa e ponha suas mãos sob sua cabeça!

Disse ele.

Era...uma voz, uma voz de um homem, eu facilmente pude reconhecer pelo tom de voz, porém não estava muito alto, o seu volume era baixo ja dando a entender que ele não estava proximo a mim, levanto meus braços em um gesto de rendição e quando me viro me deparo com a figura que solicitou que meu corpo permanecesse imóvel.

Mas aquela arma que ele segurava ainda me intrigava.


Algo estava estranho, ela não tem o formato padrão das armas de fogo que eu estou habituado a ver, mas se ele me aponta tal instrumento com tamanha seriedade em seus olhos eu ja devo saber que isto não se trata de uma brincadeira.

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