twenty one.

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- Eu ainda não entendi o porquê de vocês dois terem me puxado... Para vir até aqui? - Cruzou os braços, se encostando em um dos carros velhos que tinham ali.

Não sabia o que se passava na cabeça daqueles dois. Eles o trouxeram para um estacionamento abandonado - quer dizer, não tão abandonado, outra hora aparecia algum carro por ali. Jeno e Jaemin estavam... Mais próximos? Parecia que uma semana presos dentro do apartamento do rosado foi o suficiente para eles se tratarem como duas pessoas normais e não no soco. Era um milagre, só podia ser. As brigas haviam diminuído, assim como os ciúmes besta que sentiam antes. Não pareciam que um enfiou um garfo na coxa do outro, ah, falando nisso...

- Será que algum de vocês podem me ajudar com isso aqui? - O Na bufou, ele tentava carregar uma cadeira, mas estava com dificuldade graças a perna.

- Você veio correndo, como não consegue carregar uma cadeira? - O Lee se aproximou, tomando a cadeira pouco enferrujada das mãos do outro e a colocando no chão, perto da onde Renjun estava, sentado no capô de um dos carros.

- Por que você machucou a minha perna? - Falou o óbvio, se sentando e olhou para o céu já em um tom alaranjado.

- Como vamos voltar?

- Não vamos voltar. - Jeno respondeu, fazendo o chinês arregalar os olhos.

- Como? - Perguntou novamente, não acreditando no que estava ouvindo.

Eles iriam passar a noite ali? Naquele lugar sujo e todo enferrujado?

- É, isso mesmo. - O Na concordou. - Se voltarmos, a sua mãe pode ter outro surto e acabar entregando a gente.

- Jaemin tem razão. Não vamos voltar. - Fortaleceu o que o outro disse, não dando mais escolhas para o chinês argumentar. Parecia uma ordem.

- Então vamos dormir aqui? No chão sujo? Ou dentro dos carros... Enferrujados? - Recebeu o olhar dos dois em si.

- Você nunca dormiu sujo, por acaso?

- Não estou falando do meu corpo em si, Jeno. Estou falando do local. - Revirou os olhos.

- Hm, nós estamos sujos. E eu já dormi na solitária com a roupa suja de sangue. - Abriu a porta do passageiro do carro que o Huang estava em cima e sentou ali.

- Jaemin? Você concorda com isso? - Apontou para o de fios negros que segurou o riso, só esperando pela a resposta do rosado. Ele iria concordar consigo.

- Noite da praia, lembra? Eu dormi lá todo sujo de vômito e bebida. - Riu junto ao Lee.

- Que nojo. - Um bico de formou em seus lábios.

- E você, Junnie? Nunca dormiu sujo em um lugar sujo? - Jaemin ainda teve a ousadia de o perguntar aquilo, ganhado outra revirar de olhos do Huang.

- Idiota... - Murmurou.

- Por que? - O Na questionou, suspirando. Renjun foi o único ao olhar com as sobrancelhas franzidas, enquanto o Lee nem fez tal esforço, já sabendo na onde aquilo iria terminar.

- Por que o quê?

- Por que começou a tomar as pílulas? - O silêncio se fez presente, o barulho dos carros percorrendo pelo o asfalto e os pássaros procurando por algum lugar que pudessem dormir eram os únicos presentes, e isso continuou até Renjun achar uma boa resposta para dar a Jaemin.

- As minhas dores de cabeça se tornaram mais frequentes desde que eu vi o meu pai há dois meses atrás. Sabe, eu nunca poderia imaginar que ele seria o diretor da clínica. Foi a partir de um dia que eu tomei a primeira pílula. - Os dois escutavam quietos. - Ele quem comprou para mim, só que eu não sabia que eram drogas. Eu só descobri isso três semanas depois, mas quando eu tentei parar... Já era tarde.

dear, renjun.Onde histórias criam vida. Descubra agora