Qᴜᴇ?

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𝑹𝒊𝒐𝒔 𝑷𝒐𝒗𝒔;

já era de manhã, o sol invadia o meu rosto ali na sala de espera do hospital

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já era de manhã, o sol invadia o meu rosto ali na sala de espera do hospital. sério mesmo que meus pais me fizeram esperar uma garota desconhecida acordar?. deixei uma mordida no copo plástico que estava em minha mão, mas não consegui me segurar.

— mãe, fala sério... vamos esperar essa menina acordar para que?.

— ela era a namorada do seu irmão. seu irmão me ligou antes do acidente e falou que tinha algo muito especial para me apresentar e me contar.

— mãe, você nunca notou? /a olho com um semblante sério/.

— Richard, sem falar merda. sem falar sem pensar! /meu pai praticamente me obriga a fica calado./

assim que eu ia me levantar, notei que minha mãe estava olhando as fotos de meu irmão em seu celular. nego com a cabeça me levantando da poltrona mas logo o médico vem em nosso caminho.

— ela acordou? /minha mãe questiona o médico que logo abre um sorriso/.

— sim... e as notícias são boas, ela e o filho ou filha está em ótimo estado. prontinho para irem embora.

— filho?.

digo em um tom de voz baixo e logo vejo meu pai implorando para ser o primeiro a ver ela, não deixei o mesmo ir sozinho. se trata de uma desconhecida, então apenas fui atrás com meu pai. assim que nós nos adentramos no quarto vi a moça deitada na cama, seus fios tinha a cor preta e seu rosto era bem moldado.

— você tá grávida? /meu pai pergunta de forma sincera/

— sim! /a moça responde sem um pouco de voz/.

— ótimo, esse filho vai ser do Benjamim. /meu pai completa deixando a moça bastante desconfortável/.

— olha, eu não sei quem são vocês. mas esse filho não é do Benjamim. e eu não vou aceitar de maneira alguma que essa notícia se espalhe.

— para de se fazer sonsa, você veio justamente com ele para cá. com certeza deu o golpe na barriga em alguém.

— Rios, não admito que você fale assim com a moça /meu pai de certa forma me oprime/. por favor, nos ajude. minha mulher está sobre tratamento de câncer, na cabeça dela esse neto veio como presente de Deus para nos ajudar.

— eu não posso fazer isso.

— faça isso pelo o Benjamim, a pessoa que você teve culpa na morte. e bom dia, espero que aceite porque já nos tirou meu irmão.

digo a olhando e logo menos sai dali, obviamente sai do hospital porque não queria ver o teatro ridículo que ia acontecer ali. meu pai sempre consegue tudo que ele quer, ninguém nunca consegue dizer não para ele de certa forma.

eu preciso relaxar, jogar a conversa fora e por minhas ideias em ordem. liguei para os meninos do time e marcamos na casa do Piquerez. o clima estava amigável, mas logo recebi a mensagem do meu pai dizendo que a tal Jade aceitou ajudar. desliguei o celular e o joguei em cima da mesa. que situação ridícula!.

— ainda nem acabei de pagar a mesa e você já quer quebrar /piquerez reclama de forma amigável/

— até parece, o preço dessa mesa você usa para palitar o dente /Giovanni completa a parte da brincadeira/

— Sejamos sinceros, o Rios tá precisando relaxar. acho que podíamos ir na vitrine, o que acham? /menino diz/.

— passo! /digo/ a namorada do meu irmão acordou e está indo para casa.

— pensei que seu irmão era gay, tinha jeito. /Giovanni comenta/.

— ih menino, tá desinformado mesmo em. a menina está até grávida, dizem que foi um milagre o bebê estar vivo.

— como cê sabe disso? /questionei o piquerez/

— hm, sua amante digamos assim me mandou mensagem falando que eu precisava te dar apoio.

desculpa, mas a Fernanda foi longe demais. como ela sai compartilhando minha vida assim? tudo bem que é meu amigo, mas eu queria poder contar e além disso tudo nem é VERDADE essa gravidez.

— com todo respeito, Rios. mas você não acha que está mais do que na hora de cortar a Fernanda? você vai se casar...

— eu tento, menino. mas não dá.

— ah dá sim, seja feliz com sua mulher. construa sua família, esse trem de trair a sua noiva com a...

— tô indo nessa.

digo me levantando do sofá pegando meu celular na mesa de centro, com calma fui até o hall de entrada e sai dali. fui diretamente para minha casa, ou melhor para casa da minha família enfrentrar algo que não queria.

assim que cheguei em casa, tudo parecia uma novela das nove. ver minha mãe sendo enganada por uma desconhecida não era nada confortável.

— chegou, meu amor. /minha mãe me olha com um sorriso no rosto/ estou aqui paparicando seu sobrinho.

— hm /soltei um sorriso forçado/ está animada com ele em mamãe.

subo às escadas e fui diretamente para meu quarto, precisava de um banho. fui diretamente para o banheiro e lá passei alguns minutos longos, o banheiro é minha melhor parte do dia e não gosto de ser atrapalhado. até que alguém bate na porta, eu não tenho paz.

enrolei uma toalha ao redor do meu quadril e logo voltei ao meu quarto abrindo a porta em seguida. após ver que era a Jade, minha expressão se fechou mais.

— fala /digo firme/.

— sua mãe tá chamando você para ir jantar, segundo ela.. ela está bastante preocupada com você.

— valeu, mas não preciso que você seja o correio da casa. você já tem um cargo bastante importante que é mentir, não acha muita coisa?.

— nossa, você é um ogro.

— mais alguma coisa?.

perguntei notando seu olhar sobre mim, a olhei soltando um sorriso lateral sarcástico.

— repito, mais alguma coisa? /digo novamente/

— não, já estou indo nessa.

— diz para ela que já estou indo, pombo correio.

brinco com a situação novamente, e logo fecho a porta do quarto me sentando na cama. soltei um suspiro e logo criei coragem de colocar minha roupa. estava evitando ao máximo manter contato, mas parece que minha mãe realmente não conheceu bem o Benjamim.

sai do meu quarto e fui diretamente para a sala de estar onde estava todos sentados comendo, inclusive a Jade.

— uau, que lindo! família feliz! /ironizo me sentando ao lado de minha mãe/

— Rios, pode pelo menos respeitar a comida.

— a comida sim.

digo sentindo minha mãe pousar sua mão sobre minha coxa, seu rosto veio em caminho ao meu ouvido onde só esperou meu pai puxar assunto com a Jade para que ela pudesse falar comigo.

— filho, eu estou tão feliz com esse netinho. por favor tente pelo menos tratar ela bem, seu irmão amava ela e o seu filho, vamos dar o mesmo amor que ela recebia dele.

apenas concordei, podia ser um ogro como ela mesma me disse lá em cima, mas ver minha mãe feliz desta forma me deixava feliz. só não gosto de ver ela sendo enganada, mas se ela está feliz, eu me esforço a tentar cuidar e tratar bem da Jade.

é uma promessa difícil, eu sei.

silly fear.Onde histórias criam vida. Descubra agora