Capítulo 3

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(S/n)

As horas se passam. Depois da minha pequena festa meu pai me chamou para ir a outro lugar. Minha mãe me desejou boa sorte e foi embora. Eu ia falar com o chefe da empresa e tentar conseguir um emprego no restaurante.

Caminhamos pelos corredores, passando pela cozinha e os banheiros até chegar nos fundos. Viramos a direita até chegar a uma porta. Meu pai bate duas vezes na porta e uma voz sai veio de dentro dizendo para entrarmos.

Quando entramos no escritório eu vi dois homens, um sentado na ponta da mesa com os braços cruzados, e o outro sentado em uma cadeira com rodas. Eles olhavam para nós dois parando sua conversa. Eu estava meio tímido.

— Chefe, esse é o meu filho. Ele gostaria de saber se teria algum serviço para ele no restaurante. — Meu pai diz, segurando meus dois ombros.

— Hum, vamos ver isso. Sente por favor. S/n não é? Esse é William, meu sócio.

Ele aponta para o homem de pele pálida e cabelos escuros logo ao seu lado. Ele estendeu a mão para mim e eu a aperto. Aquele homem tinha uma vibe estranha. Ele tinha um olhar perdido no rosto. Ele parecia não dormir bem há dias.

— Eu sou Henry Emily. Como sabe sou chefe do seu pai e Sub-chefe da empresa.

— Prazer em conhecê-lo. — Eu digo.

— Eu digo o mesmo. E sim, temos algumas vagas disponíveis no estabelecimento. Você poderá escolher uma delas por conta de ser seu aniversário.

— E quais seriam as vagas? — Pergunto a ele.

— Bem, temos uma vaga de Auxiliar de limpeza, tanto na cozinha, quanto no restaurante por um todo. Uma vaga de segurança noturno e uma vaga de segurança diurno. — Ele diz. — Oh não, Infelizmente você teria que esperar até fazer dezenove para poder ser segurança, então o que posso oferecer é a primeira opção.

Bem, não é o que eu esperava mas vai servir. Acho que eu sou bom com limpeza. Eu não sei cozinhar muito bem, então eu vou aceitar essa vaga.

— É uma pena. Mas Eu aceito a primeira opção.

— Que bom. Você gostaria de conhecer o local?

— Sim senhor.

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Eu estava no auditório principal do lugar observando os animatrônicos entretendo o pessoal do lugar. Eu me sento em uma mesa enquanto tomava um suco de caixinha. Eu escutei alguns fungados de nariz vindos do meu lado e Eu vi uma criança de camisa azul com listras cinzas usando um shorts jeans.

Eu decidi ir ver por quê ele estava chorando daquele jeito. Me levanto da minha cadeira e vou até ele.

— Oi amiguinho. Tá tudo bem? — Eu digo com uma voz calorosa.

Ele olha para mim com os olhos marejados e logo os enxuga com a mão e desvia o olhar.

— Estou bem sim, obrigado por perguntar. — Ele diz.

— Isso não é verdade. — Eu insisto.

— Eu te conheço? — Ele pergunta.

— Eu trabalho aqui, bom, na verdade eu começo amanhã bem cedo. — Eu digo com um sorriso. — Por quê não me conta por quê está triste?

— Eu não sei se devo — Ele murmura.

O garotinho parecia assustado com alguma coisa. Eu estava ficando preocupado com ele.

— Mas pode contar se quiser. Qual o seu nome? Eu sou S/n.

— Evan, Evan Afton. — Ele respondeu suavemente.

— Então o seu pai é o William?

— Sim.

O humor dele pareceu mudar de repente. Talvez ele esteja assustado com alguma coisa ou alguém o assustou.

— Quer que eu chame ele.

— Não. Ele é muito ocupado, não precisa incomodar.

— Tudo bem. Aliás, o meu pai é primo do seu pai, sabia disso? — Eu digo.

— É mesmo? — Ele olha para mim.

— Sim! E graças ao amigo do seu pai, eu vou trabalhar aqui. Agora, vai me contar por quê você está triste?

Ele olhou para frente e ficou quieto por alguns segundos antes de falar alguma coisa.

— É o meu irmão mais velho. Ele fica mexendo comigo e me zoando o tempo todo.

Aquilo me pegou de surpresa.

— Bem, ele é um bobo. Ele não devia fazer esse tipo de coisa.

— Ele sempre me provoca por não ter amigos.

Aquilo que ele me disse doeu o meu coração. Não é justo que um irmão faça isso com o caçula.

— Bem, seu irmão é um pamonha. — Eu digo brincando.

Ele ri da minha brincadeira.

— Se quiser, nós podemos ser melhores amigos!

— Você quer ser meu amigo?

— Sim! Que tal brincarmos de algum jogo?

Ele não responde nada. Repentinamente ele se joga em mim e me abraça bem forte.

— Eu vou encarar isso como um sim.

— Ele pode ser seu amigo também? — Ele pergunta sorridente.

— Ele quem? — eu pergunto confuso.

— Ele. — Ele me mostra uma pelúcia de um urso, com gravata borboleta e cartola. Ambos de cor lilás.

Eu sorrio com isso.

— É claro.

Pesadelos Que Se Tornam Sonhos | Nightmare x ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora