(S/n)Meu aniversário é em algumas semanas. Eu completaria dezoito anos de existência nesse mundo, mas infelizmente iria comemorar isso sozinho, bem, não tão sozinho por quê meus pais iriam estar comigo, eu acho.
Agora estou aqui, olhando a paisagem de trás do vidro do carro. Posso ver os grandes campos de girassóis e os enormes moinhos de ventos girando perante ao por do sol. Meus pais decidiram se mudar depois que terminasse o ensino médio, assim eu não precisaria ir para uma escola nova e ter o trabalho de me enturmar novamente.
Eu tenho dois amigos, Patrick e Sophia. Eu nunca precisei de muitos amigos, por quê apenas dois eram o suficiente e eles nunca me deixavam na mão. Éramos o grupinho rejeitado na escola mas vivemos muitas aventuras juntos. Mantemos contato por telefone.
— Não fique triste S/n. Entenda que isso é o melhor para gente. — Minha mãe disse.
Eu seco a uma lágrima que escorreu por meu rosto até chegar em meus lábios. Meu pai tinha recebido um emprego em uma pizzaria por causa de um primo dele que eu não conheço, acho que o seu nome é William, não sei. Também o aluguel da nossa antiga casa era muito caro.
— É filho. É Uma oportunidade de uma vida melhor. Não podíamos recusar. — Meu pai disse.
— Tente ver pelo lado positivo! — Minha mãe disse.
— Err... Tudo bem. — Eu dou um sorriso de canto de boca.
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— Parece ser aconchegante. — Eu digo.
Eu estava observando a casa depois que sai do carro recém estacionado. Meu pai estava tirando as bagagens do porta-malas do carro enquanto minha mãe retocava sua maquiagem. É um lugar bem tranquilo. Esse novo lugar pode se tornar o meu lar.
Eu retiro algumas cartas velhas que estavam se fundindo ao alumínio desgastado da caixa de correios e logo abro a porta. Claro que o lugar precisava de uma repaginada, mas vai servir. Eu quero ver o andar de cima.
— Eu vou ir ver o meu quarto. — Digo alto, sem se virar para quê minha mãe pudesse ouvir.
— Vai lá filho. Só toma cuidado, que os antigos donos disseram ter um piso solto lá em cima. — Ela diz colocando uma caixa em cima de uma pequena mesinha.
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Eu abro a porta de madeira e chego em meu quarto. Eu começo a olhar em volta e vejo que tem um espaço relativamente bom. Ele tem paredes brancas, um carpete azul cobrindo boa parte do chão, e alguns móveis decorando ele. Meu pai disse que quando comprou a casa, os antigos moradores de brinde deram alguns móveis para gente.
Eu começo a imaginar onde ficaria cada uma das minhas coisas. A cama ficaria ali, meus quadros nessa parede. Vai ficar legal. Eu deixo minha caixa de tranqueiras e vou até o andar de baixo. Eu escuto minha mãe e meu pai conversando.
— Tava falando com o caminhoneiro no telefone. — Meu pai diz.
— E o que deu? — Minha pergunta em seguida, parando o que estava fazendo.
— O Nosso caminhão de mudança só vai chegar amanhã, por quê ele acabou se perdendo no meio do caminho. — Ele diz.
— Poxa vida hein Roberto! — Minha mãe briga com ele. — Eu disse pra você revisar o endereço que você mandou para ele.
— E Eu mandei tudo certinho. Ele que foi incompetênte. — Meu pai rebate.
Esses dois vivem brigando. Bom, pelo menos tem uma cama para eu não ter que dormir nesse chão empoeirado e cheio de percevejos. Eu volto ao andar de cima e começo a limpar o meu quarto.
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Pesadelos Que Se Tornam Sonhos | Nightmare x Reader
Fanficvocê se muda de sua cidade natal para uma nova casa em uma cidade completamente desconhecida quando estava prestes a completar 18 anos. Em meio a sua tristeza, você decide se distrair arrumando um emprego. Você só não consegue um emprego, mas como t...