Capìtulo 13 - Será o fim?

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(S/n)

Logo o meu corpo insistia que eu acordasse, o que eu não queria fazer. Eu queria continuar deitado em minha cama macia e não fazer nada.

Enquanto eu me remexia pelos lençóis, eu senti algo grande ao meu lado, que roncava suavemente, seguido de pequenos grunhidos. Eu limpo os olhos e vejo Night dormindo profundamente.

Eu dei um sorriso de canto de boca. Falando em boca, eu limpo um pouco da saliva seca que tinha em meu rosto. Tinha um tempo que eu não dormia tanto.

Eu decidi me levantar e ir ao banheiro. Chegando lá eu abro a torneira, e fecho as mãos para pegar um punhado de água para jogar no meu rosto.

A água fria era reconfortante logo de manhã. Era um alívio e uma satisfação imediata. Algo estava errado. Eu estou muito pensativo desde que acordei. Desde que eu matei o William eu sentia que as coisas não eram as mesmas.

Claro que ele não ia matar por um bom tempo, ou talvez nunca mais, e isso é ótimo, mas eu não parei de pensar nas almas das crianças que ele tirou a vida. Elas não vão ter um descanso de todo esse sofrimento.

Já se passou uma semana desde que eu estou namorando com o Night, o que tem sido algo incrível. Ele é reconfortante e me ajuda quando estou para baixo. Eu preciso falar com ele sobre o que eu sinto sobre as crianças. Eu sei que esse é um assunto que ele não gosta de falar muito, mas eu tenho que tentar.

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— Night? Night acorda!

Nada. Apenas resmungos. Eu o sacudi de um lado para o outro. Impaciente, eu o sacudo mais de uma vez.

Hum... Baunilha... — Ele murmura.

Eu não pude deixar de sorrir. Eu levo minha mão até chegar em seu rosto, e com apenas um dedo eu aperto o seu nariz, que faz um barulho engraçado. Ele grunhi, mas não acorda. Eu dei um sorriso e aperto de novo, e ele não acorda. Eu decido fazer isso de novo.

Se você dá valor a sua vida, nunca mais faça isso. — Ele diz sonolento, sem abrir os olhos.

— Ou o que? Senhor urso...

Eu comecei, mas ele me interrompe me puxando para perto dele. Logo ele me envolveu em seus braços me impedindo de se mover. Eu estava sem reação, enquanto a respiração profunda de Night roçava os meu ouvidos.

Se não eu vou ter que te devorar. - Ele diz.

— Isso se você não me matar com esse seu bafo antes. — Eu ri. — Se a Morte tem cheiro, com certeza é esse.

Talvez seja por que eu sou a Morte. - Ele diz. — E sua hora chegou S/n...

Em um piscar de olhos ele se moveu como um raio e ficou sobre mim, e depois começou a fazer cócegas em minha barriga. O susto foi tão grande que eu entrei em desespero, enquanto ria sem parar.

—  Aprendeu a lição? - Ele pergunta.

— Aprendi! — Eu sorri em meio às lágrimas.

Night sorri maliciosamente e cai sobre a cama, logo acariciando o meu cabelo e me dando alguns beijinhos. Eu me aconchego mais nele.

Pesadelos Que Se Tornam Sonhos | Nightmare x ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora