Mansão Jeon

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Taehyung ergueu uma sobrancelha de maneira zombeteira, achando graça na tentativa fracassada de Jungkook de impor sua autoridade sobre ele. Embora pudesse facilmente pegar a faca na mesa e usá-la para sufocar o alfa em seu próprio sangue, ele se conteve, vendo que havia um garçom presente, segurando um balde com gelo para carregar o vinho, esperando obedientemente uma ordem do seu jovem mestre.

Obviamente, ele tinha plena consciência de que seria capturado se o líder da elite morresse, mas isso não o incomodava, pois estava completamente dominado pelo ódio de matar Jungkook de uma vez, especialmente depois de descobrir sua verdadeira natureza, pois a emoção de correr o risco de ser descoberto era extremamente estimulante.

Matar todos sem hesitar, matar o máximo de pessoas para saciar sua sede antes de ser preso, seu único dilema era encontrar diversão no perigo. A competição pela liderança do império deixou de ser relevante, tornando-se uma corrida para ver quem morreria primeiro.

- Você quer que eu faça isso? Então farei com prazer! - Ao sorrir com confiança, ele aceitou prontamente a ordem dada, enquanto o alfa exibia confusão ao franzir a testa.

Sua expectativa era que o ômega negasse, permitindo que ele finalmente o desmascarasse. Seu plano sempre foi claro desde o início, e a escolha da punição de Taehyung cozinhar para ele não foi uma coincidência, foi tudo planejado. Se Kim Taehyung fosse realmente seu farsante, ele não perderia tempo em eliminá-lo. No entanto, ele está agora cheio de incertezas, enquanto o ômega pega os talheres sem hesitação.

De forma provocativa, Taehyung cortou a carne do salmão e passou o pedaço na abundância de molho, olhando diretamente para o alfa. Jeon sentiu uma ansiedade em seu peito e se perguntou o que o ômega estava tramando, cada ação lhe intrigava. O alfa pegou a taça na mesa com rapidez para disfarçar sua inquietude, erguendo no ar para chamar atenção do garçom, que deu um sobressalto e se alarmou para levar rápido o vinho até a mesa.

Taehyung, através dos cantos dos olhos, observou o desajeitado homem se aproximar com aquele balde de gelo pesado e não poderia deixar de rir internamente. Abriu a boca para dar a mordida ao mesmo tempo que esticou o pé discretamente, fora do alcance do alfa, e em poucos segundos, o garçom tropeçou em seu pé e caiu com tudo para frente. O balde com gelo indo para cima, e o homem virando a mesa e deixando tudo cair no chão, fazendo a comida se espalhar, tempo perfeito para Taehyung largar o garfo e deixá-lo ir ao chão ao acaso, com cara de paisagem.

Jeon se afastou imediatamente assim que estilhaços de vidro voavam em todas as direções. Por outro lado, Taehyung permaneceu imóvel no local, observando o homem despedaçado no chão sem demonstrar qualquer reação.

- Inferno! - Jungkook praguejou com raiva, ao notar que seu terno caríssimo estava manchado com respingos de vinho, sentindo-se profundamente irritado com a desordem e bagunça que o cercava, o que o deixou transtornado naquele ambiente. Aquilo estava muito distante do que ele tinha planejado, não era de forma alguma o que ele esperava. - Como ousa?! - Vociferou ao homem caído, que imediatamente tentou se reerguer com uma expressão medrosa.

- Meu senhor! Mestre! Me perdoe, eu não fiz por querer! - Balbuciou, repetindo de forma incoerente as palavras, impossível de compreendê-las. Seus olhos estavam marejados e ele parecia tão desesperado que poderia manchar as calças, um medo intenso, não à toa, já que Jungkook parecia uma fera raivosa com olhos vermelhos cheios de ódio. - Por favor, tenha misericórdia deste humilde funcionário, eu lhe imploro, meu senhor! Peço perdão! Peço perdão!

- Basta! Estou repugnado com o som da sua voz. - Ele fez uma expressão de desgosto, encarando o homem que estava tremendo como um condenado. Sua raiva era tão intensa que mal conseguia se controlar, e já planejava arrancar a cabeça daquele empregado. - Não tenho tempo para desperdiçar com coisas banais, por sua culpa ficarei sem me alimentar até o jantar. - Arrancou com mestria um lenço do bolso, drenando cuidadosamente os respingos de vinho que ainda se faziam presente em seu pescoço e rosto.

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