Copybunny

Cassino

- Essas palavras não me trazem boas lembranças. - Com um sorriso sarcástico, ele analisou o alfa de cima a baixo e cruzou os braços. Jungkook tomou uma respiração profunda, fechando os olhos por um instante, ciente de que aquele pequeno demônio não deixaria aquilo passar em branco. - Por que eu haveria de ir contigo a algum lugar nesse momento? Seria uma tolice da minha parte te acompanhar tão tarde da noite, não concorda? - Divertiu-se com a expressão alheia.

- Não tenho tais intenções. - Ele respondeu com franqueza, sem traço de brincadeira, o que fez Taehyung ficar sério instantaneamente. - Você está entre os privilegiados agora, estou sendo generoso ao te incluir, os outros membros não se importam com você e te deixariam na escuridão. Desejo que você conheça o cassino, está disposto a isso? - Ergueu o olhar com impaciência, batendo com força as pontas dos dedos no batente da porta.

Sentia-se irritado consigo mesmo, não conseguia parar de olhar para o ômega naquele tecido fino e luxuoso de seda, descansou a testa no antebraço apoiado na porta e continuou fixo no corpo com curvas bonitas, incapaz de erguer a cabeça e encará-lo nos olhos. Seus pensamentos estão repletos de escuridão, influenciados pela estranha sensação do frio que se insinua em seu corpo, nunca demonstrou interesse em atividades sexuais, poucas pessoas compartilharam sua cama, mas apenas uma sobreviveu para contar.

Desejava sujar o ômega com o sangue de suas mãos feridas, arrastando-se ao longo das curvas da cintura imaculada e descendo pelas coxas de forma dolorosa, algo que provocaria sofrimento em Jungkook, mas que executaria sem hesitar.

Taehyung fechou a porta na cara dele.

O alfa paralisou, perplexo, piscou algumas vezes tentando procurar orientação, não imaginou que o ômega iria lhe ignorar totalmente e fechasse a porta em sua cara. Frustrado com o descaso deliberado, Jungkook entrou em um luta entre ir embora ou conferir novamente como um bom cavalheiro. Com a paciência esgotada, ele bateu fortemente na porta, prensando os lábios em uma linha reta. Esperou por três minutos, antes de suspirar raivoso e dar as costas para ir embora.

- Na próxima oportunidade, trarei uma faca e fincarei no coração desse maldito. - Com um semblante nada amistoso, ele murmurou enquanto apertava as mãos com raiva e pisava com força. - Não, melhor... - Sorriu maldoso, o sangue nos olhos psicodélicos, imaginando tudo em sua mente pecadora. - Na próxima vez, vou imobilizá-lo na cama e destruir aquele tecido, gravando meu nome em sua carne com uma faca para que nunca se esqueça. - Expressava seus pensamentos em voz alta como se estivesse enlouquecendo, terminando com risos.

A maçaneta da porta girou, capturando sua atenção de imediato. Logo Taehyung saiu do quarto, usando o uniforme de sempre, mas com a gravata em uma nova cor. Ele ergueu uma sobrancelha ao ver o alfa parado no corredor como uma assombração, soltou um pequeno riso abafado ao imaginar isso.

- Então? Me leve para o cassino. - Taehyung ordenou como se estivesse falando com um mordomo, ajustando o fecho do relógio em seu pulso. A sobrancelha de Jungkook se ergueu com raiva e indignação, ele apertou os dentes e por pouco não soltou um rosnado, arrependendo-se amargamente de ter tentado ser gentil com aquele ômega desrespeitoso. - E não demora muito não, porque tenho um compromisso matinal agendado. - Verificou as unhas enquanto mantinha os braços cruzados, sem se importar com a expressão feia do líder.

- Sua capacidade de me fazer lamentar todas as decisões que tomei em relação a você é surpreendente. - Falou pausadamente, retomou sua marcha, sem se importar se o ômega o acompanhava ou não, era o ser mais desagradável que já tinha tido o desprazer de encontrar.

Taehyung não se abalou com o mau humor do outro, continuando a seguir o líder com desinteresse, mantendo uma grande distância entre eles. O ômega se movia como um predador, observando atentamente as amplas e belas costas do companheiro, os dois se moviam em perfeita sincronia. Em um instante, desceram todas as escadas e chegaram ao salão da entrada do internato, que se encontrava silencioso e vazio, sem a presença de nenhum estudante, o que tornava o ambiente assustador.