XVIII. Permanent Vacation

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Ainda bem que o Sr. Cullan permitiu que eu fizesse todas as últimas provas em um mesmo dia, mesmo com a mente viajando, consegui revisar pela manhã e fazer todas as provas à tarde. Assinei um termo de sigilo sobre as questões e separei a noite para arrumar minha mala. Combinei de encontrar o Castiel no meu quarto, já que ele, o Lys e a Rosa também tiveram que fazer todas as provas hoje.

- Boa noite, Achiles — cumprimento meu segurança (caramba, ainda é estranho falar isso) na porta do dormitório.

- Boa noite, Lynn — ele sorriu.

Confesso que eu não queria chegar nesse ponto, mas meus pais só aceitaram que eu ficasse aqui mais dois dias se tivessem certeza de que estou segura. Ouço o Achiles falando com eles o tempo inteiro pelo telefone.

Entro no quarto e vejo um Castiel tenso na frente do laptop. Fecho a tela e sento em seu colo e frente pra ele.

- Achei que você viesse ficar comigo, e não trabalhar... — ele põe as mãos na minha cintura.

- E eu achei que você ia arrumar sua mala — ele me beija e eu aprofundo, em busca de um contato familiar, em busca de algo só nosso.

Ele desce as mãos para a minha bunda e eu impulsiono o quadril para baixo, aumentando a fricção e tentando conter a minha vontade. Não demora para que eu o sinta rijo embaixo de mim, o que o faz interromper o beijo.

- Lynn, eu... eu quero muito mas não posso... não enquanto você está abalada, não posso me aproveitar disso.

- Shhh — ponho o dedo em seus lábios. — Eu estou bem e quero isso, se você estiver pronto — ele sorriu, mesmo com o olhar triste. — Só não acho que o Achiles esteja recebendo o suficiente para ouvir seus gemidos soprano no horário de trabalho — ele riu.

- Vou ter que me segurar, e você vai ter que concentrar seu vibratto nos meus ouvidos, não quero perder um compasso sequer — senti ainda mais calor e me entreguei totalmente.

Foi muito melhor do que eu me lembrava, nossos movimentos pareciam os de uma orquestra onde mesmo descompassada em alguns momentos, conseguia entregar o melhor pout-pourri de todos. Mesmo nossa primeira vez tendo acontecido em meio ao caos, eu sei que com ele, sempre vou ter uma âncora que me traz para onde eu devo estar. Castiel foi calmo, mas firme, seu ritmo mostrava que ele estava com medo de me machucar, sempre deixando claro que se eu quisesse, ele pararia — mas eu não estava maluca de perder a oportunidade. A parte mais difícil foi ter que me concentrar para não me soltar totalmente, mas eu senti que ao deixar toda a canção só pra ele, ele ficou mais excitado ainda.

Confesso que nosso repertório me deixou mais enérgica e fui logo arrumar a mala para poder me encher de mais música.

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Fiz o Castiel aceitar que não precisamos levar o Achiles para a capital com a gente, com muita luta. Pegamos o primeiro voo da tarde e por sorte, não encontramos nenhum grupo de fãs, somente um ou outro fã sozinho, mas todos muito gentis e apoiadores conosco.

O voo não demorou muito e meu pai já estava nos esperando. Ele não estava muito feliz com a ideia de receber o Castiel, mas ele não tinha surtado, então tudo ótimo!

Durante o trajeto do aeroporto para casa, meu pai estava bem falante sobre as acomodações e tudo que ele e minha mãe fizeram para receber os convidados. Me sinto uma criança de novo!

- Nossa babinha nunca fez festinhas do pijama em casa, temos que aproveitar pra retornar à infância dela — meu pai falava animado enquanto entrava na garagem do condomínio.

- Pai... — eu estava morta de vergonha enquanto os três patetas no banco de trás estavam rindo até soluçarem.

- Ela até hoje não faz festas do pijama, sr. Phillippe! Para vermos ela temos que rodar o campus inteiro, ou então Amoris inteira! — disse a Rosalya.

- Exagerada! Até parece que você não me faz andar 100m por segundo em busca de roupas novas — retruquei.

- Bom, vamos matar a saudade! Fiquem à vontade, pessoal. Lucia está preparando um jantar com muita variedade para vocês e também já arrumou o quarto da nossa babinha para ela e para a Rosalya, e eu já arrumei os sofás para os rapazes — saímos do carro.

- Como assim? — perguntei.

- Lynn... — Cass me repreendeu.

- Pai, eu achei que os meninos fossem ficar com a gente no quarto, é grande e daria para colocar mais dois colchões no chão!

- Bom... é verdade. Eu achei que... Deixa pra lá, vou pegar os colchões no depósito e encontro vocês lá em cima — pude perceber que ele se irritou com o meu pedido, mas não retrucou nem reclamou e foi em direção ao depósito.

- Você tinha que pedir para ficarmos juntos? — Castiel perguntou.

- Eu não teria problemas em dormir no sofá — Lysandre disse.

- Somos adultos, ele não pode agir como se ainda tivéssemos 16 anos! — peguei minha mala. — E afinal, não é como se vocês não pudessem ficar confortáveis na minha casa, sabe?

- Acho que seus pais já estão mais tranquilos, amiga, ele parecia bem de boa — Rosalya disse e eu e Castiel trocamos um risinho.

Os guiei até nosso prédio e subindo o elevador, pude ver que o Castiel estava nervoso.

- Vai dar certo, vamos conseguir tudo que precisamos e vamos voltar para Amoris tranquilos — eu disse.

Descemos do elevador e o cheiro da comida da minha mãe evidenciava o apartamento para o qual iríamos. A porta estava aberta e eu convidei todos a entrarem.

- Mãe! Chegamos! — deixei a mala no corredor e fui até a cozinha abraçá-la.

- Bem-vindos, bem-vindos! A casa é de vocês, fiquem à vontade — ela abraçou a Rosa e o Lys. — Vejo então que o meu genro agora é uma estrela do rock — Castiel ficou vermelho. — Venha cá — ela o abraçou e sussurrou algo para ele que o fez rir.

- Mãe, nós vamos todos ficar no meu quarto, tudo bem? O papai está subindo com os colchões extra — ela acenou e voltou ao que estava fazendo.

Guiei todos para o meu quarto e afastei algumas coisas para que coubessem os colchões. Rosalya se lançou na minha cama e ficou lá enquanto Lysandre estava totalmente metódico quanto aos seus pertences. Ofereci um espaço no guarda-roupa para que todos colocassem suas coisas e fui pôr a mesa para a minha mãe.

Castiel já estava em telefonemas com a equipe jurídica do Crowstorm e eu podia ver que o Lysandre também estava tenso, afinal, é o futuro deles que está em jogo. Tudo isso por culpa minha... Mas tudo bem, depois que terminei com a mesa, fui até o armário da sala e peguei as caixas com o meu nome, vamos ter que revirar tudo e encontrar o máximo de provas possíveis.

Essa semana seria longa, pelo visto.

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FIM DO CAPÍTULO 18

JEALOUSY - castielOnde histórias criam vida. Descubra agora