XXIV. Home Sweet Home

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Acordei cedo sem nem precisar de alarme, acho que estava ansiosa por esse dia. Eu teria me alongado tranquila se não fosse pelo odor de xixi extremamente forte.

- Panqueca, não... — o peguei no flagra enquanto fazia xixi no pé da porta do banheiro. — Vem cá, seu safado, deixa eu limpar essas patas — enxuguei as patas antes que ele fizesse mais bagunça.

Limpei o xixi e pus desodorizador, tenho que entrar o quarto do mesmo jeito que o encontrei. Combinei com a Rosa pra ela passar aqui às 8h, sabendo que ela chega no mínimo às 9. Tomei café tranquila, tomei um banho e lavei o cabelo, depois guardei tudo de novo nas caixas. O Panqueca tem tanta energia que eu nem sei como ele consegue correr por horas a fio com os brinquedinhos na boca, acho que preciso comprar mais, pois esses já vão se definhar nos dentes dele.

- Vem cá — peguei ele no colo e enchi de beijos. — Você é um bebêzão, sabia? É sim — afinei a voz sem nem perceber e o coloquei no chão, ele me lambeu com carinho.

Pela reação do Castiel, pensei que talvez eu tivesse me precipitado, mas estou feliz por ter tomado essa decisão, afinal, ele merecia um lar de amor, e não existe mais amor no mundo do que eu guardo agora. Me sinto uma tonta por estar apaixonada como uma adolescente, mas acho que o primeiro amor da vida tem esse efeito eterno nas pessoas.

[1 mensagem nova de Cass]

Cass: Peguei o carro na oficina, avise quando e eu busco você

Sorri e respondi.

Lynn: Não se preocupe, a Rosa vai me levar! Pode ir ao estúdio tranquilamente.

Cass: Prometo que não demoro, linda. Não esqueça de colocar os tapetes descartáveis na varanda quando chegar. E não deixe o comedouro perto do tapete!

Lynn: Tudo bem, e você não esqueça de deixar minha chave na portaria!

Cass: Estou saindo e levando. Te amo, chego logo.

Lynn: Te amo!

Ouço batidas na porta, pelo visto a Rosalya decidiu me surpreender e chegar às 8h30. Ao abrir, vejo que eu não poderia estar mais enganada.

- Posso entrar? — Nath perguntou e eu abri espaço para que ele entrasse.

- Bom dia, não lhe esperava aqui tão cedo — ele observava as caixas até que ele viu o Panqueca e fez levemente um carinho em sua cabeça, sei que ele se esforçou para isso, já que não gosta de cachorros.

- Bom dia... vai se mudar? Seu intercâmbio acabou? — ele se sentou na cadeira da copa.

- É... não — me sentei na cama e decido contar a verdade. — Vou me mudar para a casa do Castiel. Ele pediu aos meus pais e eles preferem, pela segurança em meio a tudo que está se passando — ele continuou impassível.

- Entendi, então vocês vão mesmo casar? — não contive a risada.

- Seu bobo, nós não vamos nos casar! Estamos juntos há meses, como pôde pensar isso? — ele soltou um ar, claramente se sentindo bobo.

- Desculpe por pensar isso, eu... — ele riu. — Eu ouvi eles falando disso naquele dia e acreditei, desculpe.

- Não tem problema, eu deveria ter esclarecido antes... — olho para meus pés.

- Fico feliz que esteja segura, e espero que a situação toda passe logo. De verdade.

- Confesso que isso me surpreende — rimos. — Obrigada por ter vindo.

- Sei que passamos por maus momentos, mais por minha culpa, mas eu adoraria ter minha melhor amiga de volta — ele sorriu ladino.

- E eu adoraria ter meu padrinho de casamento — ele arregalou os olhos e eu ri. — Brincadeira, eu também sinto falta do meu melhor amigo.

JEALOUSY - castielOnde histórias criam vida. Descubra agora