Noiva Em Fuga {Concluído}

CAPÍTULO XII

Num momento tenso em que eles estão ansiosos para fugir, saem para a rua e avistam a polícia se aproximando de longe.

- eles estão vindo, vamos por outro caminho - disse a Linda.

Na luta pela sobrevivência, eles estão fugindo em um bairro periférico desconhecido, enfrentando desafios intensos a cada passo que dão. O bairro periférico é composto por ruas estreitas e labirínticas, com casas em estado precário.

Eles correm entre becos e vielas, ouvindo o som dos passos rápidos dos perseguidores se aproximando cada vez mais. Eles se escondem em terrenos abandonados, saltam cercas e atravessam becos, lutando com todas as suas forças para escapar do cerco implacável da polícia. A tensão é palpável no ar, enquanto eles buscam desesperadamente uma rota de fuga segura.

- se continuarmos desse jeito é capaz desta ferida abrir - disse a Linda.

- temos ter que continuar, eu consigo, não se preocupe. Vamos.

Em Angola, o Armando , prestes a se casar no próximo mês, está cheio de preocupação em relação ao seu irmão Artur, que não dá notícias há uma semana. Sua mente fica inquieta e ele se sente dividido entre a alegria do casamento iminente e a angústia pela falta de informações sobre o paradeiro do seu irmão. Ele se comunica com o pessoal da embaixada e busca respostas tentando entender o que pode ter acontecido, esperando ansiosamente por alguma notícia que traga alívio para sua agonia.

Os agentes da embaixada estão dentro do seu carro a caminho da localização deles, ouvindo atentamente pelo rádio da polícia toda a perseguição em andamento. Enquanto escutam a perseguição pela rádio da polícia, os agentes sentem a urgência da situação e rapidamente traçam um plano de ação. Eles aceleram o carro em direção ao local da perseguição. Com habilidade e determinação, eles se aproximam do cenário da fuga, prontos para colaborar e garantir a segurança da Linda e do Artur.

Os dois continuam fugindo e entram em um mercado informal movimentado, repleto de pessoas, de barracas de frutas, legumes, roupas e outros produtos. As pessoas se apressam de um lado para o outro, negociando, conversando e carregando sacolas. A música alta e as vozes misturadas criam um ambiente caótico. No meio da agitação, eles se separam um do outro, perdendo-se na multidão tumultuada.

Desesperados, eles tentam se encontrar novamente, empurrando-se entre as pessoas e buscando por um vislumbre do outro. A confusão e o barulho aumentam a tensão, enquanto eles lutam para se reunir e continuar sua fuga. Eles tentam se comunicar por olhares desesperados e gestos frenéticos, mas a multidão densa dificulta a visibilidade. Eles empurram gentilmente as pessoas à sua frente, tentando se encontrar novamente antes que seja tarde demais. A ansiedade cresce à medida que o tempo passa e a distância entre eles aumenta no meio do mercado movimentado.

O Artur olha ao redor, a sensação de isolamento e vulnerabilidade cresce à medida que tenta encontrar a Linda ou alguém que possa ajudá-lo. Com passos hesitantes, ele se aventura pelo desconhecido, buscando uma maneira de encontrar um caminho de volta à ela.

Ele está com a respiração ofegante, seu rosto marcado por expressões de dor e exaustão. Cada passo é um esforço doloroso, suas pernas tremem e sua postura é curvada, revelando a exaustão física e emocional que a consome. O olhar vago e perdido nos olhos mostra a falta de esperança e a sensação de estar completamente perdido.

- onde tu estás meu amor, onde? - disse ele com os braços apoiado no chão.

Os agentes da embaixada conseguem encontrar o Artur e se aproximam com cautela, oferecendo ajuda, estendendo as mãos para ajudá-lo a levantar.

- viemos ajudar. Nós somos agentes da embaixada, o seu irmão pediu a nossa ajuda. Eu sou o agente Ramos e este é o meu colega o agente Stone.

- graças a Deus, agora só precisamos encontrar a Linda - disse o Artur com a respiração acelerada.

- primeiro vamos levá-lo até a embaixada para tratar desta ferida sr. Santiago e depois procuramos por ela - disse o agente Stone.

- não... Isso não, ela deve estar por aí sozinha e com medo. Vamos procurar por ela, eu estou bem.

Os agentes trocam olhares e em seguida concordam em procurar por ela.

A Linda está correndo desesperadamente, seu corpo tenso e os músculos exaustos. O suor escorre pelo seu rosto, misturado com lágrimas de puro desespero. Os traficantes estão cada vez mais próximos, suas vozes ameaçadoras ecoando em seus ouvidos. Em um momento de puro azar, ela tropeça em uma pedra solta e cai violentamente no chão. O som do impacto é ensurdecedor, seguido por um breve silêncio enquanto ela tenta recuperar o fôlego. A dor aguda na cabeça a deixa tonta, sua visão turva e seus pensamentos confusos. Ela luta para se levantar, mas a sensação de vulnerabilidade aumenta à medida que os traficantes se aproximam implacavelmente. Sem forças ela acaba por desmaiar e os homens do Hector a colocam dentro do carro e a levam.

Há um clima de frustração no ar. O Artur está com expressão de desânimo, e os dois agentes parecem resignados. Encerrando a busca pela Linda. Mas também uma sensação de que a busca pode ser retomada a qualquer momento. Depois disso eles levam o Artur até a embaixada.

- vamos comprar uma passagem hoje mesmo para Angola sr. Santiago - disse o agente Ramos.

O Artur escuta sentado no escritório, com os ombros caídos e uma expressão de tristeza profunda no rosto. O ambiente transmite uma sensação de desespero e impotência, pois ele está sendo obrigado a deixar para trás a pessoa que ama, sem saber o seu paradeiro e ele recusa se a ir embora.

Ele se levanta, com uma expressão decidida e determinada no rosto. E os agentes insistindo para que ele deixe o país. O Artur cruza os braços e recusa-se a ceder, mostrando sua determinação em ficar e continuar procurando por ela. Há uma mistura de coragem e desespero em seu olhar, pois ele está disposto a enfrentar qualquer obstáculo para encontrá-la.

- toma o telefone, o seu irmão está em Linha.

O Artur recebe e começa a conversar com o Armando que começa gritando com ele.

- que história é essa que você não quer voltar Artur? Você está louco? - disse o Armando aparentemente chateado.

- eu já disse que daqui eu não saio se não for com ela, ninguém vai me fazer mudar de ideias. Não adianta insistir Armando.

- pois eu insisto, deixe que o pessoal daí cuide disso, eles vão encontrar ela, mas você tem de ficar em segurança, tens de voltar pra casa.

- eu já disse que não Armando, não insiste por favor. E não me vem com esse tom autoritário para cima de mim, já basta ter crescido com um pai assim. Eu sei o que estou fazendo meu irmão, só peço que confie em mim.