Noiva Em Fuga {Concluído}

CAPÍTULO XXIII

O Armando segura o telefone com mãos trêmulas, sua expressão carregada de preocupação. Seu coração bate rápido, enquanto espera ansiosamente por notícias.

Ele está sentado sozinho na sala da sua casa, enquanto sua noiva está conversando com a sua mãe. O silêncio da sala é ensurdecedor, apenas interrompido pelo som do relógio na parede. Ele olha fixamente para a janela, vendo as luzes da cidade piscando ao longe. Já se passou uma semana desde que o Artur fugiu da embaixada.

Ele se lembra vividamente da última vez que o viu. Agora, enquanto espera por notícias dos agentes, ele se pergunta o que poderia ter acontecido. Será que seu irmão está em perigo? As possibilidades assombram sua mente, enchendo-o de angústia. O que mais pesa nele é que não pode contar para os seus pais sobre o que está acontecendo, com receio de deixá-los ainda mais preocupados.

Ele pega uma foto de seu irmão na estante e a segura com carinho. Os dois sempre foram próximos, compartilhando segredos e apoiando um ao outro nas horas mais difíceis. Agora, ele sente um vazio em seu coração, como se uma parte dele tivesse sido arrancada.

Os minutos se arrastam lentamente, até que finalmente o telefone toca. Seu coração dá um salto em seu peito enquanto ele atende, esperando ansiosamente por notícias. A voz do agente Stone do outro lado da linha é calma, mas ele pode ouvir a seriedade em suas palavras.

O agente Stone explica que estão fazendo tudo o que podem para encontrar seu irmão. Equipes de busca estão vasculhando a área, entrevistando testemunhas e seguindo todas as pistas possíveis. Eles estão determinados a trazê-lo de volta em segurança.

Uma onda de alívio misturada com preocupação inunda o Armando. Ele sabe que os agentes estão fazendo o possível, mas o medo de nunca mais ver seu irmão ainda o assombra. Ele agradece ao agente e desliga o telefone.

Olhando novamente pela janela, ele vê as luzes da cidade brilhando como estrelas distantes. Ele fecha os olhos por um momento, desejando com todas as suas forças que seu irmão esteja seguro.

A noite passa lentamente, mas ele permanece vigilante, esperando por qualquer notícia. Ele sabe que não pode deixar o desespero consumi-lo.

E assim, ele segue esperando, mantendo a esperança viva em seu coração. A incerteza do destino de seu irmão Artur é avassaladora. Ele sabe que o amor entre irmãos é inquebrável e fará tudo o que estiver ao seu alcance para trazer seu irmão de volta para casa. Até mesmo cancelar seu casamento para ir atrás dele.

Na manhã seguinte, o Artur está desesperado para ver novamente a Linda. Mesmo sabendo que ela não se lembra mais dele. Ele se dirige à clínica. Ao chegar lá, nota que a segurança está menos apertada do que o normal e decide entrar. Ele encontra mesma enfermeira que ele havia entregado a carta. A enfermeira diz que conseguiu entregar a carta mas não pode garantir se ela a leu a ou não.

Ele pergunta se ela está no seu consultório mas ela diz que não. A enfermeira explica que ela está prestes a se casar naquele mesmo dia com o Hector.

Artur sente um aperto no peito e uma mistura de emoções toma conta dele. Ele se pergunta como é possível a Linda se casar com o Hector. Ele pede informações sobre o local do casamento. Mesmo hesitante, a enfermeira lhe diz que o casamento será realizado na casa do Hector.

Ele pede o endereço e com determinação, Artur parte em direção à residência. Ele sabe que não deveria estar lá e que talvez estivesse cometendo uma loucura, mas não consegue pensar em outra coisa a não ser na possibilidade de falar com ela antes que seja tarde demais.

Enquanto isso, um agente da embaixada que está vigiando a clínica, avista ele e rapidamente comunica aos outros agentes sobre seu paradeiro.

Os agentes estão reunidos na sala de operações, discutindo estratégias para encontrar o Artur e resgatar a Linda. O clima está tenso, de repente, o telefone toca, interrompendo a conversa.