Capítulo 19

2.1K 179 65
                                    

Eu não quero me perder, mas não estou conseguindo passar por isso. (James Arthur - Train Wreck)

Chegamos à casa da mãe de Dan. Era uma casa encantadora, simples, com uma varanda e um cercado pintado de branco ao redor. Vários vasos de flores, de todas as cores, enfeitavam a frente da casa.

Dan abriu a porta e foi recebido com um abraço da sua mãe, que logo notou minha presença.

- Você deve ser a Jade, estou certa? Sua voz era gentil, o que fez algo dentro de mim se remexer com uma sensação familiar.

- Sim. Estendi o braço, mas ela se aproximou me abraçando.

- É um prazer te conhecer - Ela caminhou com um pouco de dificuldade até a cozinha e nós a seguimos - Dan me disse que você ajudou a achar a Hannah, como ela está aliás?

Olhei para Dan em busca de alguma coisa que me dissesse que ele tinha contado a verdade a sua mãe, mas ele fez com um gesto com a mão para que eu não me preocupasse.

- Ela sabe de tudo - E depois se direcionou para a mãe - Ela está bem.

Sua voz saiu um pouco mais calma

- Conseguiu achar o Richy, filho? - Ela colocou mais um prato na mesa - Você e Lily conseguiram achá-lo?

Virei o rosto para Dan, confusa.

Ele gesticulou um corte no pescoço para a mãe que apenas o olhou parada cobrindo a boca.

Lily acordada de madrugada, Dan dizendo que tinha vindo visitar a mãe... Cruzei os braços

- Obrigada, Sra Amélia. Ele disse

- Desculpa. Ela soltou, mas sorriu.

- Então, por que não me disse? Perguntei

- Porque você iria querer vir junto e já tem coisa demais para lidar.

A verdade é que eu nem fiquei brava por isso. Porque eu provavelmente faria a mesma coisa. Mas Lily iria me ouvir. Aquela pilantra.

E agora que Richy estava sobre o radar da polícia... Às vezes parecia que nada disso teria um fim.

- Encontraram alguma coisa? Perguntei.

Ele balançou a cabeça enfiando a comida na boca.

- Lily deu a ideia de voltarmos para a cabana, porque talvez ele tenha ido para lá. Mas estava vazio.

- Ele estava ferido, talvez tenha ido para outro hospital. Comentei.

Dessa vez, a mãe de Dan balança a cabeça negando.

- Duvido muito. A não ser que ele tenha ido para um hospital em outra cidade.

E o hospital em que eu acordei nem ficava em Duskwood, mas não era impossível. Havia uma cidade próxima a Duskwood.

- Grove Springs - Dan teve o mesmo raciocínio - Sim, talvez ele tenha ido pra lá.

- Não seria ruim verificar.

Sentei, e a mãe de Dan, mesmo com sua deficiência em andar, não me deixou levantar um dedo para colocar minha comida que por sinal estava maravilhosa.

Sem sombras de dúvidas eu ia fazer mais visitas.

*

Dan estacionou o carro na garagem da sua casa, e do banco de passageiro, eu consegui ver Lily conversando com alguém no telefone, mas quando nos aproximamos ela desligou e sorriu.

Duskwood - Não é o fimOnde histórias criam vida. Descubra agora