Duskwood - Não é o fim

Capítulo 21

Você faz meu coração bater mais rápido que adrenalina, você me beija e acaba com a dor do inferno que já estive (James Arthur - Medicine)

(Atenção, o conteúdo abaixo contém cenas de sexo explícito. Se você tem menos dezoito ou não gosta, recomendo que pule)

A mão firme de Jake envolveu minha nuca, seus dedos entrelaçando-se nos meus cabelos com uma determinação quase possessiva, como se ele estivesse tentando capturar cada fio de minha essência. Seu toque era elétrico, enviando arrepios pelo meu corpo e acendendo chamas de desejo que dançavam em minha pele, consumindo-me em uma voragem incontrolável.

Enquanto minha respiração se tornava cada vez mais irregular, senti seu corpo tenso quando minhas mãos buscaram desesperadamente o tecido de sua camisa, como se eu precisasse arrancá-la para alcançar a verdadeira essência dele.

— Jake... — minha voz escapou em um sussurro rouco, carregado de anseio e desejo.

Eu o queria com uma fome avassaladora, como se minha própria existência dependesse de sua posse. Sem ele, eu sentia que minha essência se dissiparia, perdida em um vácuo de desespero.

Mas Jake hesitou, seus lábios deixando os meus. Abri os olhos apenas para ver que ele me olhava com uma vulnerabilidade que eu nunca tinha visto antes.

— Jade... — sua voz soou incerta, como se cada palavra fosse um passo vacilante em um território desconhecido — Eu nunca fiz isso antes.

Fiquei momentaneamente surpresa com sua confissão. Embora Jake fosse mais reservado em nossas conversas pelo telefone, eu nunca imaginei que ele admitisse isso de forma tão direta. E ainda a forma como ele parecia ganancioso quando me beijou pela primeira vez. Uma mistura de ternura e compreensão envolveu meu coração enquanto eu o observava, vendo a coragem necessária para revelar sua vulnerabilidade.

— Ah, então sou a sortuda que terá a honra de estrelar o palco? — minha voz tingiu-se com uma pitada de sarcasmo, enquanto um sorriso travesso brincava em meus lábios.

Uma surpresa passou pelo rosto de Jake antes de se transformar em uma risada franca, um som que encheu o quarto com uma doce melodia.

— Você sempre tem uma resposta na ponta da língua, não é? — ele murmurou, seus olhos brilhando com admiração e gratidão.

Um sorriso terno se formou em meus lábios. Peguei seu rosto entre minhas mãos, olhando profundamente em seus olhos.

— Estou feliz em ser a primeira — minha voz era suave, reconfortante, como um abraço caloroso envolvendo sua alma.

Ele me encarou por um momento, absorvendo minhas palavras com uma mistura de gratidão e vulnerabilidade. Então, um brilho de determinação surgiu em seus olhos, substituindo a incerteza anterior.

— Mas... — ele começou — Eu quero que você me ensine. Mostre-me como você gosta.

Senti meu coração se encher de um amor renovado por ele. Com um sorriso afetuoso, eu concordei.

Assim como eu o havia ajudado a se livrar da sua camisa ele fez o mesmo comigo. Tirando minha blusa e calça, formando uma bagunça no chão do quarto, e nossas mãos exploravam cada centímetro de pele, como se quisesse memorizar aquele momento único.

Em meio aos suspiros, Jake me deitou na cama.

JAKE

Meu corpo a desejava desde o momento em que a vi. Lembro-me da sensação de pânico que me dominou, o medo avassalador de perdê-la antes mesmo de tê-la. Era como se cada célula estivesse despertando para sua presença. Desde o instante em que seus olhos encontraram os meus naquela maldita mina, eu a desejei. E mesmo antes disso, como se algum pressentimento ancestral já sussurrasse em meu ser que ela seria mais do que simplesmente uma solução, uma chave.