Lady Stark ( Tradução )

Capítulo 33

Ned Stark seria sentenciado naquele dia. O homem acorrentado não se parecia em nada com o senhor orgulhoso que era. Ele estava em uma masmorra por duas semanas e fedia. Ele deveria ser executado no meio da tarde. Catelyn o acusou publicamente de dois assassinatos da realeza. A mulher ficou positivamente furiosa quando soube que Robb e Lannister estavam fazendo chover incêndios por todas as Terras Fluviais. Ned balançou a cabeça e foi convidado a admitir publicamente sua traição na frente de todos os Lordes. Ele se recusou a fazê-lo. As meninas e Tommen estavam a salvo, longe de King's Landing. Varys sussurrou para ele duas noites atrás, quando ele veio com uma proposta. “Confesse meu senhor. A rainha será misericordiosa e lhe concederá o perdão. Você iria para a Muralha. Deixe o resto de seus dias servindo a Patrulha da Noite ao lado de seu irmão.

Ned permaneceu quieto. Ele precisava saber se seus filhos estavam seguros. Varys era um homem muito perspicaz. “Seus filhos não estão mais em King's Landing ou então meus passarinhos sussurram.”

“Pense no seu futuro Lorde Stark. Você poderia ver seus filhos novamente e sua adorável esposa. É melhor ser um traidor com uma família do que um idiota honrado morto.” O eunuco o deixou então.

Eddard olhou para as massas. Catelyn havia se superado. Todos os poderosos senhores de Westeros estavam presentes. Ned ergueu a cabeça e olhou para Catelyn, ele era tolo e tinha esperança de ver a jovem que um dia conheceu. Sua quase cunhada, sua quase esposa. Lá estava ela, com uma coroa de ouro sobre a cabeça e suas filhas, linda e assustada ao que parecia. A caçula Cassana havia chorado, seus olhos estavam vermelhos e ela parecia triste. Alayne e Lyanna não encontraram seu olhar.
"Lorde Stark, você foi acusado dos assassinatos de meu amado marido, o rei, e de nosso filho." Catelyn disse com uma voz de aço.

— Tem algo a dizer, meu senhor? O novo Lord Hand perguntou; Petyr Baelish havia assumido o posto. Ned permaneceu quieto, parado, esperando a sentença de Catelyn. Ele pensou anos atrás, quando outro rei pediu a presença de seu irmão e pai na corte.

Ned pensou em Cersei e seus filhos. Ele prometeu a ela que estaria segura e falhou, mas pelo menos seus filhos estavam seguros, fora do alcance de Catelyn.

“Não tenho nada para confessar a sua graça. O rei Robert era meu amigo e o príncipe seria meu próprio filho. Ned disse com uma voz honesta. Ela não o executaria; não era necessário. Ele seria preso aqui em King's Landing, como penitência por seus supostos crimes. Não fazia sentido para ela sacrificar a vida dele. As princesas não herdavam tronos; príncipes fizeram.

“Você ousa negar que conspirou para matar nosso rei. Você nega que, assim que o rei Robert morreu, você e Renly foram contra nosso príncipe e o mataram a sangue frio. O Lord Hand afirmou com um pequeno sorriso.

Ned não aceitou a provocação e ficou calado. Catelyn certamente deve saber. Jon já deveria saber e certamente estava reunindo um exército para marchar para o sul. Cersei e Lorde Lannister também devem saber. Robb e Lannister devem estar perto do Ninho da Águia, tentando libertar Tyrion. Os orgulhosos senhores de Westeros estavam obviamente tomando partido. A rainha tinha o controle de Porto Real e das Terras Fluviais, talvez do Ninho da Águia também, mas as Terras Ocidentais, o Norte e a Campina estavam perdidas para ela. Ela não podia se dar ao luxo de matá-lo. Isso significaria uma guerra aberta com o Norte e as Terras Ocidentais.

As massas à sua frente gritaram, acusaram-no de assassinato e pediram seu sangue. Ned olhou para Catelyn mais uma vez. Ele tentou fazer contato visual com ela. A rainha conectou os olhos com ela e pela primeira vez ele viu a velha Catelyn, a mulher a quem ele havia sido apresentado tantos anos atrás. Ele encontrou o olhar dela e encontrou os mesmos olhos tristes e doloridos que viu há quase dois e dez anos, quando contou a ela sobre a morte de Brandon. Catelyn se recusou a acreditar que Brandon estava morto até Ned ir para Correrrio. Naquela semana, suas vidas mudaram para sempre. Ned estava de volta de Dorne, Lyanna estava morta e a Capital havia sido recuperada. Ele falou com Catelyn e explicou que ela seria rainha. Catelyn assentiu e aceitou. Ela era muito parecida com ele, obediente, criada para agradar e aceitar seus deveres.

“Lorde Stark não deseja confessar. Ele é um traidor. Seu silêncio nada mais é do que uma confirmação de sua traição.” Catelyn disse com uma voz firme. A multidão aplaudiu mais uma vez.

"Eddard Stark, como rainha regente eu o sentencio à morte." A rainha pronunciou-se com um rosto muito severo. Ned fechou os olhos e aceitou seu destino. Ele tinha certeza de que Jon marcharia para o sul. Robb o encontraria no campo. A rainha já deve ter mandado corvos pedindo que Jon respondesse por seus crimes. Arya e Joanna estariam seguras. É claro que Tommen iria para as Terras Ocidentais. Tywin Lannister daria as boas-vindas a seus parentes sem muito aborrecimento. Ned viu enquanto Ilyn Payne preparava sua longa espada. Este foi certamente o próprio trabalho de Baelish. Lorde Eddard Stark seria morto com Gelo, a lendária espada valiriana Stark. Houve mais gritos de satisfação, ninguém protestou quando o carrasco agarrou a longa espada. As princesas estavam enraizadas em suas cadeiras. A rainha empalideceu, mas parecia determinada a ver a cabeça de Ned Stark rolar a seus pés.

Ned tinha pouco tempo. Ele fechou os olhos; os barulhos e as pessoas pedindo sua morte desapareceram. Ele pensou em seus filhos e filhas. Ele esperava que Jon entendesse e se arrependesse de não vê-lo uma última vez. Ele deveria ter explicado o menino. Ele lamentou não ter visto Robb se tornar um lorde. Tommen manteria Winterfell enquanto seus irmãos travavam uma guerra. Joanna e Arya o que seria delas? E Bran? Seu filho, Jon disse que podia andar. Ele se arrependeu de não ter voltado para Winterfell. Ele viu o rosto de Cersei, assim como quando encontrou aqueles selvagens anos atrás. Ele sentiu um buraco no coração. Ele falhou com ela. Ele nunca mais veria seus olhos verdes.

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