Capítulo 7

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Um tanto nervosos e desconfortáveis, eles sentaram-se em uma mesinha um pouco mais reservada ao fundo. Receberam do garçom o cardápio de comida e drinks da casa, na qual concentraram-se. Nenhum dos dois sabia como puxar um assunto que de fato fosse render. Hinata, por já estar escaldada dos últimos encontros frustrados, e Sasuke, pela sua falta de encontros na verdade. A última vez que havia tentado ter um encontro com alguém, foi há quase um ano, e ele fora tão atrapalhado e rude com a garota, que ela nem mesmo o telefone o deixou.

Sim, era patético. Como ele poderia ser um tubarão nos negócios e trabalho, e uma mísera sardinha no amor?

Ele pigarreou, começando aquele dialogo por um óbvio que era de fato ridículo.

— Você já comeu algo? — não faria sentido estarem olhando um cardápio se não fossem comer, mas talvez ela não quisesse comer, apenas beber, não é?

— Não eu... havia acabado de chegar. — ela disse um pouco se jeito. Talvez o pior era que olhando todas aquelas imagens de comida, a fome realmente estivesse batendo a porta. O problema era que Hinata não conseguia ser daquelas garotas que morrendo de fome, pediam uma salada ou algo leve apenas para impressionar. Não... seu urso interior faminto carecia de carne.

— Podemos pedir algo — sorriu meio nervoso — eu ainda não comi também, acabei vindo direto do trabalho e estava bebendo um pouco — justificou-se — o que você gostaria de pedir?

— hm... e-eu não sei... — ela passava o olho no cardápio tentando se situar. Desejava várias coisas ali, é claro, mas mesmo que estivesse faminta, a intensão não era assustar o cara, afinal, já tinham muitas primeiras impressões ruins ofertadas a ele. Não era como se ela quisesse agradá-lo, mas também não queria afugentá-lo. Queria ser apenas... satisfatória. Um encontro bom por ano e seria o bastante para si, não é? Ao menos poderia dizer que tentou. — S-se gostar, podemos dividir esse combo seis, tem... costelinha, carne, fritas...

Ele procurou pelo mesmo no cardápio lendo rapidamente o que vinha. Era bem completo para ninguém passar vontade, mas seu medo era, se ela não comesse quase nada, ele conseguiria terminar aquilo sem pedir arrego?

— Parece bom! — respondeu ainda assim. Não seria vergonha pedir para viagem, não é?

Ela sorriu, contente que ele havia concordado, imagina a vergonha pedir algo assim sozinha? Não, não!

— sou muito sem jeito, né? — Disse ele enquanto terminava de fazer o pedido. Acabou pedindo bebida pelos dois.

— n-não... quer dizer, eu que... — sorriu sem graça — eu sempre tenho a impressão de que tudo vai ser um desastre.

— uma pessimista natural? — ele esboçou um sorriso miúdo — Interessante.

— não é pessimismo — ela tentou enfatizar enquanto se encararam, e era como se naquele momento pudesse se dispor um pouco das mentiras e mascaras, ela não sentiu vontade de mascarar aquilo de si, aquela face sua, porque algo nele a fazia se sentir um pouco mais a vontade. Sorriu então ligeiramente corada enquanto movia as mexas azuladas por de trás da orelha, ganhando toda a atenção dele para os seus detalhes bonitos — tá, é pessimismo.

— então vamos tentar contorná-lo essa noite, senhorita Hyuuga. Somos... dois adultos solteiros que se interessaram mutuamente, e estão se dando a chance de conhecer. Acho que já tivemos desencontros demais, a cota de pessimismo se foi, hm?

— justo... — sorriu ainda mais leve — e então senhor Uchiha, o que faz da vida para pagar suas contas?

Ele ajeitou-se na cadeira, os dedos passaram pelos cabelos negros e lisos os lançando para trás de modo que ela achou bem charmoso no momento, dando uma visão boa do rosto definido e anguloso que ele tinha.

De repente é amor!Onde histórias criam vida. Descubra agora