Eu Vou Pegá-lo

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Kara Pov's

Eu não sei quanto tempo se passou, mas sei que quando acordei havia algumas lâmpadas em cima de mim, minha cabeça estava girando e eu não sabia muito bem onde estava, então decidi levantar e sair de lá.

- Onde você pensa que está indo mocinha? - uma voz familiar, porém eu não sabia se era porquê a minha cabeça estava bem zuada no momento me pregando uma peça.

- Mãe? - perguntei me sentando na maca.

- Quem mais poderia ser cabeça de vento? - ela disse com humor.

- O Hank talvez - respondi com o mesmo humor em minha voz.

- O Hank não tem uma voz tão bonita assim - ela disse se aproximando e levando a sua mão ao meu rosto deixando um afago carinhoso no local, o que me fez fechar os olhos para desfrutar desse carinho - Oooh minha filha, o que estava pensando meu amor? - essa pergunta me fez abrir os olhos marejados para a minha mãe.

- Eu queria salvá-los, todos eles, mas eu não consegui el..e..ela morreu n..nos - fui interrompida por um abraço da minha mãe e nesse momento eu não conseguia me segurar, chorei igual criança, nos braços calorosos da minha mãe.

- Xiiii, está tudo bem meu amor - deu um beijo em minha cabeça - Vai ficar tudo bem - ela se afastou do abraço e repouso suas mãos em cada lado do meu rosto, tentando secar as lágrimas que não cessavam.

- E..eu vou p..pegá-lo mãe - respirei fundo na tentativa falha para parar de chorar - Eu vou fazer ele pagar por tudo - minha mãe me olhou com um olhar diferente, que eu não soube identificar.

- Tire esse olhar do rosto - ela disse retirando as mãos do meu rosto e se afastando - Kara, minha filha não faz isso com você - ela olhou para mim com o mesmo olhar de antes e eu não sabia porquê.

- Não estou entendendo mãe, qual olhar? - perguntei ajeitando minha postura na maca.

- Esse... - ela apontou para o meu rosto - O olhar de ódio e sede de vingança - se aproximou e colocou sua mão em meu ombro - Você não é assim meu amor, então por favor resista a esse ódio, não sucumba - ela alisou meu rosto novamente.

- Eu vou tentar - eu disse e minha mãe sorriu - Onde está Alex e o pai? - perguntei.

- A sua irmã está extremamente preocupada e muito brava com você, então me pediu para vim ver como você estava, não diga a ela que eu te contei, mas ela não saiu por um segundo do seu lado até Hank chamá-la - eu sorri - E seu pai está com eles, os três estão analisando o tipo de metal que conseguiu fazer isso com você - minha mãe apontou para meu braço, com o machucado ainda aberto - Não conseguiram te dar pontos, então esperamos que essas luzes te ajude a se curar mais rápido possível - estava doendo e parecia uma sensação familiar, mas eu não sabia dizer qual. Então me lembrei de algo.

- Que dia é hoje mãe? Que horas são?- perguntei.

- Segunda - olhou para o relógio em seu pulso - São nove horas e alguns minutos, por quê? - ela respondeu.

- Merda - me levantei rápido da maca, logo parando pois todo meu corpo doía - Aí, droga - tudo doía, com qualquer movimento brusco o meu corpo doía.

- Por que levantou assim filha? - ela veio até mim, me ajudando a levantar.

- Preciso ir para a escola, tenho uma avaliação hoje - disse.

- Não pode ir assim - ela disse.

- Se eu não for, podem suspeitar de algo, tenho certeza que a surra que eu tomei foi parar em algum lugar - disse me ajeitando devagar.

O Medo De Amar - Supercorp Onde histórias criam vida. Descubra agora