(N/A: oi kkkkk
Eu honestamente não tenho amor próprio, então escrevi mais essa história, muito para passar o tempo depois de ter passado os últimos dois meses consumindo muita coisa de Percy Jackson. Na verdade, essa história é diretamente inspirada em Harry Potter, Squatter, que é traduzido aqui no Wattpad pela bunygril e na série Hunt, postada no FanfictionNET pelo saxcuL. the all-knowing.
Não sei o que vai vir, mas espero que seja divertido.)
Não havia uma única pessoa no Olimpo que se sentisse mais estressada do que Hera. Artémis e Ares não poderiam incomodar um ao outro nas discussões recorrentes no Salão Real tanto quanto arrumar as coisas para o Dia das Bruxas incomodava Hera.
As plantas iam e vinham de um lado para o outro, enfeitando a fachada com arcos de roseiras vermelho-sangue e pretas num tom obscuro, de aspecto que nada remeteriam as rosas vermelhas e negras que haviam na Terra. Abóboras grandes estavam sendo criadas ali mesmo, no jardim da frente, desde o começo do mês e com um regime mágico com fezes de dragão para acelerar o crescimento. As luzes projetadas por Hefesto já estavam sendo estendidas sobre as entradas com suas fiações enroladas nas pilastras e vários refletores estavam espalhados pela parede do prédio, apontado para cima.
Embora não fosse uma festa grega, era uma festa agudamente Ocidental para escapar da ritualística divina. Assim decidiram no Conselho quando se mudaram para Roma (registrado o fato de que se enganaram com a noção de serem culturas idênticas): agiriam conforme o Ocidente revelasse as festividades. Assim o fizeram em Roma, na Espanha, na Inglaterra, na Alemanha e, agora, nos Estados Unidos. Hera apenas poderia lamentar a incapacidade dos deuses de pensar no longo prazo.
Ao final do dia, a Rainha dos Deuses se jogou em sua cama feita de pura plumagem de cisne e soltou um gemido aliviado ao sentir as costas relaxarem. Deusa ou não, organizar as festas do Olimpo era um trabalho árduo o bastante para lhe pesar os ombros, e ainda faltavam duas semanas para o Halloween, como a noite de 31 de outubro era agora chamada. Seus olhos pesaram, a cabeça abaixada em um dos fatalmente confortáveis travesseiros divinos capazes de causar um infarto em mortais, deixando o estresse do dia ir vagarosamente. Não resistiu ao sono no final.
O sonho dos deuses era estranho, para falar a verdade. Embora dormissem como qualquer mortal, não havia nenhuma necessidade de fazê-lo além da simples satisfação do desejo de prazer que o sono poderia proporcionar. Criaturas de puro poder como eram, essa disparidade entre a capacidade e necessidade sobre o sono dos deuses criava uma libertação de sentido singular, que retirava a rigidez de seus corpos físicas e os imbuía em seus próprios domínios. Se um deus quisesse saber algo em seu domínio específico, apenas tinham que se deitar e esperar que Aergia lhe soprasse sua areia dourada especial.
Naquele momento, Hera podia ver (quase) tudo no mundo. Já era noite no Ocidente, então quase todas as famílias já estavam em suas casas, e um sorriso foi tirado da deusa da família ao ver um casal e seus três filhos jantando animadamente no interior de Utah. Acenando a mão em pensamento, ela lançou uma bênção de felicidade ao casal para as próximas décadas. Não haviam casas ocupadas por qualquer família que ela não pudesse ver nos seus sonhos. Boas ou más, ordenadas ou caóticas, qualquer lugar onde algo poderia ser chamado de família, ela poderia ver. E isso lhe trouxe alguns tipos de limitação.
É difícil entender o que é uma família. Um casal sem filhos pode ser entendido como família, ou eles são regidos apenas pelas leis do matrimônio? Um casal que se devota aos seus animais de estimação, podem ser equiparados aos casais com filhos? Talvez fosse fácil discernir uma coisa da outra em situações mais simples, como casais do mesmo sexo, mas não havia nada contradizendo a lógica real, a lógica da família como centro de relações compartilhado entre 3 pessoas ou mais. Isso que tornava as Leis Antigas tão vivas na cultura Ocidental, mesmo após milhares de anos: famílias exigem autonomia. Apenas há autonomia quando se precisa pensar em seus filhos, algo que um casal sem filhos jamais poderia compreender e os tornaria sempre parte de suas próprias famílias, com um fino laço vermelho as entrelaçando.
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O (Quase) Filho Divino
FanfictionDurante muito tempo Hera se ressentiu por nunca ter tido um filho semideus. Ao atender o pedido de Lily Potter por um filho, ela não imaginava que conseguiria algo parecido com um.