O (Quase) Filho Divino

A Sra. Greyson

Hello~ Quase que esse capítulo não saia hoje. Tô um pouco insatisfeito com ele ainda, mas saiu alguma coisa. Vou tentar deixar a história mais longa, eu acho.

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Postado em: 17/09/2023

Juno Greyson era uma boa vizinha. Não apenas para àqueles que se renderam as tortas e petiscos que ela distribuía pela rua com cada morador, mas também com qualquer vizinho. Se precisassem de uma escada ou de alguma ferramenta, a Sra. Greyson iria buscar na garagem e voltava dizendo "É do meu filho, tenho certeza de que ele não vai se importar"; se precisassem de alguém para olhar as crianças, ela ficaria sentada numa cadeira de balanço feita a mão na varanda e ficaria olhando as crianças brincando, com uma jarra cheia de limonada para quando eles cansassem. Se pedissem ajuda para preparar qualquer prato para alguma reunião ou para surpreender a família, ela tinha um almanaque de receitas pronto, ou então pessoalmente iria ajudar a cozinhar. Quando o Natal veio, ela tinha um suéter pronto para cada uma das crianças e ofereceu chocolate quente para quem passasse. Ao longo de um ano, não se podia imaginar que ela não fez parte da Rua dos Alfeneiros desde que o conjunto foi construído.

Depois de um ano, se Hera também fosse franca consigo mesma, ela não fazia ideia do que estava fazendo. Quando teve a ideia impulsiva de acompanhar Harry de perto, ela não tinha ideia de que isso a levaria a morar junto dos mortais - e muito menos que ela iria trabalhar tanto quanto trabalhou nos últimos meses por isso. Ela estava realmente alarmada com a ideia de poder estar sendo explorada pelos mortais, mas não poderia mais voltar atrás depois de se envolver tanto.

- Sogra~!

Afrodite não pôde deixar de se envolver também. Hera contou até dez em sua mente, tirando os olhos da panela com brigadeiro para encarar sua nora.

A Deusa do Amor fixou sua carapaça mortal em uma imagem muito parecida com a Efígie da República, com cabelos castanho-mel longos e geralmente amarrados. Os olhos eram escuros e brilhantes, sobre um nariz e uma boca finos. Ela aparecia pelo menos uma vez na semana e era uma atração com as crianças pequenas, que ela fazia questão de entreter. Muita da tolerância que a Rainha das Deusas teve com ela por todo esse tempo foi o respeito relutante que sentia por como ela lidava com as crianças.

- O que você quer, Afrodite? - Hera perguntou, voltando a olhar para a panela e mexendo a colher de silicone. Ela estava preparando um bolo para o aniversário da pequena Anna Polkiss, a única filha da Família Polkiss de Surrey e irmã mais velha do pequeno Peter, um dos amigos de Duda Dursley.

- Harry tem uma namorada!

O pescoço de Hera fez um barulho crocante com a velocidade em que ela girou a cabeça.

- O QUE?

- Ele tem uma namorada! - Afrodite gorjeou, abrindo os braços e girando feliz. Hera fechou a torneira do gás, virando-se para Afrodite com a colher da panela.

- O que você fez, sua demente degenerada?!

- Nada! - a Deusa do Amor respondeu alegremente. Hera piscou.

- Que?

- Eu não fiz nada! - Afrodite se repetiu, dando palminhas. - Ele fez tudo sozinho! Estou tão orgulhosa!

Harry completou dois anos no último mês de julho, tendo tido uma pequena festa familiar. Petúnia chamou poucas pessoas, apenas alguns vizinhos da Rua dos Alfeneiros, mas ainda houve alguns convidados. Ele estava muito feliz em brincar com as outras crianças, mais do que ser encantado pelos adultos (ou eles serem encantados com ele, para serem sinceros). Ele era o maior de todas as crianças, já tendo 95 centímetros, parecendo bem mais velho do que era. Era evidente que ele seria muito alto quando fosse adulto, o que fez Hera refletir sobre isso ser por influência dela. Talvez esse crescimento tenha feito ele arrumar uma namorada cedo também, o que a deixou assombrada.