3 de novembro de 1981

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(N/A: tenho uma proposição para as Lei da Internet: banimento do Chrome em desktops. Demorou dois minutos para abrir e tá travando, fiquei mais de 15 segundos esperando o cursor funcionar. Quase não entrei no Wattpad pra postar.

Enfim, se divirtam com o capítulo.

Postado em: 03/09/2023)

Um arrulho suave de uma andorinha anunciou a presença de Hera, que se fez presente na Rua dos Alfeneiros. Usava sua forma humana, mas mantendo a névoa ao seu redor para que os mortais não pudessem a perceber. Seu objetivo era claro: a casa nº 4, mais precisamente seu mais recente ocupante, Harry Potter.

O jardim a saudou com grama opaca e olhos de flamingos, mas ela seguiu pela lateral, as sebes curvadas a reverenciando. O caminho para o quintal era apontado com grandes blocos hexagonais de concreto, dispostos sobre a grama e dando um ar bucólico ao estreito corredor entre a frente e os fundos da casa.

A porta estava fechada, mas a janela sobre a pia estava aberta, um desafio ao frio crescente do inverno vindouro. Uma voz eletrizada era ouvida ecoando pela cozinha, anunciando um comportamento anormal de corujas pelo que pareceu ser dois dias seguidos. Evidentemente era uma pequena televisão que estava em cima do balcão da cozinha, sintonizada no jornal regional. De frente para essa televisão, numa cadeira, estava a mulher-cavalo, Petúnia Dursley, olhando para o programa e alimentando o seu bebê anormalmente grande, revisando seu foco.

— Pronto, pronto, Duda... aqui, um pouco de suco...

O bebê estava obviamente num processo de engorda, seu pequeno prato de metal estando tão sujo que apenas poderia significar que havia um monte de comida ali anteriormente. Soltou um arroto assim que terminou de tomar um gole de uma garrafinha em forma de mamadeira, o que tirou um arrulho de Petúnia. Hera apenas torceu o nariz.

Do outro lado da mesa, muito mais limpo e bem colocado, estava o bebê Harry Potter, inclinado para trás em sua cadeira e tomando uma mamadeira cheia de mingau calmamente, sem fazer quase nenhum som. Seus olhos estavam fechados, e ele respirava tão calmamente que poderia se dizer que estava comendo enquanto dormia. Isso tirou um arrulho de Hera.

— Oh my, como ele é fofo! – E o sorriso de Hera caiu por terra sob o grito de Afrodite. – Ele é tão pequenininho, mas é tão quietinho! – Afrodite arrulhou, toda sorrisos.

A Deusa do Amor veio acompanhar Hera, após uma conversa extremamente desconfortável para a Deusa do Matrimônio.

— Hum... o pai era bonito? – Afrodite perguntou timidamente.

— Ele não é meu filho, Afrodite – Hera grunhiu, irritada.

— Mas ele era bonito? – A Deusa do Amor insistiu, um olhar muito sério no rosto. Hera se sentiu enervada, mas respondeu:

Sim, ele era bonito.

O grito de Afrodite apenas serviu para aumentar a frustração de Hera. James Potter realmente foi um homem bonito, ela poderia conceder, mas Hera nunca iria se comover com algum homem que não fosse Zeus – o que em si já era o bastante para ela se sentir melancólica pelo resto da eternidade, muito obrigado.

— Como ele era? Alto? Forte? Também tinha olhos verdes? Harry é tão bonito, tenho certeza que pegou tudo de bom dele! – Afrodite estava muito animada. – E a mãe? Como ela era? Tenho certeza que era gostosa, para ter um filho assim! – Ela riu para si mesma, sua curiosidade fervendo!

Hera massageou as têmporas, contando até dez para reunir forças para lidar com uma Afrodite excitada.

— Os pais dele eram James e Lily Potter. James era alto e magro, mas musculoso. O cabelo preto e o nariz vieram dele. – Hera contou, civilizadamente. – Lily era alta, mas mais baixa que James. Era magra, mas atraente. A cor de pele e os olhos vieram dela. Era uma ruiva legítima. – Um sorriso brincou nos lábios da deusa, mas não chegou a crescer neles.

O (Quase) Filho DivinoOnde histórias criam vida. Descubra agora