Cap. 4

124 3 1
                                    

Depois de Paula me deixar na mão, excitada, sozinha e SEM UBER, decido sair correndo dali.
E eu estava super bêbada, mal conseguia ficar em pé! O escuro do local só piorou minha situação.
Quando olho no relógio: 7:02am. MEU DEUS!!!

- Com muito custo e sorte, eu consigo um uber.

_

Quando chego em casa, minha mãe estava sentada no sofá e sua expressão era de surpresa e espanto!

- "Meu Deus! Você tá horrível Alexandra! Parece que usou todo tipo de droga e foi atropelada! Vai tomar um banho!!!" - Fernanda disse, já tirando minha roupa.

- Mas antes mesmo de entrar no chuveiro, dei uma passada no vaso sanitário e gorfei tudo!
(sim, eu sou um bebê).

Depois do banho que minha mãe me deu, eu me joguei na cama e morri!

_

- Acordei com meus pais medindo meu pulso (?) e uma dor de cabeça infernal!

- "Eu tô bem, calma! Pra que tanto drama?" - Alex. - minha voz sai muito rouca e eu manhosa.

- "Filha, já são 22h e nada de você acordar! Ficamos preocupados." - Eduardo.

Meus pais saíram do meu quarto depois de muito sermão e me forçarem a comer uma banana com farinha e um copo de coca cola.

- Fui tomar um banho e cara, eu nunca mais vou beber! Juro por Jah!

- Depois de um SUPER banho, me joguei na cama de novo e olhei meu celular, que tinha umas 30 ligações de Márcio.
Mandei mensagem avisando que eu estava viva.
E quando dei uma olhada no meu Instagram, tinha uma solicitação de dm.

- "Desculpa pelo uber." - @/paula

Eu olhei aquela mensagem com tanta, mas tanta raiva, que se pudesse, voava nela!
Desculpa pelo uber???!! Caralho a garota me deixou sozinha num bar, completamente excitada e bêbada!

- Não respondi e voltei a dormir.
E ah... eu perdi a renovação da identidade, obviamente!!!

_

- Na manhã seguinte, eu continuei com muita dor de cabeça, mas logo tomei um remédio e fui me erguer para o trabalho. Mas antes de sair, dei um beijo em meu violino. Faziam meses em que eu não passava o fim de semana sem ele.

- "Eu te amo." Alex. - Disse, acariciando-o.

_

- Cheguei ao trampo e antes de bater meu ponto, fui ao banheiro pra tentar dar um jeito no meu rosto.
Decido prender meus dreads e passar um pouco de make. Minhas olheiras estavam berrando!

Algumas funcionárias conversavam e jogavam piadinhas para mim. Era engraçado e confesso que já me interessei por uma delas, mas ela resolveu ficar obcecada por mim e eu tenho pavor disso!

- Enquanto me ajeitava, ouço a voz de Paula entrando no banheiro.

- "Bom dia, bom dia meninas! Vamos trabalhar?!" - Paula. - Não pude deixar de reparar no quanto ela era hétero. Urgh!!!

As funcionárias responderam o bom dia e logo se apressaram e eu só ignorei. E por um momento, eu me lembrei que ela é minha chefe...
Paula não me viu, o banheiro estava um pouco cheio e eu estava num canto. Acredito que por estar cheio, Paula decidiu trocar de roupa ali mesmo, igual à muitas.

- Eu me mantive no meu canto, um pouco organizada. Prendo meus dreads e já estava finalizando a make.

- Pelo espelho e atrás de mim, não pude deixar de reparar nela. Paula estava se trocando e quando tirou a calça, reparei em algumas tatuagens.
Em sua coxa direita, havia uma bem grande e duas nos pés. (E que pés lindos).

Eu tive vontade de agarra-lá ali mesmo, na frente de todo mundo! Seria como se estivesse só eu e ela. Eu poderia fazer um sexo tão gostoso com ela neste banheiro...

- Depois do meu momento delusional, quando ela começou a tirar a blusa, nossos olhares se cruzaram e eu saí apressada do banheiro!

Allow Yourself. Onde histórias criam vida. Descubra agora