[ 𝕄𝔸𝕐𝔹𝔼 ] - 𝙱𝚊𝚗𝚐𝚌𝚑𝚊𝚗

• O início

Era mais um dia corrido, cansativo e ainda assim... divertido. Podia - se ouvir os barulhos de pulos, a música alta e as risadas gostosas que passavam pelos corredores frios daquela empresa, porém vinham de uma bela, iluminada e aconchegante sala de prática.

- Ai. - Eu digo depois de morder minha própria bochecha ao colocar outro pedaço de meu bolinho na boca. Mais uma manhã começa.

Meu nome é Maiara, porém costumo me apresentar apenas como "Mai" por ser mais simples de pronunciar.
Sou brasileira e estou no auge de meus 23 anos. Moro na Coréia não faz mais de 4 anos.

- Ok, agora só preciso pegar minhas chaves, meu celular e já estou pronta. - Disse a garota ao observar rapidamente os ponteiros do relógio que já quase marcavam a hora de sua saída ao trabalho.

Coisas organizadas, higiene matinal completa, pronta para um novo dia. A garota de cabelos castanhos e olhos do mesmo tom se despede de sua pequena mas aconchegante casinha que era o suficiente para uma jovem adulta que começava sua vida.

30 minutos mais tarde, depois de uma leve caminhada pelas ruas movimentadas de Seul, uma jovem morena chega em seu serviço: uma cafeteria não muito pequena decorada com várias cores e elementos chiques pelas suas paredes.

- TRIM, TRIM. - É o som que se ouve dos sinos na porta, anunciando a chegada de Mai.
- Bom dia. - Diz se curvando minimamente aos seus colegas de trabalho.
- Chegou mais cedo Mai, o que aconteceu? - Questiona Reji, uma amiga e a "chefinha" de Mai, com uma face enigmática enquanto dava um gole em seu café.
- Acabei deixando algumas coisas de ontem para terminar hoje. Preciso resolver tudo antes que o expediente comece. - Diz enquanto equilibra vários copos a caminho da cozinha.
- Então é bom a senhorita correr, daqui 15 minutos eu abro a cafeteria. - A moça de cabelos longos e negros diz desviando o olhar para sua xícara.
- Certoooo. - Corro para a cozinha com o objetivo de terminar meus afazeres e acabo tropeçando com todos os copos, causando um barulho alto.
- Não vai morrer antes de chegar na cozinha Mai. - um sorriso genuíno surge no rosto de Reji.

Vou para a cozinha da lanchonete terminar minhas obrigações atrasadas.

Trabalho neste lugar desde que vim para o país, posso até dizer que já sou veterana quando o assunto é cafeteria.
Quando completei meus 18 anos, não hexitei em nenhum momento para seguir meus sonhos, logo vim para Coréia.
Acontece que perdi meu pai alguns dias depois do meu aniversário de dez aninhos. O mesmo faleceu em um grave acidente de carro, que acabou não suportando ao forte impacto e nos deixou. Porém tenho ótimas lembranças do meu pai. O mais velho sempre foi brincalhão, radical e sonhador. Sempre foi um ótimo pai mas também um ótimo esposo, proporcionando ótimos momentos com minha mãe.
As vezes me pego dando risada ao relembrar de nossos momentos de pai e filha, como os nosso acampamentos no jardim, com nosso cachorro sempre invadindo a barraca, nossas cabaninhas feitas de almofadas que se desmanchavam bem rápido, quando cozinhavamos juntos e sempre acabava com muita farinha no rosto. Toda essa situação não me deixou traumatizada ou algo do tipo, muito pelo ao contrário, me trouxe experiências e emoções tão profundas que só eu mesma conseguiria entender, meu pai faz falta, é claro, porém deixou memórias de ouro em um lugarzinho especial do meu coração.
Mas além de tudo isso, meu pai sempre se interessou pela cultura asiática, sempre sonhou em viajar para a Coreia, que aliás, seria a próxima de nossas viagens, mas que infelizmente, será um desejo que não poderá se realizar, então eu meio que quis fazer meu pai orgulhoso, quero viver a vida ao máximo, vir para Seul foi um desejo realizado tanto de pai mas também de filha.
Porém, devo muito a Reji, ela recebeu de braços abertos em sua cafeteria, uma pequenina Mai de apenas 19 anos que nem sabia o idioma para o país que tinha se mudado, e nem o que faria a seguir. Reji me ensinou tudo o que eu sei. A linguagem, o comportamento mais educado para lidar com pessoas mais velhas, a cultura, culinária... Posso dizer que ela cuidou de mim e me criou durante esses anos. Yoon Reji foi como uma irmã mais velha.
Por isso, trabalho nesse lugar sempre com um sorriso no rosto,sendo grata por cada minuto e por cada cliente. Mas, esses dias atrás eu acabei recebendo uma proposta para um lugar especial que realmente alcançou meu interesse e não sai da minha mente...

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~Viih

Oi amores, tudo bem? Estou feliz que você tenha lido até aquiiiii. Essa é a minha primeira história, na verdade eu já escrevi outras mas nunca tirei a idéia do papel e trouxe pra cá. Eu realmente espero que vocês tenham gostado desse primeiro capítulo e me perdoem por qualquer erro de escrita. O Próximo capítulo não vai demorar pra sair ok? Até domingo ele sai...
Beijos da Vic pra vcs
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