4 - Vídeo game.

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[Este capítulo é a continuação do capítulo 3.]

[Pov - Izuku Midoriya.]

Bato na porta e então espero ansiosamente.

- já vai! - ouço minha mãe de dentro da casa, não consigo conter o sorriso quando ela abre e me abraça forte. - Izuku, meu filho!

Retribuo seu abraço com um braço já que segurava um bolo na outra.

- oi, mãe, também senti sua falta!

- vamos, entre! - ela me dá espaço e assim entro em casa.

É louco ver um lugar em que morei por tanto tempo e agora venho tão pouco.

Me sento no sofá e minha mãe se senta á minha frente.

- você está cada dia mais forte, filho! Eu tenho tanto orgulho de você... - os olhos dela brilham e ela ainda sorri de orelha a orelha.

- você está cada dia mais bela, mãe. - digo, me virando para pegar a sacola, então, estendo para ela. - aqui, mãe, peguei seu sabor preferido de bolo, vamos comer juntos, sim?

- muito obrigada, Izuku! Você é tão doce... - Inko aceita o pacote, logo o abre e deixa o bolo na mesinha de centro. - eu vou pegar os talheres, okay?

Concordo com a cabeça, então, olho em volta quando minha mãe some de meu campo de visão.

A casa está arrumada, como sempre. Tem um leve cheiro de lavanda, provavelmente vêm das roupas que são lavadas.

Não consigo deixar de pensar em como deve estar sendo solitário.

É, eu queria vir muito mais aqui.

- aí filho, você está mais fortinho mas também parece tão desnutrido! - Inko volta, se senta no mesmo lugar de antes e corta um pedaço do bolo depois de abri-lo. - você tem certeza de que está comendo bem?

Rio baixo antes de responder sua pergunta.

- sim, mamãe, está tudo bem. O colégio nos dá café da manhã, almoço, e janta.

- isso me deixa muito aliviada! Você acha que posso passar por lá de vez em quando?

- é claro que sim! Você sabe que meus amigos também gostam de você.

- não sei como, já que eles nunca me viram.

- bom... - dou de ombros, aceitando o prato com um pedaço do doce e comendo um pouco. - eu falo de você, e falo muito bem, já que não tenho nada para reclamar da senhora.

- ah... Assim você vai me deixar emocionada! - diz, colocando a mão na boca.

Lhe entrego um sorriso e como mais um pedaço.

- e como tem sido a vida aqui, mãe?

- você quer dizer como tem sido a vida sozinha? - ela dá um ênfase em "sozinha".

- ... É, acho que é. - suspiro, disfarçando a decepção de ouvir aquilo.

- bom, tem sido tranquila... - ela deixa o prato na mesa e cruza os braços, me olhando. - mas isso não é bom, seria se eu tivesse um filho mal criado, mas você não é, sinto muita a sua falta aqui.

- eu também sinto falta de estar por aqui... - admito, á encarando de volta. - mas, ei, eu vou tentar vir até aqui cada vez mais, tá bom?

- você sabe que a casa está sempre aberta para você, filho.

[...]

Pov - Katsuki Bakugo.

- eu ainda acho que foi o Aoyama. - Ashido diz, em quanto passa o controle de vídeo game para Kirishima.

- será? Bom... Não que eu duvide do cara, eu na real tenho um genuíno medo. - Denki responde, se deitando na cama.

- e eu posso saber por que vocês estão no meu quarto?! - interrompo a conversa, tentando chutar o pikachu para fora da minha cama.

- já que você não aceita ir jogar vídeo game com a gente, o vídeo game e a gente vamos até você! - Hanta exclama, como se aquilo fosse totalmente animador.

- já não basta ter que ouvir a voz de vocês, ainda tenho que ouvir essas vozes falarem do idiota do Deku?! - falo em quanto finalmente jogo Kaminari da cama.

- ele está sendo o assunto do momento, Bakugou! - Mina diz em quanto termina de comer pipoca. - e você deveria ajudar a gente a descobrir quem é que está apaixonada por ele!

- eu não sei, e não dou a mínima para ele ou para quem manda ou deixa de mandar cartas idiotas.

- aí... Que mau humor. - Eijirou murmura.

- se vocês sujarem uma coisinha do quarto, eu faço vocês limparem com a língua. - faço questão de dizer de forma totalmente lenta.

- ... - eles ficam quietos e Ashido começa a catar lentamente as pipocas caídas pelo tapete.

- ei, Kacchan.... - Kaminari sobe novamente na cama e começa a me cutucar.

- está querendo morrer? - não preciso dizer isso alto, apenas o encaro com um olhar ameaçador.

- por favor, faz um favorzinho para a gente! - o loiro continua, também ainda me cutuca.

- se eu fizer, vocês vazam?

- SIM! - não esperava, mas todos do cômodo dizem a mesma coisa.

- ... - volto o olhar para Denki, arqueando uma das sombrancelhas. - ... Está bem, fale.

- você pode por favor... Por favorzinho... - sua voz vai se afinando conforme fala. - pode perguntar ao Midoriya sobre quem ele acha que mandou o bilhete?

Abro a boca para falar, mas Ashido faz sinal de silêncio com o dedo.

- você é amigo de infância dele! E com certeza sabe mais sobre ele do que todos nós daqui! - ela esclarece. - se você fizer isso, também faremos o que você quiser.

- ... Quero que me deixem em paz por uma semana. - digo, olhando cada um deles.

- tudo bem! Não falaremos com você!

- e saiam, agora. - termino, apontando para a porta.

- muito obrigado, Bakubro!

- valeu, Katsuki!

- nos mande mensagem quando descobrir, viu?

- você é nossa salvação, Kacchan!

E depois de um agradecimento dito um por um, meu dormitório fica finalmente vazio e consigo me deitar na cama.

Tá bom, não é tão difícil, é só falar com o idiota sobre quem é a idiota que está querendo ser idiota com ele.

Eu só tenho que tomar cuidado para não explodir aquele rosto cheio de sardas.

[...]

Ei, Apollo, meu amor, eu te amo muito.

De um Jeito ou de Outro. - BAKUDEKU (CANCELADA) Onde histórias criam vida. Descubra agora