11 - Química.

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[Pov - Izuku Midoriya.]

Confesso que me sinto muito mais leve depois da "conversa" que tive com Kacchan.

Bom, não acho que tenha sido uma conversa de verdade, só batemos e rebatemos umas palavras e pronto.

Portanto, foi particularmente bom para mim falar com ele como se fôssemos pessoas normais conversando com outras pessoas normais, já que nossa amizade nunca foi isso.

Me sinto genuinamente feliz e até mais disposto.

Por isso, aceitei o convite do Kirishima para irmos á um fliperama amanhã, no sábado.

Não sei quem vai, talvez as pessoas de sempre, e estou realmente animado para isso, já que faz um tempo que saio e realmente aproveito.

Bom, da última vez, tive que tomar cuidado para que não ninguém fosse pego pelos professores já que quase não andavam sozinhos.

Então, sim, eu não aproveitei.

Rio baixo em quanto assino meu nome no dever de casa.

Eu acho que me diverti sim, sempre me divirto quando saio com qualquer pessoa da sala, é legal, e é incrível como quase todos são sociais.

Ouço meu telefone tocar e então estico meu braço para alcança-lo.

O número é desconhecido, o que me faz estranhar um pouco...

um, cinco, zero, sete... - sussurro os dígitos finais do número que aparece na tela, para ver se isso me remete a qualquer pessoa. Mas sem sucesso, apenas decido atender. - olá? Quem fala?

seu pai.

— PAI?!

Puta merda, Deku, eu estou zoando. - Kacchan ri do outro lado da linha, apenas suspiro e reviro os olhos. Mas logo junto as sobrancelhas, curioso

— Kacchan? Por quê... Por que está ligando? - me encosto na cadeira, aproveitando para apagar a luz da escrivaninha.

sei que é tarde, mas sei que está acordado. Vem aqui.

Não me surpreendo por sua fala vaga de sempre, mas também vou agir como o habitual.

— do que está falando? - pergunto, me levantando.

— ... Eu não quero admitir, apenas venha logo, seu porra.

— não é nenhuma brincadeirinha comigo, certo? ...

não.

Me surpreende o fato de eu ter calçado os sapatos e vestido uma blusa de forma automática em quanto ele falava comigo.

... Agora não posso rejeitar.

— tudo bem, apareço aí em tipo, cinco minutos. - Rio baixo e desligo o telefone.

Tomo cuidado ao sair para não fazer muito barulho, todos já estão dormindo e Kacchan deveria estar, isso só me deixa mais confuso.

Eu não consigo dormir no horário, demoro pelo menos quatro horas para finalmente conseguir cair no sono, então isto não me faz muita diferença, por mais que eu tome um esporro do professor Aizawa quando toco neste assunto.

Subo as escadas já que seu dormitório é dois andares acima do meu, fico me apoiando no corrimão e nas paredes já que tudo está escuro.

Chego depois de um tempinho, bato de leve na porta depois de olhar para os lados.

Os passos do lado de dentro me fazem enrijecer a postura automaticamente, engulo em seco mas quase grito quando Kacchan abre a porta e me puxa rapidamente para dentro, ele me faz bater as costas na parede em quanto fica á minha frente, tampando minha boca com a mão.

De um Jeito ou de Outro. - BAKUDEKU (CANCELADA) Onde histórias criam vida. Descubra agora