03 | Capítulo

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Os corpos foram levados, e com eles, as possíveis provas do crime.

--- São falsas, unhas postiças. --- disse Callin.

--- Sem digital? --- perguntou Robert, que também era da pericia.

--- Sem digital. --- respondeu ele.

--- E a faca? O que temos nela?

--- Sem digital também. O assassino, ou os assassinos, devem ter usado algum tipo de luva para não deixar nenhum rastro.

--- E conseguiram. --- disse o outro.

As portas da sala foram abertas, um policial alto e magro entrou por aquela porta, o homem segurava um papel em suas mãos. A julgar pelo seu estado e em como estava ofegante, claramente veio correndo.

--- Aconteceu alguma coisa? --- perguntou Callin.

--- Uma nota, achamos...achamos uma nota de compra na segunda fileira do auditório onde foi achado os corpos. --- respondeu o homem.

--- Do que seria a compra?

--- Unhas postiças.

Peter encarou o saquinho plastificado que guardava a unha postiça encontrada na cena do crime, e em seguida, voltou a encarar a nota de compra que o policial segurava. Sem nem ao menos pedir permissão, arrancou o pedaço de papel da mão do homem, e passou os olhos pelas pequenas letras. 

--- Não está registrado em nenhum nome, pelo menos não consigo identificar, mas a compra foi realizada um dia antes. --- disse ele.

--- Se pelo menos as câmeras de segurança funcionassem naquela universidade. --- murmurou Robert.

--- Vamos colher o dna dessa nota, e depois comparar com o do pedaço de ferro que achamos na cena do crime.
--- concluiu Peter.

A barra de ferro foi tirada das janelas. O objeto foi devolvido ao seu devido lugar depois de usado, mas se soltou das demais barras que o sustentavam e caiu no chão. As marcas encontradas no corpo do professor e na cabeça do aluno se assimilam ao formato das barras.

A luva foi usada só por uma pessoa, provavelmente, por aquela que usou a faca, o objeto não tinha digital. Por outro lado, várias digitais foram encontradas na barra, talvez ela foi usada pela mulher das unhas postiças também, ou não.

Peter estava intrigado. Ele pensava, porque os assassinos se preocuparam em usar luvas para não marcar a faca, mas não tiveram essa mesma preocupação em relação as barras, essas que estavam cobertas por digitais. Isso rodeava sua mente.

--- Quantos dias até o resultado sair? --- perguntou o policial.

--- Amanhã. --- respondeu. --- Amanhã teremos o resultado das análises de ambos.

Continua...

O cadáver do síndicoOnde histórias criam vida. Descubra agora