Capítulo 3

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Capítulo maior, me desculpem.

Boa Leitura!
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POV Natalie

Estava estarrecida com o que ouvi, o gerente me demitiu sem nenhuma explicação.  A Priscilla falou que me puniria, mas não imaginei que seria dessa forma. Estava pronta para ter que pedir desculpas e financiar uma roupa nova. Mas, pedir minha demissão foi de muita prepotência. Esses ricos mimados, acham que podem tudo. Na verdade, podem mesmo. A raiva que estou sentindo desse ser insuportável não tem tamanho.

Sai da loja após me despedi dos meus colegas que ficaram sem entender o motivo da minha demissão, até eu contar que ocorreu no elevador.  Todos ficaram assustados com o ocorrido. Fui direto para casa e contei a minha mãe o ocorrido.

Déborah: O gerente falou que ela que fez isso?

Natalie: Não! Ele apenas disse que veio ordens do alto. Quem mais seria responsável por isso?

Déborah: Faz sentido!

Natalie: Que mulherzinha nojenta. Capaz de eu não conseguir emprego tão cedo. E você ainda me disse que eu era indiferente para ela.

Déborah: Eu não disse isso, eu disse que ela poderia não te notar no meio de tantos funcionários.

Natalie: Agora eu duvido muito.

Déborah: Você acha que ela vai ficar te perseguindo?

Natalie: Dessa idiota espero qualquer coisa.

Déborah: Você é uma profissional competente e capacitada, logo arranjara um novo emprego. Só precisa controlara essa sua impulsividade. Você já tinha melhorado isso, até agora não entendi o que lhe deu.

Natalie: Eu nunca havia me sentido tão humilhada a troco de nada. Isso esquentou minha mente rápido.

Passei o resto do dia enviando meu currículo para várias empresas, precisava trabalhar. Estava ajudando meu pai nas contas da casa e minha mãe enviando dinheiro para Emily terminar o intercâmbio.  Eu não poderia se tornanr um peso para eles, meus pais são excelentes cozinheiros e sempre tiveram o sonho de abrir um restaurante, mas adiaram isso para tornar eu e minha irmã em alguém capacitado. Após o expediente Ton veio me ver pois eu havia mandado mensagem para ele contando o que havia acontecido.

POV Priscilla 

Havia passado por três reuniões apenas hoje. Fui direto para minha sala e assim que me sentei na minha mesa meu avô, Rodolfo Pugliese entrou em seguida.

Rodolfo: Está cansada?

Priscilla: Não senhor! - Menti

Meu avô estava querendo se aposentar e eu estava querendo ficar em seu lugar como CEO da Pugliese Group. Eu estava pronta para isso, toda a minha vida foi voltada para essa empresa, mas ele era muito rígido e sempre me colocava em questões para me testar e dizia que eu não estava pronta para assumir seu lugar.  Fui criada por meus avós, pais de minha mãe, pois eu e meu irmão Rodrigo ficamos órfãos quando crianças, eu tinha 10 anos. Quando meus pais faleceram, ficamos pouco tempo com meus avós paternos. Logo o juiz concedeu nossa guarda aos meus avós maternos e nunca mais meus outros avós nos procuraram. Eles eram hippies “ciganos”, pelo menos foi isso que meus avós sempre nos disseram.

Rodrigo era um homem de 28 anos irresponsável e mulherengo. Preferia viajar a cuidar da empresa. Eu, no entanto, com meus 30 anos, era a responsável que sempre estudou muito e sonhava em um dia comandar a empresa da família.  Eu até já era casada há 5 anos, era um casamento fracassado, porém meu status de mulher séria é intacto. Letícia, minha esposa, é uma mulher fútil que vive gastando por aí. Nitidamente não existe amor em nossa relação pelo menos não de minha parte. Mas, estar com ela, mantém o meu status de mulher séria. Meu avô sempre diz que uma pessoa realmente responsável é aquela que consegue manter um relacionamento familiar estável. Temos uma relação aberta, mas de maneira discreta. Podemos transar com outras pessoas, porém, não podemos nos envolver emocionalmente. Para mim é fácil, não costumo ter esse tipo de apego, nem com a própria Letícia.

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