POV Priscilla
Natalie se afastou de mim e eu me senti frustrada por não ter beijado aqueles lábios. Fizemos tudo o que foi previsto, conseguimos atrair o interesse de alguns comerciantes. Natalie manteve distância, mas as vezes me pegava olhando para ela. Senti que ela tentava novamente me evitar. Mas eu estava disposta a continuar o que foi interrompido mais cedo.
Como já imaginava o Thales resolveu levar a Nati para casa e ela aceitou sem nem olhar para mim. Déborah estava certa, ela não vai me querer. Fui para casa frustrada e por sorte a casa estava vazia. Déborah estava na cozinha preparando o almoço. Depois de um longo banho resolvi ir à cozinha almoçar e conversar com ela.
Priscilla: Boa Tarde! - Disse me sentando no balcão.
Déborah: Boa Tarde! Posso servir o almoço?
Priscilla: Almoça comigo? - Pedi e ela ficou hesitante
Déborah: Estou sem fome.
Priscilla: Preciso de companhia. - Disse ela assentiu
Colocamos o nosso almoço e nos sentamos no balcão.
Déborah: Seus olhos estão mais tristes do que o habitual.
Priscilla: Você acha meus olhos triste?
Déborah: Desculpa.
Priscilla: Não precisa se desculpar, eu não me lembro de um momento de muita felicidade mesmo.
Déborah: Isso é triste. O que te falta para ser feliz?
Priscilla: Não sei, mas acho que a presidência da empresa da família.
Déborah: Para mim a felicidade é muito mais do que apenas um objetivo. Pequenas coisas que me fazem bem durante o dia, eu considero felicidade. Fora a gratidão por cada coisa do dia a dia.
Priscilla: Talvez você esteja certa.
Déborah: Quando foi a última vez que você se sentiu bem?
Priscilla: Agora. - Disse e ela sorriu.
Déborah: Tirando agora.
Priscilla: Lembra daquela mulher que eu te falei? Nós quase nos beijamos.
Déborah: Ela aceitou?
Priscilla: Foi um quase, mas você estava certa. Ela não vai aceitar e eu a quero demais. Como nunca quis ninguém.
Déborah: E vai fazer o que?
Priscilla: Eu vou fazer o que for preciso para ter ela.
Déborah: Até mentir?
A campainha começou a tocar e provavelmente era alguém conhecido, pois o porteiro não havia avisado. Déborah foi atender a porta e voltou com Mara.
Mara: Cheguei na hora boa. - Disse já pegando um prato e se sentando no balcão
Déborah recolheu seu prato.
Mara: A senhora pode se sentar aqui. Não vai parar de comer por causa de mim.
Déborah me olhou como se buscasse uma aprovação.
Priscilla: Senta aí Déborah. Mara. Essa é a Déborah a responsável por não me deixar enlouquecer quando você está ocupada.
Mara: Ah, está me traindo né sua safada. Já que é assim, Déborah temos que conversar sobre esse ser humano que parece uma pedra de gelo, mas na verdade é uma gatinha manhosa.
Priscilla: É para isso que você veio?
Mara: Claro que não minha marrentinha.
Terminamos de almoçar conversando sobre amenidades, depois Mara e eu resolvemos ir para a praia e a atualizei sobre os últimos acontecimentos.
Mara: Manda mensagem para ela logo. Eu preferia que você resolvesse sua situação primeiro, mas está na cara que isso não vai acontecer, é a primeira vez que te vejo empolgada com uma mulher, seus olhos brilham. Vai fundo e não olha para trás.
Mara me convenceu que eu deveria ir atrás da Nati e jogar para o alto meu casamento falido. Estava tomando coragem pois iria doer ser rejeitada por ela.
Priscilla: Ela não vai me responder.
Mara: Então liga. Ou melhor me dá o número dela.
Priscilla: Por quê?
Mara: Confia em mim. E não me decepcione.
Entreguei o telefone a Mara e ela resolveu ligar do celular dela, estava me sentindo uma adolescente meu corpo inteiro tremia enquanto aguardava com expectativa. Mara levou menos de 2 minutos falando com ela e desligou.
Priscilla: E aí?
Mara: Marquei com ela no Shopping em Caxias, você precisa encontrar com ela na praça de alimentação. Olha bem para mim, eu não estou brincando. Acho bom você não mudar de ideia. Amanhã estarei dando entrada no divórcio, antes que você mude de ideia. Entendeu? - Disse e eu assenti.
Mara: Eu quero ouvir da sua boca.
Priscilla: Eu não sou criança.
Mara: Eu não estou de brincadeira. Eu fico tentando entender como você uma mulher tão inteligente, consegue ser tão equivocada nas suas escolhas. Eu quero que você viva e se permita. Foda-se empresa, foda-se Teresa e Rodolfo. Ouviu?
Priscilla: Ouvi!
Mara: Então se apresse, vai tomar um banho e conquistar a mulher que faz seu coração acelerar.
Não pensei duas vezes, fui logo para casa e tomei um banho me arrumei casualmente e me perfumei. Quando estava prestes a sair fui surpreendida por Laura entrando em meu quarto.
Laura: Hum, ta cheirosa. Vai sair? - Disse se aproximando.
Priscilla: Laura você já ultrapassou o limite aceitável.
Laura: Não precisa ter medo de mim, eu não mordo. Há não ser que você me peça. - Disse encostando a porta.
Priscilla: Eu vou abrir os olhos de sua irmã, quer saber? Tanto faz, já cansei disso. - Disse e a puxei para sair da porta e ela agarrou na minha cintura.
Laura: Suas mãos devem fazer loucuras.
Priscilla: Eu vou falar uma vez apenas e bem devagar...
Laura segurou minha cabeça e beijou meus lábios, eu a empurrei com toda força que eu tinha naquele momento e ela caiu no chão.
Priscilla: A próxima vez que você encostar a mão em mim eu juro que eu vou fazer você se machucar de verdade. - Disse apontando para ela que permaneceu no chão assustada.
Sai daquele quarto batendo a porta e cheia de ódio no meu coração. Quando cheguei na porta de saída de casa, foi a vez de Letícia.
Letícia: Amore, vai para onde? Não te vi o dia inteiro. - Disse me abraçando e eu permaneci parada.
Priscilla: Letícia precisamos conversar, mas não agora porque estou atrasada. - Disse e ela me olhou assustada.
Letícia: Sobre?
Priscilla: Agora não! Quando eu voltar te falo.
Letícia: Eu também tenho algo para falar. Estou muito feliz de estarmos juntas nunca me senti tão feliz. Tenho uma surpresinha para você. - Disse e tentou me beijar e eu desviei o rosto.
Meu coração apertou com essa declaração, mas ela não é quem eu quero. Seria mais simples e fácil se fosse, mas não consigo sentir por ela o que venho sentindo pela Nati.
Priscilla: Na volta conversamos. - Disse e ela assentiu.
Estava atrasada com essas interrupções. Fiz o caminho todo do shopping rápido, ultrapassei sinais e corri além do que deveria, mas eu não podia esperar nem um minuto a mais. Estava muito nervosa e com medo da reação da Nati. Logo a vi sentada numa mesa tomando um milkshake e distraída no celular. Logo me lembrei da primeira vez que nos vimos e me aproximei sem ela perceber e me sentei na sua frente.
Priscilla: Não vai me dar um banho de milkshake hoje, né? - Disse e ela se assustou
Natalie: Que susto! Quase que jogo mesmo. - Disse sorrindo.
Priscilla: Eu realmente acho que precisamos conversar.
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Senhora Implacável
FanficPriscilla Pugliese uma empresária brilhante, que sonha em comandar a Pugliese Group, a empresa da família, porém sente a necessidade de sempre agradar os avós. Natalie Smith mulher batalhadora que traça objetivos bem concretos na vida Entre seus ob...