Galinha

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— Eu queria saber, se todas as brasileiras são nervosinhas, como você? — Perguntou o gêmeo mais velho, em um tom de deboche e com um olhar bem desafiador.

Quem esse garoto acha que é? Nervosinha? ele vai ver!

— Eu não sei dizer, mas acho que não — Respondi — Mas eu queria saber, se todos os alemães são galinhas, como você? — Retruquei.

O garoto riu de uma maneira competitiva, e a plateia foi a loucura com com as nossas perguntas, Mayla me dava pequenos empurrões. Aposto que ela falaria.

Você tá doida de chamar ele de galinha!

— Eu também não sei dizer, mas acho que só vendo — Provocou Tom.

— E essas foram as perguntas, obrigada meninas, infelizmente não deu para todas perguntarem, mas quem sabe na próxima — Disse Willy, tentando acalmar os ânimos.

O programa estava chegando ao fim. E Tom nos encarava direto, não sabia se ele olhava pra mim ou pra Mayla, mas chuto que era pra ela, afinal, os dois trocaram flertes, e todo mundo presenciou isso.

— Obrigada a todos pela presença, e até o próximo programa! — encerrou o apresentador Willy, enquanto as cortinas do programa se fechavam.

Todos aplaudiram, e algumas meninas choravam, ao não conseguir falar com eles. Fomos direcionadas a saída do estúdio, as garotas nos olhavam com ódio, e cochichavam umas com as outras, sobre nós, só faltavam agarrar nossos pescoços.

— Sam, eu não acredito que você chamou, o Tom de galinha, num programa ao vivo — Dizia Mayla rindo de nervoso, e botando a mão sobre o rosto.

— Ele me provocou, não foi nada demais, ele só me provocou e eu fiz o mesmo — Respondi séria.

— As garotas não pensam assim — Disse May, olhando para as garotas furiosas em nossa direção.

— Eu que não tô acreditando, que vocês dois flertaram, você conseguiu May, realmente chamou a atenção dele.

— Quero só ver a reação do Axel, quando eu esfregar isso na cara dele, chupa palhaço! — Dizia a loira empolgada e realizada.

— Ele vai morder a língua, depois dessa — Respondi na mesma intensidade, enquanto andávamos em direção a porta.

Estavamos saindo do estúdio, quando fomos praradas por dois segurança, eles abordaram Mayla, e disseram que ela podia ir ao camarim dos gêmeos.

— Nós estávamos juntas, tá, ela pode ir também? — perguntou May.

— Fica tranquila, é só eu esperar na entrada — Respondi.

— Você nunca veio aqui, não vou te largar sozinha, você vem comigo sim! — Respondeu a Loira, me puxando pelo braço, enquanto os seguranças nos levavam ao camarim.

O lugar ficava perto do studio, então logo chegamos, havia uma porta de madeira, com os nomes Tom e Bill, escritos numa placa sobre ela, May abriu a porta e entramos, logo avistamos Bill, sentado em frente a penteadeira, ajeitando seu cabelo.

— Estão procurando o Tom? — Perguntou ele nos olhando pelo reflexo do espelho.

— Ela está — respondi apontando para May.

— Olha, é a garota que chamou meu irmão de galinha — Disse Bill saindo da penteadeira e vindo em minha direção.

— Eu mesma — Respondi mechendo em meu cabelo, com um ar de deboche.

— Foi hilário — Disse o gêmeo, começando a rir.

Confesso que aquela reação foi inesperada, imaginei que ele ficaria bravo, mas pelo contrário ele estava rindo. Tom entrou no camarim na mesma hora, e me encarou.

Zimmer 483 | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora