Amor Por Kaulitz

Janelas, Lápis e Eu te amo

(25/12/2001)

    Eu desci as escadas correndo quando ouvi a campainha, o gêmeos haviam vindo para comemorar o natal conosco, teria que ir embora da Alemanha em fevereiro, então queria ver os gêmeos mais vezes.

    Atendi a campainha com o maior sorriso que eu tinha, eles estavam lindos, nunca senti um calor interno tão confortável, eles estavam bonitos, eles nunca se arrumaram tanto.

— Bill! — eu disse abraçando ele — onde arranjaram essas roupas? Ficaram incríveis em vocês e...Ai meu Deus, Tom seu cabelo tá magnífico! É sério que vocês se arrumaram tanto só para vir aqui?

— Ash! — Bill disse sorrindo — tínhamos que nos arrumar por...por uns assuntos fora da cidade, obrigado pelos elogios.

— Sério? Ela vai ficar triste se você não contar — Tom sussurrou no ouvido do seu irmão — vai querer ver ela triste caralho? — ele disse quase que cuspindo as palavras no seu irmão enquanto revirava os olhos.

— Vem, entrem, entrem, se não o frango vai esfriar — abri a porta mais um pouco e eles entraram.

— Obrigado pelos elogios, baby — Tom disse beijando minha testa.

Eu sorri para ele numa forma de carinho.

— Tia Callie! — Bill falou abraçando minha mãe.

— Billy meu menininho! Que rapaz bonito que você tá em.

— Oi Senhora Byan — Tom disse acenando a cabeça para baixo

— Bem vindo Tom — minha mãe acenou devolta.

    Meu pai também desceu as escadas correndo e ajeitando a blusa.

— Kaulitz! Como é bom ver vocês, que bom que vocês vieram! — meu pai era o dobro dos meninos, suponho que ele havia uns 1,90 de altura.

     Todos se ajeitaram para comer após se falarem um pouco.

— Eu adotaria vocês se fosse capaz! Não duvidem de mim em! — minha mãe disse enquanto comia e dava uma risada contagiante.

— Não vai precisar me adotar senhora Byan, eu quero que você seja minha sogra, não minha mãe — Tom disse inclinando um pouco a cabeça para baixo e sorrindo malicioso.

— É oque!? — meu pai se engasgou e minha mãe tentou ajudar.

— Fala que é brincadeira Tom, o pai dela vai te matar — Bill disse num sussurro entre os dentes.

— É brincadeira, desculpa, se quiserem podem me adotar eu não ligo, não ligo mesmo, se quiserem adotar o Bil também, sem problemas - ele disse num tom de nervosismo, eu quase via o suor descendo pela testa dele, ele falou isso rindo, achei tão bonitinho.

    Todos riram com a "piada" de Tom.

    Mais tarde fomos abrir os presentes de natal, os meninos também receberam presentes, eu dei a Tom uma caixa com bonés, faixas (tanto de pulso, quando de cabeça) e umas roupas largas que ele gostava, ele ficou super agradecido, ficou agradecendo toda hora. Bill recebeu uma fantasia de vampiro, achei que combinava com ele, ele tinha mini-presas que faziam ele ser uma fofura.

    Bill, Tom e eu fomos pro meu quarto conversar, ouvir músicas e provar as novas roupas que eles ganharam.

    Eu e Bill estávamos esperando Tom sair do banheiro sentados no chão perto do pé da cama, ele estava provando várias combina combinações com as roupas.

— Ash — Bill me cutucou — Me empresta um pedaço de papel? É... pra eu anotar meu número, para caso você queira me ligar algum dia.

— Ah... — eu lembrei que não morava na Alemanha - claro, aqui — falei pegando um pedaço de papel e um lápis de unicórnio.

— Um lápis de unicórnio, é sério? — Tom disse saindo do banheiro com uma blusa branca que servia de vestido para ele — Eh, gostei das roupas, achei elas bem tops — ele se juntou a nós no chão sorrindo.

— Deixa ela — Bill olhou pro irmão.

— Hm — Tom bufou e desviou o olhar.

    Bill anotou seu número e me deu, foi um ato legal, já que eu não sabia a próxima vez que iríamos nos ver.

.
.
. Quebra de tempo .
.
.

    Bill e Tom se despediram e foram embora, eu tinha acreditado que eles iam morar ali pra sempre, e que quando eu crescesse eu poderia ver-los lá, pela cidade, todo dia. Eles me avisaram que não poderiam passar o final de ano com a gente, bem, eles não voltaram tão cedo...

    Eles sumiram, em Janeiro eu não vi mais eles, em nenhum lugar! Eles não me contaram oque faziam, como ganhavam tanto dinheiro pra todo dia aparecer com uma roupa ou comida diferente, eles teriam um bom motivo para não me contar, né? Eu, eu vi que havia pequenos pôsteres deles na cidade, Tokio Hotel? Eles faziam parte de uma banda! Era isso, eles não podiam ir comemorar com a gente porque iam viajar, iam começar as turnês!

— Não...isso é maluquice, eles, eles me contariam, eles são meus amigos.. — eu lamentava sentada na minha cama.

— Psiu — bateram na minha janela — você já foi dormindo Ash?

    Reconheci a voz, oque Bill fazia aqui? Já tinha virado o ano, más ele não deveria estar aqui, ele teria que viajar para turnês certo?
Abri a janela esperançosa.

— Eh... desculpa não te contar, nessa altura você já deve ter ligado as coisas — ele esfregava a nuca com frequência — Bem, antes de ir eu queria dizer que eu gosto, eu gosto muito de você — ele me olhou nos olhos sorrindo.

— Desse logo daí idiota! — Tom gritou de dentro de uma vã preta.

— Asheley — Ele me deu um abraço — você tem meu número, é só ligar.

— Bill... Eu também, não-, éh-, eu também gosto de você! — Eu gritava enquanto ele pulava da janela e entrava na vã preta.

    Ele gostava de mim? Eu gostava dele? Oque foi mesmo que eu disse?

    Minha mente não funcionava, eu fiquei sem reação com aquilo. Agarrei meu cobertor e me sentei perto da janela, para caso ele voltasse, eu estaria alí...