Uma coisa que eu aprendi nessa vida… É que, nem tudo é pra sempre, nossa família, não é pra sempre, e… E um dia todos á nossa volta vão embora.
Meu querido avô, foi embora e nunca mais vai voltar, ele será sempre uma alma boa e gentil, que morará com a gente pra sempre. Ele prometeu estar conosco em todas as horas boas e ruins, prometeu principalmente a minha vó, e para mim…
(02/09/2006) - 00:11 AM - sábado.
Eu estava a mais de 2 horas sentada no sofá do lado de fora aonde minha vó estava, estávamos em um hospital, minha vó estava tendo uma crise de asma, desde os meu 14 anos a asma dela estava piorando bastante. Eu tentava ajuda-la mas minha mãe apenas me recuava e ela que ia ajudar minha vó, isso era injusto! Eu nunca pude ajudar minha vó, e agora que eu poderia ajudar, eu simplesmente fico paralisada do lado de fora! Apenas esperando… E esperando… E esperando…
Tom segurava minha mão enquanto eu estava descansando a cabeça no ombro dele. Eu estava prestes a chorar, eu estava tremendo. Bill estava com meus pais conversando com o médico, ele se ofereceu pra pagar os tratamentos para minha vó.
— Asheley… Se acalma viu? Vai ficar tudo bem com ela… Nós estamos aqui pra ajudar ela e… — ele olhou no meu rosto e eu estava chorando e ficou em completo silêncio.
Minha visão estava embaçada de tanto eu chorar, o ombro da blusa de Tom já estava toda encharcada.
— Hm… Mocinha, gostaria de ver a sua avó? — um enfermeiro me cutucou.
— O-oque? Uhum, eu… eu quero — eu olhei pra ele tremendo e chorando, entro na sala depressa.
Entrei e minha vó estava dormindo, cheguei perto dela e me sentei na maca.
— Vovó?... Tá tudo bem?... — sorri porque vejo que ela estava respirando normalmente — Vovó…
— Viu o que eu disse? Ela tá bem! Não precisa chorar agora — Tom acaricia minha bochecha tentando me acalmar.
— É…
Eu me levanto e dou um abraço no Tom, senti a manga molhada aonde eu tinha chorado me abraçar de volta, mas não tinha importância, Tom tinha ficado comigo todo minuto, me acalmando e me fazendo bem, isso sim tinha importância, pra nós dois…
Relaxei minha cabeça no ombro dele e ele me abraçou pela cintura, realmente éramos como irmãos, eu gostava de ser a irmãzinha dele. O abraço dele era parecido com o do irmão, confortável, quentinho e cheio de amor e carinho.
— Tom — Bill aparece na porta chamando o irmão — temos que ir embora, pra ensaiar, não lembra? O show é daqui 2 dias.
— Tá bom, eu já vou — ele se afasta um pouco de mim e beija minha testa — Tchauzinho princesa — ele sai acompanhando o irmão.
Acenei pra ele e sorri. Olhei pra minha vó e segurei a sua mão.
— Vó… agora que eu posso, eu não vou te deixar sozinha aqui. Nem minha mãe, nem ninguém vai me impedir de estar com a senhora, tá bom? — tento enxugar minhas lágrimas — A senhora sempre me protegeu, sempre cuidou de mim e me acolheu, eu tenho que agradecer de alguma forma não é? — fecho os olhos e me ajoelho perto da cama, ainda segurando a mão dela — Eu te amo vó, muito obrigado por tudo… tudo mesmo…
Eu fiquei um bom tempo conversando com ela, ela estava dormindo, nem estava me escutando, mas era algo legal de se fazer, me deu uma sensação boa por um bom tempo, uma sensação confortável.
10:16 AM.
Eu tinha dormido no chão, acordei e voltei a conversar com a minha vó. Eu comecei a me abrir com ela, no sentido de desabafar. Mesmo se ela estivesse acordada, ela não ia contar a ninguém, eu sei disso.
— Aí Bill me abraçou e foi tão… bom, eu não sei, ah — me referi ao abraço no "beco" — Aí Tom ficou com ciúmes vovó, por que homens são tão?... Não sei, ahm…. Mágicos, mais… não tão mágicos quando estamos com outro por perto, eles são estranhos vovó… — falei tudo isso apressada e envergonhada.
— "Por que quê tu não vês que gostas disto menina? Admites logo" — uma voz ecoou na minha cabeça, ela tinha um sotaque engraçado.
— Que? Não, eu não gosto, aliás, do que você tá falando? — perguntei confusa pois a voz não foi nem um pouco especifica.
— "Você gosta deles, não finja'se de boba, eu sei o'que tu pensaste quando vistes Bill!" — a voz na minha cabeça agora falava meio irritada
— Olha, eu não vou falar com você porque se alguém me ver vai me chamar de louca! — me levanto.
— "Isto mesmo! Negue os seus sentimentos que vais doer mais!"
Se passou uns 5 minutos e a voz finalmente desapareceu.
— Filha? Eu e seu pai vamos pra casa, você vai vir? — minha mãe aparece na porta.
— A-ah, eu já tô indo — vou para porta e sigo eles de volta pro carro.
No carro eu fiquei pensando sobre o que a voz na minha cabeça disse… Se ela realmente era a voz da minha cabeça e eu não estava maluca, ela realmente sabia oque eu estava pensando, oque eu penso, e talvez oque eu sinto… Será que ela estava certa? Eu já gostei de Bill, mais foi a muito tempo, e… Gostar dos dois? Isso não daria muito certo…
11:36 AM.
Eu tinha falado pra minha mãe que eu não estava com fome, então ela nem se preocupou em me chamar pra comer.
Eu estou no meu quarto, com a luz desligada, apenas tentando dormir. As cortinas estavam totalmente fechadas, peguei a coberta mais quentinha que eu tinha e ursinho de pelúcia que minha vó tinha me dado.
Eu me deitei e fiquei olhando pro teto, eu tinha tantas coisas pra pensar... Se eu realmente tinha sentimento pelos garotos, se eu realmente estivesse ficando louca por ouvir aquela voz, e se a minha vó estava bem…
Pego meu celular e abro meu Twitter, lá tinha várias coisas diversas e malucas, coisas sobre fan clubes e tals. Mas eu só fui e pesquisei "Tokio Hotel", eu queria saber mais deles. Vejo várias postagens sobre eles falando o quão bonitos estavam, eu não podia negar, eles realmente estavam bonitos.
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Amor Por Kaulitz
RomanceMal sabe que o amor não se apaga, apenas se esconde... Asheley Byan, Uma garota que mal sabe que seus amigos de infância (agora, mais bonitos) fazem parte de uma banda popular. E se depender, ela não vai saber qual gêmeo a ama, e qual gêmeo ela ama...