Capítulo 7

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Por teu espírito sou levadoDeleito em tua fragrânciaEstas a par dos meus limitesDe que sou pó mas Tu remiste

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Por teu espírito sou levado
Deleito em tua fragrância
Estas a par dos meus limites
De que sou pó mas Tu remiste

Cercado sou por Tua voz, rugir de águas
Feroz Cercado sou por tuas muitas águas ao meu redor

De amor me cercas Teu falar me carrega
Junto as águas me levas não posso ouvir
Minha própria voz, Jesus.

(Cercado Sou - Ministério Voz de muitas águas.)

Grace Bennett Collins

— Por que ele é tão chato para essas coisas?

Perguntei um tanto chateada, enquanto cortava a massa de biscoito com um cortador em formato de estrela. À minha frente dona Maggie, mãe do John, esticava outro pedaço de massa para que eu pudesse cortar.

— Me pergunto a mesma coisa, querida. — Ela parou sua atividade e olhou para mim. — Ele disse que iria sair cedo para pegar um tempo bom na estrada e não chegar muito tarde. Nem esperou que eu pudesse me arrumar para ir junto. — Ela disse indignada. — Ele e o pai dele já tinham tudo planejado, se bem conheço esses dois. — Ela voltou a esticar a massa com o rolo de madeira.

John havia partido naquela manhã para a faculdade. Eu me esforcei para levantar cedo para me despedir dele, mas ele já havia saído de casa. No fundo eu sabia que isso ia acontecer, John não gostava de despedida. Na noite anterior ele havia chamado nossos amigos e eu para tomarmos sorvete. Passamos um bom tempo juntos, rindo e conversando, mesmo que ele não tenha dito diretamente, sabíamos que aquela era a forma dele se despedir de nós.

Uma parte de mim queria acreditar que pela manhã eu ainda o veria, mas quando chegamos a calçada de nossa casa e ele tirou do bolso uma fita cassete embrulhada em papel seda rosa, eu soube que ele não me daria a oportunidade de vê-lo no outro dia. Então pedi para que ele me esperasse que eu também tinha uma fita para ele. Corri até em casa, em meu quarto peguei a fita e junto dela uma margarida que havia colhido pela tarde e entreguei a ele.

A margarida era uma das minhas flores preferidas, eu esperava que John pudesse lembrar de mim ao olhá-la, mesmo depois de ela se secar, isso é, se ele a guardasse. Mas dar-lhe a flor, em meu coração, era uma forma de dizer que eu o amava, de um jeito que eu pensava que ele nunca saberia. Eu estava apaixonada por John, e conforme eu descobria esse sentimento dentro de mim, mais difícil se tornava ficar perto dele, eu temia que ele percebesse. Mas tê-lo longe seria mais difícil ainda.

— John não gosta de despedidas. — Eu disse e a dona Maggie assentiu colocando a massa esticada na minha frente.

— Ah, esse meu John. — Ela sorriu com carrinho. — Que Deus o guarde e proteja, só Ele sabe quanta dificuldade meu menino há de passar.

Concordei e continuamos a preparar os biscoitos enquanto conversávamos amenidades. De alguma forma, sempre acabávamos falando de John. Ele mal havia partido e nós já sentíamos demasiado a falta dele.

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