Capítulo 6

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John Collins

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John Collins

Estava próximo o dia de eu ir para a faculdade, a ansiedade encontrou caminho para o meu coração, minhas roupas e alguns pertences já estavam embalados. Cada dia se tornava mais real.

Sentado em minha cama com o violão apoiado em minha perna, eu tentava dedilhar uma das músicas que eu estava ouvindo ultimamente, mas como era apenas um amador e leigo não estava saindo um dos melhores sons. Mas eu esperava que agradasse a Deus. Cada dia mais eu pensava Nele. Havia tantos questionamentos em minha mente, mas ao mesmo tempo a sensação de saber um pouco mais sobre Ele se não respondia meus questionamentos os tornava sem sentido. Eu não acho que eu tinha me rendido completamente a ele naquela época, mas o amor dele em mim começava a tomar forma.

Uma batida na porta fez eu parar de tocar, tão logo a porta se abriu e a cabeça do meu pai apareceu na fresta aberta.

- Posso entrar? – Ele pediu e eu acenei a cabeça em afirmativo.

Ele entrou e fechou a porta. Deu uma olhada em volta antes de se sentar na beirada da cama.

Coloquei o violão de lado e me ajeitei. Então esperei que ele dissesse algo.

— Vejo que suas coisas já estão quase todas embaladas. — Ele disse apontando para uma mala próxima ao meu armário e uma caixa sobre a escrivaninha.

— Sim, não pretendo levar muitas coisas.

Meu pai assentiu, um mínimo sorriso nos lábios. — Sua mãe eu sentiremos sua falta.

— Eu também sentirei.

Naquele momento, em meus pensamentos algo me sugeriu perguntar como ele e minha mãe estavam. No primeiro segundo tentei afastar esse pensamento, não queria entender o que estava se passando entre eles, mas em seguida me vi perguntando.

— Como vocês estão?

Ele me olhou surpreso, logo nas primeiras vezes em que ele tentou falar comigo sobre o que estava acontecendo entre eles eu desviava o assunto, em algum momento ele compreendeu que eu não queria saber então parou de tentar. Agora percebo que fui um tanto rude.

— O que posso dizer? Eu achava ruim discutir com ela todos os dias, mas descobri que o silêncio dela é muito pior. — Ele suspirou, seus dedos das mãos brincando com o botão de sua camisa, mas os olhos em minha direção. — John, eu dei motivos para a sua mãe se chatear comigo, e só espero que ela possa me perdoar logo.

— O que aconteceu, afinal? — Me vi perguntando. No semblante do meu pai vi o quanto ele apenas gostaria de falar, de se abrir, e eu sempre o privei, por pensar apenas em mim e nos meus sentimentos. Comecei a me sentir arrependido.

— Sua mãe pensa que eu a traí. — Ergui as sobrancelhas como se perguntasse se ele havia feito isso de fato. Ele entendeu, então prosseguiu. — Sim. Deixe-me explicar.

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