CAPÍTULO 13

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    O condomínio em que os dois moram realmente fica do outro lado da cidade, mas não demorou mais do que uns 20 minutos para chegarmos lá. O lugar é enorme e bonito. Eu sou conduzido pela entrada do prédio até o elevador, e assim que entro nele, Tyler me agarra por trás e me dá um abraço de urso, beijando o meu cabelo sem parar, como se quisesse descontar o tempo em que ficou apenas observando Kai fazendo isso no banco de trás do seu carro.

     Quando elevador se abre — No último andar do prédio — eles me conduzem por um corredor largo e iluminado que não tem ninguém que não seja a gente, além de que todas as portas estão trancadas. Nós paramos em frente a última porta à esquerda, então Tyler a destranca, abrindo um pequeno sorriso safado, antes de inclinar levemente a cabeça e indicar para nos dois entrarmos. Kai agarra gentilmente a minha mão e me puxa para dentro, e assim que coloco os pés dentro da enorme sala, a porta é fechada atrás de mim.

     O lugar tem o cheiro de Tyler, Além de ser um cômodo decorado tipicamente por um alfa, já que há uma poltrona de couro ao lado dos sofás, uma tela plana enorme presa à parede, uma sinuca em uns dos cantos e vários instrumentos musicais espalhados aqui e alí.

     — A-ah... — Solto um gritinho quando sou praticamente atacado pelos dois ao mesmo tempo. Tyler agarra a minha cintura e abaixa o rosto para me beijar, ao mesmo tempo que Kai me abraça por trás e começa a mordiscar meu pescoço. Eu ergo as mãos em um movimento involuntário e agarro os ombros do alfa moreno, sentindo seus lábios macios contra os meus em um beijo simplesmente alucinante. Sua língua molhada invade a minha boca e me faz tremer de prazer, ao mesmo tempo que sinto lábios carnudos contra o meu pescoço, enquanto Kai arranha a minha pele sensível com seus dentes.

    Quase desmaio de espanto quando eles esfregam seus corpos em mim, me fazendo perceber certas movimentações suspeitas na base das minhas costas e na minha barriga. Tyler ainda está agarrando minha cintura com força quando separa sua boca da minha, me fazendo arquejar para recuperar o fôlego, vendo-o lamber os lábios e abrir um sorriso largo.

    Kai agarra o meu cabelo, enterrando os seus dedos longos entre as mechas e puxando a minha cabeça para trás com carinho, eu solto um gemido baixinho e viro a cabeça para o lado, dando-lhe o ângulo perfeito para me beijar. Os seus lábios carnudos se movem contra os meus com voracidade, fazendo os meus óculos deslizarem para baixo e não caírem do meu rosto por pouco. A língua dele brinca com a minha sem parar, enquanto ele esfrega seu corpo em mim e causa uma série de tremores, além de me deixar completamente molhado, sentindo a minha bunda latejar sem parar.

    Quando ele separa nossos lábios, ganho um beijo estalado logo em seguida, fazendo um fio de saliva escorrer pelo meu lábio, então Tyler se aproxima e dá uma lambida no canto da minha boca, me fazendo dar um soco no seu peitoral, porque isso foi um pouquinho nojento, mas definitivamente delicioso.
  
     — Você está com fome, Ottinho? Posso pedir uma pizza pra gente. — O moreno diz.

     — N-na verdade, eu comi não faz muito tempo. — Explico, vendo-o dar de ombros.

     — A pizza ficar para mais tarde, então. Mas agora nos vamos levar você por quarto, baby, pois estamos com outro tipo de fome. — Kai completa, e antes que eu possa sequer assimilar suas palavras, ele me pega no colo e começa a caminhar pela sala enorme.

     — Ei!! — Abraço o seu pescoço, enquanto os dois manés riem com sorrisos safados nos rostos. Sinto as minhas bochechas arderem tanto que preciso esconder o resto contra o peitoral dele para mascarar a vergonha.

    Eu sou levado até um quarto espaçoso e bonito, praticamente todo revestido com cores neutras — branco, preto e incontáveis tons de cinza —. As únicas cores vivas do lugar vêm das guitarras e violões presos nas paredes, além do piano — De uma madeira clara e brilhante — e dos pôsteres presos no teto.

     Kaic me coloca deitado na imensa cama que fica em um dos cantos. Ela é coberta com um edredom preto repleto de pinceladas e pontinhos, como se fosse um universo em preto e branco. Observo enquanto os dois arrancam suas camisas com movimentos rápidos e urgentes, expondo os seus peitorais simplesmente deliciosos. Eu adoro o contraste que as suas cores criam, além de que o cheiro que os dois emanam me deixa praticamente louco, bêbado de tanto prazer.

     Encolho o corpo quando eles avançam na minha direção, se livrando dos tênis no meio do caminho e subindo na cama vestindo apenas aquelas calças de moletom. Acho que deveriam ter batizado essas calças de "marcador de paus" ao invés de "moletom", porque qualquer um conseguia ver aqueles negócios à quilômetros de distância.

     — O-o que vocês vão fazer? — Mordo o lábio quando eles ficam ao meu lado na cama, tão próximos que consigo sentir o calor dos seus corpos e seus feromônios fortes de alfa emanar em ondas das suas peles. Kai agarra gentilmente os meus pés e tira os meus all stars, assim como as meias. Os meus pés pálidos parecem estupidamente pequenos contras suas mãos grandonas.

     — Tudo que você quiser que a gente faça, Baby. Nada que você não queira. — Kaic disse, enquanto Tyler confirma levemente com a cabeça e abre um pequeno sorriso. Não é um daqueles sorrisos provocadores, mas sim um sorriso de felicidade, que combinado com seus olhos brilhantes, faz o meu coração palpitar sem parar.

      — Posso tirar isso, Ottinho? — Ele pergunta, apontando para o meu suéter grosso e agarrando a barra dele, puxando-o um pouquinho para cima e revelando a minha cintura fina. Mesmo que esteja um pouquinho nervoso e ainda sem acreditar no rumo que esse lance está tomando, confirmo levemente com a cabeça, porque quero isso pra caramba. Mesmo que conheça esses dois a tão pouco tempo, confio neles e quero os dois.

      Tyler levanta o meu suéter e o arranca do meu corpo, tomando cuidado para não levar meus óculos junto. O olhar voraz dos dois alfas percorre todo o meu dorso esguio e com alguns pontinhos pretos aqui e alí. Eu fico com um pouquinho de vergonha, encolhendo-me de maneira quase que involuntária.

     — Você é lindo, Baby. — Kai diz, erguendo as mãos para agarrar o cós da minha calça. Eu não consigo parar de encarar aqueles olhos escuros por um segundo sequer, deixando ele retirar a calça e me deixar vestindo apenas uma boxer preta. Eles estão me encarando como se eu fosse a coisa mais linda de todo o universo, mesmo que eu não tenha muitas curvas ou um corpo exuberante, e isso me deixa feliz pra caramba, sem conseguir conter a enxurrada de emoções.

     — Nós queremos fazer amor com você, baby. Quer isso também? — Kai pergunta, me fazendo engolir em seco, alternando o olhar entre os dois antes de confirmar levemente com a cabeça.

    — Q-quero.


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DOIS ALFAS E EU [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora