CAPÍTULO 20

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   O apartamento de Kai é completamente diferente do de Tyler. Se o do moreno era completamente focado em música, esse aqui é completamente focado em esportes, com estampas vivas baseadas em basquete, futebol americano, Hockey e vôlei. O lugar tem o cheiro gostoso de Kai, apesar de ser um pouquinho bagunçado — Mas absurdamente limpo —. Nós tiramos nossos sapatos e os colocamos ao lado da porta, junto com as meias.

     Minha mochila está tão pesada que faz eu ficar me perguntando o que diabos coloquei aqui dentro. Roupas deveriam ser leves, não é?

    Os dois alfas safados se ofereceram para carregar a mochila como o bando de manés possessivos que são, mas eu obviamente neguei, pois eles já estão levando umas quinhentas sacolas de comida, de todas as variedades possíveis.

     Enquanto Kai nos conduz pelo apartamento, aproveito para observar o lugar. Há um cesto cheio de bolas em um dos cantos, além de uma parte da sala completamente vazia ao lado das janelas de vidro, onde ele deve treinar alguma coisa e fazer exercícios. Quando caminhamos pelo corredor em direção a sua cozinha, também vejo que há um quarto enorme cheio de aparelhos de academia, colchonetes e cordas.

    A cozinha dele é espaçosa e tem todos os utensílios domésticos possíveis, apesar de tudo parecer completamente intocado, como se nada houvesse sido usado sequer uma vez depois de comprados. Kai coloca as suas sacolas em cima da mesa, então Tyler coloca as outras logo em seguida, já começando a tirar as caixas de comida das sacolas e fazendo uma pilha enorme que daria para um batalhão inteiro.

     — Impossível comer isso tudo. — Digo, colocando a minha mochila no chão e me aproximando. Tyler abre um pequeno sorriso e dá de ombros, separando as caixas pelo tipo de comida que já dentro delas, enquanto Kai pega os pratos e os talheres no armário de parede.

     — Quer apostar, Baby? — Kai provoca, colocando os pratos na mesa e se inclinando para me dar um beijo.

     — Não. Vindo de vocês, nada me surpreende. — Dou uma cotovelada nele e vou ajudar Tyler a abrir algumas das caixas. O cheiro da comida é simplesmente delicioso, me fazendo salivar e sentir minha barriga dar sinal de vida, mesmo que durante a manhã eu tenho comigo bastante no apartamento de Tyler, além de ter comido na escola também.

     — Precisamos de bastante comida pra sustentar esses músculos, Ottinho. — O moreno diz, flexionando os bíceps, enquanto Kai solta uma risadinha engraçada e ergue a camisa para exibir disfarçadamente os gomos da sua barriga, além daquelas marquinhas em forma de "V".

      — Manés. — Solto um grunhido, querendo que Kai estivesse mais perto, porque só assim eu conseguiria dar uma cotovelada nele também e pegá-lo de surpresa. Os dois continuam me provocando até mesmo quando colocamos as nossas porções nos pratos e começamos a comer de forma tranquila.


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    Algum tempo depois de termos comido e lavado os pratos, nos três meio que acabamos apenas de cueca no sofá, trocando beijos e provocaçãozinhas. O dia ainda está claro através das janelas de vidro, o que indica que são mais ou menos umas 5:00 da tarde ainda.

    — Vamos fazer uma massagem em você, Ottinho. — Tyler diz, me colocando de bruços no colo dos dois, de modo com que a parte superior do meu corpo fiquei sobre as coxas grossas dele e as minhas pernas fiquem sobre as de Kai.

     — A-ah... — Gemo baixinho quando dois pares de mãos enormes e quentes começam a me tocar, enquanto os dedos deles trabalham para relaxar meus músculos, me fazendo grunhir de forma manhosa repetidas vezes. As mãos de Tyler se movem em círculos deliciosos nos meus ombros e nas minhas costas, enquanto Kai toca a minha bunda dolorida e a parte de trás das minha coxas.

     Eu agradeço silenciosamente por eles não terem tentado fazer sexo comigo novamente, mesmo que estejam com enormes ereções no meio das pernas — o que me faz arquejar sem parar sempre que encosto acidentalmente naquelas coisas quentes e pulsantes —. Confesso que também quero muito fazer aquilo com eles novamente, mas minha bunda ainda está um pouco dolorida e talvez seja melhor esperar mais umas horinhas para fazermos de novo, pelo menos até que minha bunda entenda que à partir de agora vai ser usada por esses dois manés para propósitos um tanto... Deliciosos.

      — Vi no seu caderno que você faz aniversário no mesmo dia do halloween, Baby. 31 de outubro. — Kai comenta, me fazendo grunhir em resposta, porquê isso é daqui à pouco menos de dois meses, então finalmente terei 18 anos.

     — Está bem perto, Ottinho! Iremos fazer uma surpresa pra você!! — Tyler diz, fazendo o outro alfa rosnar baixinho.

    — Não é mais surpresa agora que você falou. — Kai exclama, então os dois começam a rosnar um para o outro como um bando de neandertais, o que me faz revirar os olhos e rolar para o lado, voltando a ficar de barriga para cima. Eu agarro a mão grandona de Tyler e analiso seus dedos longos, percebendo que o esmalte preto daquelas duas unhas já está ficando um pouco descascados.

     — P-posso pintar pra você, se quiser. — Digo, dando um beijinho nos seus dedos, enquanto capturo o olhar de Kai com minha visão periférica. Simplesmente adoro como seus olhos pretos parecem ter uma espécie de fogo, combinando perfeitamente com o tom frio dos olhos de Tyler.

     — Eu adoraria, baby. — Tyler responde, abrindo um sorriso lindo, o que me faz praticamente derreter contra esses dois. O sorriso de Kai é tão radiante quando o de Tyler, me fazendo querer beijar tanto aqueles lábios carnudos que tenho certeza de que ele sabe disso através do nosso laço, assim como o alfa moreno sabe que quero beijá-lo também.

     Antes eu sequer conseguia me imaginar com alguém, mesmo que fosse um alfa bastante bonito. Mas agora eu tenho esses dois aqui, que são tudo que eu poderia querer e mais um pouco, embora nem eu soubesse disso! Quero tanto esses dois que acho que vou morrer se não os tiver para mim. Se não os tiver EM mim.

    — S-sabe, eu estou um pouquinho dolorido... — começo, saindo de cima deles e caindo de joelhos no chão da sala, vendo esses dois machos imponentes me encarando lá de cima com olhares repletos de luxúria. Eu dou um beijinho na coxa de Tyler e depois outro na de Kaic, sentindo os seus cheiros deliciosos. — M-mas nada me impede de usar a minha língua em vocês. Quero que g-gozem na minha garganta.

     — C-caralho. — Os dois rosnam ao mesmo tempo, já começando a arrancar suas Boxers.


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DOIS ALFAS E EU [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora