EXTRA I

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Oi gente! Resolvi trazer para vocês algumas cenas que acabaram ficando de fora da primeira parte da história. São uns capítulos curtinhos e sem uma linha temporal entre eles, mas que são extras muito fofos! (Esse aqui, por exemplo, se passa pouco depois de Kai e Tyler se ligarem no último capítulo)

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KAI E TYLER SE AJUSTANDO À LIGAÇÃO ENTRE ELES:

KAI

  

    Apesar da disposição dos cômodos serem idênticos, o apartamento meio monocromático é tão diferente do meu que é como se eu estivesse dentro da minha própria casa, mas em uma dimensão paralela — Apesar de meu próprio apartamento estar a apenas um andar abaixo.

    Apoiado perto de uma das janelas da sala e com os braços cruzados está ele: Tyler River. O dono do lugar. O cara deve ter estudado comigo durante a vida toda, mas havíamos trocado poucas palavras até alguns meses atrás.

    Porra. Somos um completo oposto um do outro.

    Como fogo e água.

    Analiso-o por um segundo. Ele veste nada mais que uma calça de moletom azul marinho — E quando digo "nada mais", quero dizer que tenho certeza de que ele está sem cueca. A calça pende perigosamente abaixo da linha dos quadris. Os braços cruzados sob o peitoral escondem os mamilos, mas já vi cada centímetro dele o suficiente para lembrar de cada detalhe e saber que há um piercing no mamilo esquerdo.

     O rosto dele é marcado por ângulos retos, como se fosse uma versão sobrenaturalmente bonita e mais nova do antigo astro de rock Peter Steele, além de que ele possui o mesmo olhar lânguido e raivoso, pelo menos quando não está comigo ou com nosso Ottinho. O piercing na sobrancelha e o cabelo o deixam ainda mais peculiar.
 
    — Que foi? — Pergunta, erguendo a sobrancelha. Curiosidade envolve suas palavras,. Consigo sentir isso através do nosso laço.

    — Nada. — Continuo encarando de forma descarada, até porque ele está fazendo exatamente o mesmo comigo. 

Aliás, também estou vestindo apenas uma calça — que é dele, por sinal. Nossa fissura por calças de moletom envolve a facilidade de tirá-las e a forma como o Ottinho fica completamente desconcertado com elas.

     E olhando para Tyler... Puta que pariu. Não é nada mal. Eu cruzo a distância que nos separa e paro de frente para ele, ainda encarando o seu rosto.

    Quero rir de toda essa situação inusitada, porque... ELE É UM ALFA! EU SOU UM ALFA! Sentir o cheiro de outros alfas não é uma coisa legal, até porque repelimos uns aos outros. O curioso é que desde sempre seu cheiro sempre foi normal para mim. E até que ele é bom — Não que eu vá admitir isso em voz alta, mas como esse cara está dentro da minha cabeça, aposto que ele sabe.

     — Ainda tentando se ajustar?

    — Uhum. — Murmuro, erguendo a mão para agarrar seu pescoço, dando um passo para mais perto e pressionando-o contra a parede.

     Faz parte da nossa essência querer dominar. Eu quero dominar esse cara, assim como sei que ele também quer fazer isso comigo. Essa guerra interna é curiosamente divertida e excitante. Consigo lembrar perfeitamente dos seus beijos. Lembrar da sua boca no meu pau me faz ficar satisfeito por tê-lo dominado. Lembrar da minha boca no pau dele me faz estremecer e saber que ele ganhou sua parte nessa diversãozinha também.

DOIS ALFAS E EU [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora