RAFAELA MORAES. "E se eu fosse você prestaria atenção no que eu vou fazer depois de terminar aqui"
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Filho da puta.
Xinguei o jogador um pouco mais a minha frente, mas lógico apenas na minha mente. Não era louca ao ponto de colocar tais palavras para fora, não ali, perto de todos os outros jogadores do Flamengo.
Tudo bem que Gerson prestava atenção em todos os comandos, e atividades escolhidas para atividade do dia no CT pelo carequinha.
Quer dizer Sampaoli.
Mas continuando, esse não era o meu problema principal. Aliás, estava bem longe de ser. O problema real na verdade não estava tão longe assim de mim.
Não importava para que lado eu fosse, ou que jeito posicionava a câmera. Ele estaria lá.
De quem estou me referindo? Dele mesmo, Gerson.
Ele não sai do foco por nada.
O jogador se aproximou para pegar a bola que estava perto de mim, e aproveitou para me observar também. E um sorrisinho apareceu em seu rosto.
— pode falar a verdade, o pai tá saindo bonito em todas as fotos. — disse e eu revirei os olhos pelo fato dele ser convencido pra caralho.
— modéstia parte, as fotos só estão ficando bonitas porque eu que estou tirando. — disse convencida também.
Ele riu.
— mas o modelo também ajuda. — ergueu os ombros.
Ele tinha razão.
Mas isso eu não contaria nem que me pagassem o triplo do meu salário.
— eu diria que já vi melhores. — dei um sorriso de lado, vendo ele me mostrar o dedo do meio. — e se eu fosse você prestava muita atenção.
Ele me olhou curioso mas se virou de volta senso atingido por uma bola que Arrascaeta tinha chutado.
Isso seria o de menos se a bola não tivesse atingido um local um tanto quanto sensível. Fazendo com que o jogador se sentasse no chão.
A bola havia atingido seus países baixos.
— caralho, você viu que a bola tava vindo e nem me avisou. — reclamou com uma cara de dor.
— eu acabei de falar que se eu fosse você prestava muita atenção. Você que não me ouviu. — rebati.
Era impossível não reparar que os outros do elenco deram algumas risadinhas, e que Arrascaeta vinha até o nosso encontro.
— desculpa aí coringa. Não foi por mal. — se desculpou estendendo a mão para ajudá-lo a levantar.
— tá de boa arrasca. — disse para o uruguaio.
— pô, quase que o arrasca acaba com os sonhos do Gerson de ter mais um filho. — dessa vez pude escutar a voz de Wesley.
Mesmo reclamando ainda pela dor, ele se levantou me dando um olhar de quem estava prestes a me atacar.
Se fosse em um outro sentido eu apoiava muito.
Respirei fundo me preparando para pegar a atividade que dividia o elenco em dois times, como se fosse a espécie de um jogo improvisado entre eles mesmos.
Observei os movimentos dos jogadores, aproveitando para fazer alguns cliques até a jogada criada terminar na rede por um chute dele.
O desgraçado tinha acabado de se machucar bem a minha frente e agora estava aí novinho em folha.
Vi Gerson se aproximar da onde eu tinha colocado o tripé da câmera, e dar uma piscadinha para a mesma. Ou melhor ele subiu um pouquinho o olhar para me encarar.
— se eu fosse você prestava atenção no que eu vou fazer depois de terminar aqui. — sussurrou para que só eu ouvisse.
Na mesma hora que escutei senti um arrepio percorrer todo o meu corpo.
Porra, o que será que ele pretendia fazer? Será que eu deveria me preocupar?
— eu devo me preocupar? — perguntei e ele riu.
Ele riu voltando para perto de seus colegas.
Agora que mil e uma possibilidades se fizeram em minha mente. Por Deus, eu estava entrando em um território perigoso.
Fingi nem ligar para o que ele disse e continuei fotografando a atividade.
Eles continuaram também, e acabou que quem ganhou foi o time de Gabriel, que me pediu para tirar uma foto do time vencedor.
— podem ficar tranquilos, porque eu tô com os crias. — o camisa dez do flamengo falou fazendo uma pose.
Isso porque o time dele era só com as promessas do flamengo, e tendo só ele como um dos mais experientes.
— deixa esses seus deboches para o jogo o próximo jogo. — Sampaoli advertiu.
Dei risada do velho careca, vendo Gabigol o abraçar de lado.
— pode deixar que eu resolvo, sampa. — falou para o treinador.
Não demorou muito para que o treino se encerrasse, e agora eu me encontrava observando alguns dos vídeos que tinha feito com o meu celular mesmo, dos jogadores indo até o campo para o início do treinamento.
Soltei uma risada quando vi a zoação de sempre com o Ayrton Lucas por causa daquele cara lá que faz alguns vídeos, e tinha apelidado ele de kiss, kiss, kiss beijinho Lucas.
Esse elenco era foda demais.
Quando derrepente senti alguém segurar meu braço e me levar até um lugar que ainda não tinha identificado no momento.
— shiu, sou só eu. — escutei uma voz que eu conhecia sussurrar com o dedo indicador próximo de minha boca fazendo com que eu ficasse quieta.
Ele só poderia ser louco.
•
NOTAS.
Acho quejádeu pra ter um gostinho do que é o clima entre eles, né?
E vocêsnão tem noção do quanto eu amo essa história❤️🩹
E agora é aquele mesmo esquema do cast, só volto de baterem a meta.
