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Sabe um daqueles dia onde o Maracanã se encontrava fervendo, e todos os torcedores que estão lá parecem estar malucos e dispostos a fazer qualquer coisa para a ajudar o time a vencer? Então, hoje foi um desses dias.
E hoje mais do que nunca esse lugar se encontrava um fervo, ainda mais por ser clássico, e ainda mais por ser oitavas de final da copa do brasil contra o fluminense.
Acho que não teve um único flamenguista ali presente que não gritou e comemorou loucamente quando o árbitro apitou o final da partida. Consagrando a classificação do flamengo para as quartas de final.
Um arrepio subia por todo o meu corpo por estar presenciado aquilo da beirada do campo. Mas agora que o jogo tinha acabado poderia me juntar aos jogadores que comemoravam dentro de campo.
— Você tem noção que a gente passou, Rafa? Porra eu amo esse time. — Gabriel falou assim que me viu parecendo emocionado por toda a festa que a torcida fazia.
Dei um sorriso aproveitando para registrar o momento.
— Parabéns pela classificação, e pelo gol. — aproveitei para parabenizar o camisa dez.
— Valeu. Mas você tem que parabenizar também o coringa por aquele passe pra criar a jogada do primeiro gol. — provocou. Era óbvio que ele não deixaria passar em branco.
Revirei meus olhos.
Mas agora uma pergunta surgiu na minha mente.
Como ele sabia de quem eu e Gerson.... as peças desse quebra-cabeça não estão encaixando.
Talvez ele só tivesse supondo, como todos os outros e...
Deixei aquele pensamento de lado quando ouvi outro grito de outro jogador, e me virei para também registrar a cena.
— Os caras vão te que engolir a gente de qualquer jeitoooo. — Wesley gritou pulando também bem ao nosso lado.
— Vamo porra. — Arrasca gritou em direção a torcida.
Eu até me arriscaria a dizer que a torcida estava tão louca quanto o inferno nas oitavas de final da copa do brasil do ano passado. Contra o Atlético mineiro.
Mas acho que coisa igual aquela, vai ser difícil de ser ver novamente.
— Olha aí se não é o uruguaio que gosta de decidir quando o assunto é copa do brasil. — brinquei e o mesmo deu um sorriso tímido. — Parabéns também pelo gol.
— Obrigado, Rafa. Espero que tenha tirado fotos boas pra mim postar no meu Instagram, hein? — perguntou de forma divertida e eu ri baixinho.
— Pode deixar que fotos suas comemorando o gol é o que não faltou. — avisei e me afastei dele.
Fui para perto de onde outros jogadores comemoravam.
E aproveitei para falar com alguns também. Como Ayrton Lucas, Leo Pereira, entre outros.
— E eu? Não recebo um parabéns pela classificação? — perguntou Gerson assim que posicionei a câmera para tirar uma foto sua.
— Fingi que não tá fazendo drama, e sim comemorando pra mim tirar uma foto. — pedi com um sorriso debochado no rosto.
Mas por incrível que pareça ele atendeu o meu pedido e eu consegui tirar a foto.
— Agora sim. Parabéns pelo jogo, jogador. — falei e vi o sorriso debochado passar a estar em seu rosto.
— Eu sei que foi por livre e espontânea pressão. Mas obrigada mesmo assim, morena. — agradeceu fazendo gracinha.
— Se reclamar muito da próxima nem fazer isso, eu faço. — ameaçei, erguendo as sobrancelhas e colando uma mão em minha cintura.
— Que isso, acha bonito ficar ameaçando os outros assim? Agora eu não vou dormir de medo. — ironizou com a mão no peito.
Rolei os olhos e ele riu e se aproximou ainda mais de mim.
Senti meu coração errar as batidas por ele estar tão perto assim, e ainda mais por sentir sua boca indo pra próximo do meu ouvido. Próximo até demais.
Isso não daria bom, e disso eu tinha certeza. Mas mesmo assim continuava ali.
— Aliás, a comemoração podia ser lá na minha casa, né? — perguntou próximo ao meu ouvido, e eu mordi o lábio tentando não sentir todas as coisas que sentia dentro de mim quando ele fazia isso.
Porra de efeito que ele tinha que ter em mim.
— Só se for nos seus sonhos. — tentei manter a postura, mas quando se tratava dele era foda.
— Já te disse que os meus sonhos não são apropriados para se falar aqui perto de todo mundo, e nem para de realizar agora. — começou com aquele papinho mais uma vez. — mas eu fiz a minha proposta, basta só você aceitar.
Se ele achava que conseguiria me levar pra cama com aquele papinho estava muito enganado.
Ah, mas não iria mesmo.
— Sinto muito em te decepcionar, mas não vai ser hoje que esse seu sonho se realiza. — falei e tirei meu foco dele.
Ele fez bico que nem um bebê chorão.
O que eu fiz para merecer isso, Deus?
— Você que sabe, mas tá perdendo uma bela de uma proposta. — ergueu os ombros.
— Vai se fuder fluminense. — Léo Pereira gritou a plenos pulmões ao nosso lado.
— Me erra, Gerson. — resmunguei dando as costas para ele.
Até parece que eu Rafaela Moraes terminaria a minha noite na cama dele.
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NOTAS.
só digo uma coisa, essa conversa dos dois no campo vai render e muitoooo
E como é bom relembrar de quando colocamos o fluminense no lugarzinho deles.
